sábado, 2 de abril de 2016

A 6 de feveiro ACO escreveu …

RIO ACIMA, SEM MOTOR

As dez estações mais emblemáticas do país – lia eu nos jornais – vão ter, sem perderem os comboios, centros comerciais, pousadas, hostels e outras novas utilizações. Santa Apolónia, Rossio, São Bento, Entrecampos, Campanhã, Cais do Sodré, Cascais, Oriente, Braga e Coimbra (a Nova, só pode), diz o presidente da Infraestruturas de Portugal irão render 11 milhões de euros anuais. O esforço nacional – é com certeza esse o grande propósito para, acabando-se com uma injustiça, a aplicação dos novos proventos –, os empenhos que o governo mete para fazer do "apeadeiro velho", a Coimbra B, uma estação ferroviária digna de, num amanhã, quem sabe, poder, também ela, render outros cabedais à CP, à REFER, à IP, ao que seja...

Gostei de visitar o espólio de arte sacra que a Universidade de Coimbra expõe na Sala do Exame Privado. Talvez ainda mais da ideia de transferir a pequena mostra para o Museu da Ciência, como forma de o valorizar globalmente, na procura da melhoria e diversificação da oferta cultural e turística, de fazer delongar a permanência de quem nos visita. Tudo isto desde que cada um, nas suas responsabilidades e incumbências, queira e saiba cumprir o desiderato que, releve-se, a cidade muito agradecerá.

O novo Centro Operacional do Norte do 112, no Porto, que já deve estar concluído para ficar a servir nove distritos da "região" acima de Coimbra, incluindo também Aveiro, Viseu e Guarda, é complementar à estrutura do Sul, evidentemente sediada em Lisboa. Não sei se esta concentração será para obviar às falsas chamadas e 'brincadeiras' outras que a PSP da nossa cidade lamentava. Mas sei que, paulatinamente, nos setores mais diversos, mas todos, avança a nova "regionalização" do país, a bicefalização que faz felizes os da capital, só um pouco menos, afinal, os da segunda "metrópole".

A exposição "Arganil - Capital do Rally" é mais um forte esteio para afirmar a ligação, efetiva e indestrutível (por muito que se cobice), entre aquele território e a prova máxima do desporto automóvel em Portugal, para a criação, ali, do museu que a perpetuará no tempo, também, porventura sobretudo, para o seu regresso, já em 2017, a espaços que lhe são tão próprios. Por tudo isso lá iremos, um dia destes, ver as 12 emblemáticas máquinas que se mostram ao público, as fotografias, notícias, fatos e prémios, enfim reviver memórias.

Passando ali perto, dei uma saltada ao IParc e voltei a constatar, mas não só, a vastidão do espaço infraestruturado e desaproveitado para o fim com que, em boa hora, foi criado. E já que a Câmara não consegue promover a fixação de novas empresas tecnológicas, não poderia ela, ao menos, obstar à degradação, ao estado de abandono dos seus acessos, mandando cortar as ervas que se derramam pelos passeios e separadores centrais das vias?

A companhia aérea Emirates quer trazer mais turistas para Fátima como forma de melhor rentabilizar, creio, a sua segunda ligação diária entre Lisboa e o Dubai. É também por esta, e por outras, atenta a importância do turismo religioso, que me questiono sobre se interessa, ou não, a tantos afinal, a abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil...

A taxa máxima do coeficiente de localização atinge os seus valores mais altos, em Coimbra, na Quinta de S. Jerónimo e na Solum. Pode ser que este fator, sobremodo o aumento das contribuições através do IMI, leve a câmara municipal a olhar com outra atenção o trânsito que invade este antigo – e outrora privilegiado em termos de qualidade de vida – bairro da cidade.

Péssimas as notícias, com ou sem surto, sobre infeção hospitalar, agora uma malfadada bactéria multirresistente, no CHUC; voltaram os tiros, nenhuma novidade, ao Ingote; o Pediátrico, hospital a que me liga um perene penhor de gratidão, celebrou, para nosso orgulho, os 40 anos de atividade em Coimbra e os cinco de instalação da nova unidade; o município da Mealhada avança, justificadamente, para a candidatura do Buçaco a Património da Humanidade; o Rancho de Coimbra, parabéns, festejou o 30º aniversário; e, divirta-se quem o tiver por bem, está aí (com corsos, nem que seja de tratores agrícolas embandeirados), em qualquer cidade, vila ou aldeia…o carnaval.

António Cabral de Oliveira

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