sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A 30 de novembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Neste novo desígnio de reprovar o aprovado e de aprovar o reprovado, as instâncias autárquicas lá conseguiram fazer vencer – a força do dinheiro na sua distribuição pelas Juntas – a proposta de imposto municipal sobre imóveis, o IMI. Assim se evitando, pelo menos, uma vez mais (lembram-se da divisão das Freguesias?), a intervenção do Estado...

A Assembleia Municipal sufragou, naturalmente, a transferência do património da Assembleia Distrital para o município de Coimbra. Fica a aguardar-se, entretanto, também naturalmente, que o órgão que congrega as edilidades do distrito ratifique a deliberação. Incluindo, entre diversos bens, o alvará do Instituto Superior Miguel Torga e o aeródromo Bissaya Barreto, pode ser que agora, por fim, se cumpra a promessa, para além de outras benfeitorias que qualifiquem o equipamento, de prolongar a pista de Cernache nos (de tantas vezes anunciados já devem ir aí pelos 30 mil!) cerca de 300 metros possíveis...

A Secção de Desportos Náuticos da AAC concretizou, louvável, uma ação de limpeza no rio Mondego, de onde retirou, para lá lançados após a Festa das Latas, imagine-se, 51 carrinhos de supermercado. Urgindo sublinhar o exemplo assim dado, importa, por outro lado, verberar o comportamento alarve, afinal reiterado, de outros tão incivilizados estudantes. Que espécie de gozo lhes dará, pergunto-me, tamanha boçalidade?!

O IC6, há tão pouco tempo inaugurado – sim, esse mesmo que em vez de ligar à Covilhã e a Seia termina, de forma abrupta, no meio de um pinhal, único no mundo a ser diretamente servido por uma via rápida! – já está em obras de requalificação, na zona de Arganil. Problemas geomórficos, com certeza. Nada, absolutamente nada, que tenha a ver com a qualidade da construção...

Gosto, francamente, da ideia da "D'evento em popa" de promover, a bordo de uma bateira tradicional, viagens turísticas entre a Figueira da Foz e a Ereira, bem aproveitando a alguma capacidade de navegação do Mondego. Natureza, cultura e gastronomia estão no centro de uma iniciativa muito válida que peca, apenas, por tardia. Também eu, um dia destes, na primeira oportunidade, maravilhando-me com o nosso território, subirei, rio acima..."ao sabor da maré".

Fazer da Beiras – os organizadores, muito institucionalmente, diziam região Centro – um destino enoturístico de excelência (também como forma de contrariar o decréscimo de visitantes registado), foi o grande propósito de umas jornadas que, desta feita, decorreram na Guarda. Acho bem, sobretudo quando penso na qualidade e potencialidades do Dão, da Bairrada, da Beira Interior. Mas ainda de vinhos que não integram aquelas denominações de origem, desde logo, apenas um respeitável exemplo de entre tantos possíveis, o soberbo Vinhas Velhas de Sta. Maria, do Conde de Foz de Arouce.

Tenho consideração pela valia da publicidade, mas desconfio sempre, e muito, das grandes campanhas. Como foi agora o caso do anúncio da nova valência, aos fins de semana, do Hospital(?) dos Covões para casos – o que quer que a coisa seja – de doença aguda não urgente. Se o serviço fosse assim tão relevante...não teria de ser necessária tanta propaganda!

Morreu Cardozo Duarte, o meu respeito, sacerdote que serviu, com elevação, o jornalismo católico, nomeadamente enquanto diretor do "Correio de Coimbra"; autarcas de Aveiro, Guarda e Viseu (por ordem alfabética, sempre, por via das suscetibilidades) criaram, excelente para a coesão da zona norte da região das Beiras, a "plataforma A25; agora que o lisboeta Eleven voltou a ter a sua estrela Michelin, pode ser que os Júdice se empenhem na retoma da distinção – se é que o é – para o Arcadas da Capela, ali na Quinta das Lágrimas; e em ato de inteira justiça, como relevou Manuel Oliveira, a Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais homenageou, na ausência, que parece começar a ser habitual, de representação camarária, os seis anteriores presidentes eleitos na nova era democrática.


António Cabral de Oliveira

A 23 de novembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Manuel Machado foi designado pelo PS e é hoje eleito presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses – onde o aguarda um profundo trabalho de revigoramento de uma instituição indispensável ao poder local e à democracia –, assim consubstanciando, seguramente, um dos mais retumbantes regressos à vida política ativa.

Do alto da sua respeitabilidade – julgo que generalizadamente reconhecida – Silva Peneda voltou a defender, em nome de um Estado mais barato e mais eficiente, a descentralização e a deslocalização de serviços. Recusando o terceiro-mundismo com que cada vez mais nos assemelhamos, o presidente do Conselho Económico e Social reiterou não haver nenhuma razão para que todos os serviços públicos tenham de estar localizados em Lisboa e, mais, que a regionalização é uma das componentes que a reforma do Estado não pode deixar de considerar. Sábias palavras. Pena que ninguém (nos antros do poder) as queira ouvir...

Duarte Nuno Vieira, prestigiado especialista em medicina e ciência forense, depois de trabalho relevante ao longo de mais de uma década – e tão valioso para Coimbra que nos valeu a instalação da sua sede, coisa raríssima, na cidade – deixou, entretanto já substituído pelo juiz desembargador Francisco Brízida Martins, a presidência do Instituto Nacional de Medicina Legal.

A região Centro terá um aumento de 25% nos fundos europeus no próximo quadro comunitário, financiamentos que, espera-se, irão, como prenuncia o seu presidente, "ser aplicados seletivamente em bons projetos", e não, digo eu, na repetência de erros – redobrada atenção (e eles já andam por aí) para com o jeito natural de muitos não para aproveitarem mas para se aproveitarem das circunstâncias – que já malbarataram tanto dinheiro.

Uma equipa de investigadores da nossa universidade – assim bem cumprindo, parabéns, uma das suas imensas e por vezes tão incompreendidas responsabilidades sociais – desenvolveu um dispositivo térmico inovador para proteção de bombeiros e sapadores em situação de emergência grave no combate a incêndios florestais. Afinal, uma efetiva e muito meritória homenagem da ciência para com aqueles que, quantas vezes "vida por vida", nos protegem combatendo o fogo.

Morreu Irene Silveira, amiga de há muitos anos, personalidade fulgurante, a catedrática que foi vice-reitora, a farmacêutica que, primeira e ainda única mulher, a Ordem escolheu para sua bastonária. Neste cansaço de tantas mortes, tão próximas – prometo que guardarei e te levarei, além (a nossa conversa derradeira, à beira do semanal cozido), as crónicas que ainda vier a escrever, aqui –, o meu preito.

A Universidade de Coimbra celebra, na próxima segunda-feira, os 350 Anos do Sermão de Santa Catarina, proferido pelo Padre António Vieira na Real Capela de S. Miguel, em recreação que será interpretada, seguramente de forma excelente, por Lima Duarte. Nomes sonantes marcam presença na apresentação da obre completa do sacerdote jesuíta, em homenagem que integra, ainda, uma conferência e a exibição do filme "Palavra e Utopia". Eis, pois, uma jornada marcante que dignifica, esta sim, culturalmente, os velhos Estudos Gerais...

A Assembleia Municipal, é bom que comecemos a não nos surpreender, reprovou a proposta de IMI já dificilmente aprovada pela Câmara; Manuel Antunes diz que cortes na saúde desmotivam(?) a sua equipa na cirurgia cardiotorácica dos CHUC, que, porventura, terá de começar a mostrar algum voluntariado também no próprio país; Paulo Leitão oficializou a sua candidatura, única e de continuidade, à concelhia do PSD; e Nuno Freitas sucede, desde já (não era pressa!), a Maló de Abreu na liderança do órgão deliberativo do município...


António Cabral de Oliveira

A 16 de novembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR    

O hospital dos Covões, depois do período noturno, fecha a partir de hoje, definitivamente, as urgências – já agora, para quando as sobrantes 11 horas de cada dia útil? – ao fim de semana. De degrau em degrau, sempre, pois claro, em defesa da qualidade dos cuidados de saúde...

A Câmara Municipal de Coimbra tem, finalmente, vice-presidente – Rosa Reis Marques – também cinco vereadores com pelouros distribuídos, não os (sete) inicialmente anunciados, antes todos os socialistas e o habitual eleito pela CDU. Entretanto, na primeira reunião aberta aos jornalistas, logo Machado teve a primeira experiência amarga por não dispor de maioria absoluta, quando Francisco Queirós juntou à oposição o seu voto contra no escrutínio inicial sobre as taxas do IMI.

Coimbra continua no topo dos rankings escolares – valham eles o que valerem – com a secundária Infanta Dona Maria a ser o estabelecimento público com melhor média nacional, o distrito a afirmar-se como o primeiro nos restantes patamares. Um trabalho que, sem questão, se ficará a dever a professores e alunos empenhados, também a pais interessados.

No quadro dos bons resultados alcançados em muitos setores de atividade, a região Centro volta a destacar-se a nível nacional, agora quanto à taxa de desemprego, a mais baixa (11,2 %) do país, valor que é mesmo inferior à da zona Euro. Sem sobranceria, e com os residentes mais satisfeitos do país, temos é de nos cuidar contra "expansionismos" nortenhos e sulistas que, nos reiterados propósitos de macrocefalia dual, poderão querer vir a melhorar, de tal jeito, sem mérito, as médias dos seus resultados...

Um jornal do Porto teve o topete de destacar em título maior que o poder de compra naquela cidade é 26% inferior a Lisboa. Sendo um jornal pretensamente nacional, esqueceu-se de relevar, antes, que, apesar de também no norte, os municípios de Celorico de Basto, Cinfães, Ribeira de Pena e Tabuaço são, com menos de um terço da invicta, uma vergonha, os que apresentam menor capacidade aquisitiva. Enquanto isto, Coimbra mantém, fora das "metrópoles", um valor - embora muito contrastante com a capital (216,8 contra 131,7) - acima da média.

O presidente do Turismo do Centro defendeu em Fátima, e bem, que é necessário "amarrar" os viajantes pelo menos duas noites na região. Estará encontrada, assim, Pedro Machado, a próxima pequena oferta para quem nos visita: um baraço, singelo e simbólico, que nos ate...até depois de amanhã!

O Círculo de Cultura Portuguesa organiza neste e no próximo fim de semana, em Santa Clara-a-Nova, a curiosa iniciativa "Outono no Mosteiro", agora dedicada à castanha, e privilegiando as crianças, em 23 e 24 com as atenções viradas para o cogumelo. Cozinha, provas de vinhos, jantares temáticos e música fazem parte da programação. Que inclui, ainda, de amanhã a oito dias, uma ida aos míscaros, na Lousã. Eu vou...

Manuel Machado foi unanimemente eleito presidente da Comunidade Intermunicipal "Região" de Coimbra; veteranos, muito respeitáveis nomes de secções da AAC e de clubes, criticaram, justamente - esperamos que a sua abalizada opinião seja tida em devida consideração -, o estado de abandono e progressiva degradação do belíssimo estádio universitário; o município de Coimbra voltou a destacar-se no apoio, indispensável, à família; a Liga dos Combatentes celebrou, com dignidade simples, o aniversário do Armistício, este ano, bem, junto ao monumento aos Heróis do Ultramar; e alunos da Escola Superior de Educação estão a promover, todas as quartas feiras, caminhadas noturnas pela cidade (ou corridas, para os de maior fôlego), sempre com a vantagem dupla de, sem custos, fazerem – dizem – bem à saúde.


António Cabral de Oliveira

A 9 de novembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Não acredito, sobretudo agora, em dificuldades na conclusão das obras no Convento de S. Francisco, muito menos na concretização de ameaças de suspensão de trabalhos. Bem pelo contrário, julgo mesmo que os tempos, iniciática e politicamente, correm de feição para se poder proceder, por fim, à inauguração do novo (ainda se chamará assim?) Centro de Convenções e Espaço Cultural...

Dou apenas uma vista de olhos – o receio pelo horror cerceia um aprofundamento dos dados – ao designado DEMOSPIN (estudo das universidades e de politécnicos da nossa região) onde se conclui que as Beiras, com Trás-os-Montes, podem, em 2100, só aparentemente distante, ter perdido mais de 75% da sua população. Com o Pinhal Interior Sul, a Beira Interior Norte e a Serra da Estrela a serem os mais fustigados pela baixa natalidade. Enfim, sem surpresa, o deserto que todos veem...menos o(s) governo(s)!

Muito interessante a ideia de estudantes da FEUC em realizarem, já em 2014, então só a nível regional, as I Olimpíadas da Economia, para alunos das escolas secundárias do Centro. Uma forma inteligente de valorizarem a ciência que estudam, a sua Faculdade, a Universidade de Coimbra.

Depois de ter encontrado, no museu da Catedral de Santiago de Compostela, uma imagem da Rainha Santa que nos mostra o "autêntico aspeto físico da mulher de D Diniz", Virgínia Veiga – que recordo, sobretudo, das lides jornalísticas – defende, agora, o regresso do túmulo gótico de Isabel de Aragão ao seu local de origem, o entretanto recuperado Convento de Santa Clara-a-Velha. Parece-me bem.
No fim de semana de Todos-os-Santos formaram-se filas de seis quilómetros no IP3, às portas de Coimbra. Na ausência de autoestradas (com tantas sem tráfego um pouco por todo o resto do país!), o fenómeno não fica a dever-se, naturalmente, à fuga às portagens. Antes, e sempre, às caraterísticas, ao perfil da via. Que deveria ser duplicado, pelo menos desde Penacova.

Ao passar, um dia destes, pela Sofia, dei-me conta – valorizadoras do conjunto classificado pela UNESCO – das obras no Centro de Documentação 25 de Abril, que estão a renovar, também, incluindo a parte da Liga dos Combatentes, toda a fachada do Colégio da Graça. Em contraste com o que acontece, do outro lado da rua, com o Pingo Doce que, mau grado dizer-se agora com mais encanto, desaproveita (com um "muro" de caixas, garrafas, rolos de papel, sei lá que mais) a montra aberta para aquela artéria. Para alguns, porventura, serão pormenores irrelevantes. Contudo, ali, nada o é...

Dos restaurantes às casas, das livrarias aos bifes, das tostas aos gins, uma miríade de estudos jornalísticos comparativos mostram-nos o que de melhor existe...em Lisboa e no Porto. E de duas, uma: ou a imprensa escrita chamada de nacional se lembra de, pelo menos de vez em quando, incluir uma ou outra terra da "província", ou então, para não nos irritarmos a cada semana, passa a fazer aquelas análises em encartes destinados apenas, justamente, às "grandes metrópoles"!

A Associação Académica comemorou, assim tão simplesmente, com cerimónia singela e uma tertúlia no café Santa Cruz, o 126 aniversário; o curso de jornalismo da Faculdade de Letras – como o tempo passa! – iniciou as celebrações dos seus 20 anos; a Igreja de Coimbra, a viver pobremente – como bem recomenda o Papa Francisco – inaugurou, depois de S. João Batista na Quinta da Portela, também em pré-fabricado, um novo templo no planalto do Ingote, dedicado a S. Pedro; José Manuel Silva, que antes de o ser já o é, é o único médico a (re)candidatar-se a bastonário da Ordem; aguardo com curiosidade a subida a palco, hoje e amanhã, no Conservatório de Música, da ópera "La serva padrona", dirigida e interpretada, quem o diria, por artistas de Coimbra; e ainda bem que não madruguei para estar presente na (afinal outra vez fechada aos jornalistas) reunião semanal do executivo...


António Cabral de Oliveira

A 2 de novembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Leio, honrado e orgulhoso (bem sei, senhor diretor, ser, entre as muitas, apenas mais uma notícia), que o jornal britânico "The Telegraph" distinguiu as 16 mais espetaculares bibliotecas do mundo e coloca em primeiro lugar, como a mais bonita, a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra. Entretanto, oiço, com preocupação e angústia, para além de ensurdecedor silêncio, sobre um problema de infiltrações na antiga "Casa da Livraria"...

A eventualidade de haver sete vereadores a tempo inteiro na Câmara Municipal está a levantar controvérsia política logo no início do mandato de Manuel Machado. Estaremos face a uma necessidade de prover a qualidade pela quantidade, ou será o reconhecimento, mais um, do erro de não ter sido entretanto aprovada legislação que conduzisse aos executivos homogéneos?

A Misericórdia de Coimbra celebrou o seu 513º. aniversário – a ausência do presidente da Câmara ou de um seu representante não há-de querer significar nada de relevante – com uma sessão evocativa e a celebração da eucaristia pelo bispo da diocese, agora empossado, de acordo com os ditames da tradição, como irmão da Santa Casa.

A unidade de AVC dos CHUC foi ampliada e requalificada para ser – mas não o era já? – um "serviço de referência". Também era só o que faltava: que fechassem nos Covões...e ainda cortassem nos HUC!

Com o adiamento da pintura da sinalização horizontal na Miguel Torga para depois das eleições, cheguei a pensar – este meu otimismo! – que a autarquia, já sem limitações ditadas pela época, mandasse marcar ao longo daquela artéria um traço contínuo que obrigasse a circulação automóvel a fazer-se de forma continuada, com inversões de marcha apenas na zona do Carmelo, entrada da CCRC e rotunda ao fundo do Cidral. Puro engano. Persiste-se na possibilidade de interseção da via contrária, com a formação de filas de trânsito (até surgir a oportunidade de o fazer), sempre sob o perigo de acidente. Ao invés do exemplo há muito seguido, e bem, no eixo Carolina Michӓelis/João de Deus Ramos, preferiu-se, de novo mal, a opção, recente, da Rua do Brasil...

O novo presidente do Município do Porto propôs a criação de uma liga (à imagem da Hanseática?) de cidades do norte do país. Seguindo a ideia, talvez não fosse mau que nós, aqui pela Beira, lhe seguíssemos o exemplo. De Aveiro a Castelo Branco, de Viseu a Leiria, da Guarda a Coimbra.

Parece que Mário Soares, aquando do lançamento de um livro do anterior primeiro-ministro, se referiu a José Sócrates tratando-o por "engenheiro de Coimbra". Mas deve haver um qualquer equívoco – e não me atenho sequer ao grau académico – já que, se o fosse, teria feito, durante os seus mandatos, algo mais pela cidade. Teria, pelo menos, satisfeito o pedido de seu pai para, indispensável em termos de coesão do território da oficialmente designada Região Centro, nos ligar à Covilhã por autoestrada...


Na "opacidade" municipal que por aí reina, a Câmara da Figueira da Foz é a mais transparente, quedando-se Coimbra, ainda estimável, no nono lugar do ranking; o anunciado arranque, no próximo ano, da Aldeia dos Médicos é uma boa notícia para a classe, também para a revitalização daquela zona da Adémia/Antuzede; Luís de Matos, prestigiante, foi distinguido pelo "The Magic Circle"; outra novidade na vida académica, decorreu na Sé Nova a benção dos novos alunos do ensino superior; e, por falar neles, ainda não percebi muito bem aquela de estudantes do Porto terem migrado, por um dia, para Coimbra, criando, porventura, um novo segmento turístico: o do caloiro!

António Cabral de Oliveira

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Está quase...

...não sei quanto a vocês, mas eu ando em contagem decrescente para o encontro PL deste ano.
O ano passado não pude comparecer, com muita pena minha, mas este ano lá estarei para picar o ponto.

Ontem estava à procura de fotos e encontrei esta do encontro de há dois anos (2011):






Este ano haverão mais fotos, mais conversas e jogos! :)

Estou cheia de saudades vossas e ansiosa por ver todos e saber de tudo.

Beijinhos* e até breve!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Zuca

Zuca é o novo membro lá de casa (dos meus pais). É uma boxer branca com um olho de cada cor (um castanho e um azul), é pequenina, malandra e super activa.

A Zuca foi encontrada pelo pessoal da TRANSJET na zona industrial, estava nos ossos... alguém a tinha abandonado... Ficou uns dias lá no estaleiro, mas como ainda não temos muros nem portão acabamos por a levar para casa. A minha prima (a veterinária da família) diz que pela sua dentição já deve ter um ano, mas como estava mal nutrida, o seu crescimento atrasou e por isso é que é tão pequena. Levou as vacinas, colocou-se o chip, e agora é oficialmente nossa.

Fiquei um pouco apreensiva no primeiro encontro da Zuca com a Rolha, fiquei com medo que a Rolha ficasse com ciúmes e não gostasse de ter outra cadela por lá...
Mas ficaram logo amigas e são agora parceiras de brincadeira. Isto quando lhe apetece, porque a Rolha gosta muito de dormitar pelos cantos da casa... mas a Zuca não se importa e brinca sozinha ou connosco.

Deixo aqui fotos da Zuca e da Rolha. :)

(o primeiro encontro das "meninas")



(a zuca na primeira semana)

(a zuca em pose para a foto)

(a Zuca a chamar a atenção pela janela)

(a Zuca a descansar...)

(Para o ano, quando cá vierem, conhecem pessoalmente as "meninas".)


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A 26 de outubro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Manuel Machado, agora empossado, é, de novo, o novo presidente da Câmara Municipal de Coimbra. Num abraço amigo de parabéns, a minha muita exigência, a nossa alguma expetativa.

É consabido o meu gosto em ir à praça, todos os sábados, onde, para além de encontrar algumas pessoas genuína e humanamente valiosas, adquiro os melhores produtos que algumas vendedeiras, por vezes ainda com terra nas mãos, nos trazem das fazendas que amanham. No que nunca tinha reparado, até há poucos dias, falha minha, é nessa manifestação de filantropia que, ao fim da manhã, se regista em quase todas as bancas e lojas através da doação de produtos aos inúmeros voluntários – também para eles o meu apreço – que ali angariam bens para os mais desprotegidos. Um exemplo, no Mercado D. Pedro V, de discreto bem-fazer.

As telenovelas, agora as brasileiras, para merecerem ser acolhidas, em exposição, pela Universidade de Coimbra, devem ser, com certeza, paradigmas de excelência cultural. Ontem, foram uns tamancos, ou socas, ou lá o que seja, a consagrar (!) a UC enquanto Património da Humanidade. Hoje, isto. Vamos bem...

Coimbra e a chinesa Cantão – curiosamente, apesar da diferença em termos de dimensão, as terceiras cidades de cada um dos países – rubricaram acordo de geminação, que se deseja não seja apenas mais um entre os muitos entretanto já assinados. Paralelamente, foi formalizada a instalação, no iParque, da sede da Câmara de Cooperação e Desenvolvimento Portugal-China (o que for) de que esperamos não novas EDP's, não se peça tanto, mas algo mais do que as lojas que por aí proliferam...

A criação de um biscoito para ser adotado como produto gastronómico identitário da Linha Defensiva do Mondego é uma curiosa iniciativa, agora a decorrer, da Rede de Castelos e Muralhas desta nossa região. A receita tem de incluir, obrigatoriamente, quatro produtos de uma lista que inscreve a noz, o mel da Lousã, Licor Beirão, queijo Rabaçal, azeite de Sicó, arroz de Montemor-o-Velho, e sal da Figueira da Foz, e o concurso, com inscrições até ao dia 8 de novembro, é aberto a todos, profissionais do setor, escolas e pessoas individuais. Doce, ou salgado? Logo degustaremos...

O Jazz ao Centro celebrou o primeiro aniversário de atividade no Salão Brazil – meio milhar de músicos em mais de 170 concertos é notável! –, espaço que se constitui em âncora relevante na recuperação da Baixa; os VII Encontros Internacionais de Guitarra Portuguesa, organizados pela Orquestra Clássica do Centro, concluem, este fim de semana – não perca –, vasta e diversificada programação; e no Teatro da Cerca de São Bernardo (sempre com a Escola da Noite por perto), pode ainda ver, até amanhã, a peça "As Orações de Mansata", um trabalho do guineense Abdulai Sila no âmbito do projeto P-STAGE, com atores de seis países de língua oficial portuguesa. Tudo, e muito, muito mais, na cidade inteira, cultura, aquela atividade que, para alguns, Coimbra não tem...


João Fernandes, as minhas homenagens, depois de um trabalho notável, de quase três décadas, deixou, desiludido com o centralismo cada vez mais efetivo, o Inatel; a Arcádia, finalmente, abriu – as boas novas são para se propalar – a sua Casa do Chocolate de Coimbra, ali na Calouste Gulbenkian; parece que, entre outras ameaçadas, a república estudantil 5 de outubro (não conheço) fecha portas no fim do mês e, embora aquelas casas já não sejam o que foram, urge salvaguardar essa forma comunitária de vida, única da nossa urbe e academia; e Carlos Cidade, o grande obreiro da vitória socialista para a Câmara, despediu-se, na sua habitual coluna de opinião no DC, com "Um até já": retórico, está bem de ver...

António Cabral de Oliveira

A 19 de outubro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

A saída do Centro de Histocompatibilidade do edifício de S. Jerónimo, nos HUC, para as instalações da sede regional do Instituto Português do Sangue e da Transplantação – ainda o será? – parece confirmar o princípio do fim deste serviço que teve instalações novas em S. Martinho do Bispo, inauguradas, imagine-se, há apenas dois anos. Quase parafraseando a canção de Zeca Afonso (ao que eu cheguei!)...eles levam tudo, e não deixam nada...

Não sei se terá sobrado um pouco do betuminoso com que se renovaram, bem, os pisos de diversas artérias da cidade, porventura dos remendos que se colocaram, mal, na Solum. Mas a verdade é que era preciso um, ligeiro que seja, conserto na faixa mais próxima do passeio na ligação entre a rotunda da ACIC e a de Artur Paredes, na rua Humberto Delgado. Se mais não for, para se obstar, em dias de chuva, às indesejáveis chuveiradas dos passantes...

Os valores da taxa de desemprego, o volume de exportações, a excelência de muitas empresas, o integrar a lista das 100 mais inovadoras da Europa, terão despertado a curiosidade e o reconhecimento de Bruxelas em relação à Região Centro. Poderá estar encontrada, assim, a razão pela qual a nossa administração central tanto se esforça para a aniquilar, estrangulando as Beiras entre Lisboa e o Porto. Afinal será tudo despeito e inveja...a procura de vantagens garantidas!

O município de Madrid, noticia o El País, prepara legislação para combater, designadamente, a prostituição nas ruas, comportamentos xenófobos e homófobos, pedir e usar menores no esmolar, lançar beatas para o chão, peditórios em semáforos, oferta de limpeza de para-brisas. Retirando este último, incómodo de que (ainda) não padecemos, mas acrescentando os "arrumadores" nos estacionamentos, seria perfeita para Coimbra...
O CEFA e a Universidade de Coimbra ratificaram protocolo (mas, anteriormente, já não tinha sido assinado um?) que visa, em substância, melhorar, conjuntamente, a qualidade da formação de autarcas e quadros técnicos da administração pública local. Mais de 30 anos depois da criação daquele centro de estudos e formação, talvez agora se concretize tal entendimento, uma evidência, tamanha, que há muito podia estar a dar frutos, para ambas as instituições, sobretudo para o país, nesta cidade também sede da ANMP.

Impressionante a quantidade de meios – entre camiões, carrinhas e automóveis, os mais diversos, para além de uma multidão de funcionários – que a RTP empenhou para a cobertura do jogo de futebol entre Portugal e o Luxemburgo, ali no Calhabé. Uma parafernália que teve com certeza a ver com a complexidade do trabalho, nenhuma relação, nada mesmo, com a permanente situação económica deficitária da empresa pública. E viva a taxa de radiodifusão...que tudo paga!

Está aí a Latada – que vergonha a necessidade de criação de um posto avançado de saúde (?) para triagem de, chamemos-lhe pelo seu nome, bebedeiras –, este ano com um orçamento mais reduzido. Pode ser que, de corte em corte, a bem da tradição, também do estudo (coisa afinal não pouco relevante), deixe de ser uma mini Queima e regresse, no seu significado, ao que era...


Jaime Soares foi, em tributo justíssimo – soubesse eu superlativo maior e usá-lo-ia com inteiro a propósito e aprazimento –, homenageado pelos bombeiros voluntários de Vila Nova de Poiares, que serviu exemplarmente, uma referência também a nível nacional, ao longo de cinquenta anos; a conferência TEDxCoimbra, na procura de novas maneiras de pensar e fazer, decorre hoje, das 9 às 19 horas, no Gil Vicente; eureka, vai ser construído outro edifício no iParque, agora a sede da AIRC; la semaine prochaine – viva a festa do filme francês – je vais au cinema.

António Cabral de Oliveira

A 12 de outubro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Acho lindamente que estudantes estrangeiros escolham a Universidade de Coimbra para aqui concluírem os seus doutoramentos. Mas – olho, surpreso, a fotografia – tenho enorme dificuldade em aceitar que o façam sem o indispensável respeito pelos nossos costumes de antanho. E o traje académico, julgava eu, na cabeça, só admite, e enquanto insígnia doutoral, a borla. Simbolizando, exatamente, a inteligência...

Depois de muitos outros equipamentos, das unidades de saúde às escolas, parece estar chegada a hora, ainda antes dos tribunais, de encerrarem, agora (sobretudo no interior, mas só no nosso distrito serão oito!), repartições de finanças. Tudo em favor, obviamente, do progresso do Povo e do harmonioso desenvolvimento da Nação. Mantém-se, entretanto, a expetativa de no amanhã estarem garantidas, para além dos Açores e Madeira, estruturas descentralizadas ao nível das cidades sede das cinco Regiões-Plano...

A igreja de Coimbra deu início às aulas da recentemente criada Escola de Teologia e Ministérios, a funcionar no (ex?) Seminário Maior da Diocese. Dirigida, à falta de sacerdotes, para a cada vez mais indispensável formação de leigos, a iniciativa, o nosso aplauso, recupera o ensino da teologia – recordam-se do Instituto Superior de Estudos Teológicos? –, enquanto faz regressar às instalações imensas a sua principal, e abandonada, vocação: o ensino.

Cerca de uma centena (!) de pessoas prestou homenagem, em Lisboa, aos bombeiros voluntários e, em particular, aos que morreram no combate às chamas. Sem retirar valor aos, com certeza respeitáveis, propósitos da jornada, por aqui, no país real (como, daquelas bandas, gostam de nos classificar), envergonha-nos a adesão registada. Pelo que nos perguntamos porque é que, lá longe da floresta, mais dados ao alcatrão, não se dedicam, antes, a matérias para que tenham suficiente, e outra, sensibilidade...
Muito bom, a fazer-me lembrar, neste e naquele apontamento técnico, o Ballet Gulbenkian – de enorme e saudosa memória – o espetáculo de dança "3 Coreógrafos", que o Lisboa Metropolitan Arts, com trabalhos dos outrora bailarinos Griggi, Gagik e Benvindo, trouxe ao Gil Vicente. Parecia, com a qualidade e alegria do grupo, o entusiasmo do público, que tínhamos regressado, imagine-se, a antes de 2006...

Leio que o TEUC – este ano a comemorar, não é coisa pouca, os seus 75 anos, o que faz dele, recorde-se, a mais antiga companhia europeia de teatro universitário – teria de levar à cena o seu último trabalho em condições muito particulares, às escuras, por não haver, habitualmente fornecida pelos serviços sociais, eletricidade disponível. Com a proposta de distribuição de lanternas pelos espetadores, assim transformados em verdadeiros luminotécnicos, eis, de novo resplandecente, a imagem do orgulho reitoral nos valores culturais da velha academia...

Impressionante a perenidade do que de mais lamentável a política partidária encerra. Depois da derrota, é ouvir, e ler, as posições, até então dissimuladas, insuspeitadas, que agora se revelam. Um abraço, João Paulo Barbosa de Melo.

Importante para a procura da sua permanente manutenção e requalificação, a Biblioteca Joanina foi inserida na lista de 2014 do Observatório Mundial de Monumentos do World Monuments Fund; 250 judocas, representando 60 universidades de dúzia e meia de países europeus, disputaram em Coimbra – como que deixando antever mais largos voos futuros, os EUSA Games 2018 – o Campeonato da Europa Universitário de Judo; a última Noite Branca registou uma adesão ainda mais fraca (surpresa para quem?) por parte dos comerciantes da Baixa; aviltante fim, foi decretada a insolvência da ACIC; e o Museu Nacional de Machado de Castro comemora, visite-o hoje (e sempre) o seu centenário.


António Cabral de Oliveira

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A 5 de outubro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Além do vendaval socialista pelo distrito, os resultados das autárquicas trazem inevitáveis consequências para duas instituições relevantes da cidade: na Câmara Municipal, o regresso de Manuel Machado, onde, por assim dizer, substitui quem o substituiu; na ANMP, aqui sediada, o retornar da presidência do PS, que deverá levar, em fim de longuíssimo ciclo, à natural saída do aparentemente eterno secretário-geral, que, do apogeu à presente perda de influência política da Associação, fez e quase desfez a Casa Comum do poder local.

Num discurso de 65 parágrafos, o Reitor da Universidade de Coimbra, ao falar na Abertura Solene das Aulas, e quando se reportava à atividade das Escolas, dedicou, único e singelo, um parágrafo à cultura – enfatizando a Semana Cultural e o Gil Vicente –, postura que, para além de alegados e sublinhados "orgulho e pujança", não deixa de ser significativa!

Vários investimentos melhoraram, substantivamente, a qualidade de vida na cidade: sinalização para invisuais de passadeiras, pisos novos em diversas artérias, a chegada do alcatrão à estrada do campo, a instalação de temporizadores em semáforos. Daqui a quatro anos teremos novas benfeitorias...

Coimbra é o município da região Centro com maior capacidade de atração de pessoas para trabalhar ou estudar, indica um estudo da CCRDC. Ainda bem que, de quando em vez, se promovem tais trabalhos para evidenciar...o que (nem para todos) é evidente.

Anda tudo a embandeirar em arco com as comemorações dos 950 anos da chegada – seja isso o que for – de D. Sesnando à urbe. Talvez agora a cidade, porventura uma das suas juntas de freguesia, erga, com inteira dignidade, também em dimensão, estátua que perpetue o nome do grande, mas tão absolutamente desconhecido, governador de Coimbra e reorganizador do território mondeguino.

Pela mão do úbere criativo Pina Prata nasceu uma nova estrutura empresarial, agora o NERC, para – não esqueçamos as prometidas prioridades do QREN –, promover o desenvolvimento das atividades económicas da região, ainda congregar e dinamizar (os números divulgados sobre o associativismo do setor envergonham qualquer um) os diminutos empreendedores de Coimbra. E eu a pensar, quando também li o nome de outro antigo presidente da ACIC associado à ideia, que o empenhamento era para recuperar a centenária instituição...Demoraram mais de seis longas horas os trabalhos de remoção - e desobstrução da via - do pesado de mercadorias que um dia destes se despistou no IC2, junto à Estação Velha. Apesar do caos instalado no trânsito daquela zona urbana, um calvário, como é possível a delonga, Deus meu, de um quarto de dia?! Esperemos que numa qualquer outra madrugada não haja um acidente que envolva dois camiões: é que, então, ainda se faria noite antes de...

"Caminhos da Batalha do Bussaco" é um projeto turístico para, com utilização de "bugies"– sabem, aqueles veículos esquisitos, mais parecidos com inseto do que com carro –, dar a conhecer os trilhos e caminhos feitos pelas tropas no tempo da terceira invasão francesa. Uma iniciativa que, em contraste com a recente e pífia promoção da Mata do Buçaco no Dolce Vita (para além de toda a boa vontade, aquilo não poderia cativar, com certeza, ninguém) cria, apelando ao desafio, à aventura, as melhores expetativas para retornarmos, sempre com remoçado prazer, àquele, agora internacionalmente certificado, paradisíaco local da Mealhada, de todos nós.

António Cabral de Oliveira

A 28 de setembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR
Decorreu, com o resplendor possível – talvez não fosse de exigir a presença do Presidente da República, mas, minimamente, a do secretário de Estado do Ensino Superior... – a Abertura Solene das Aulas da Universidade de Coimbra, com o Magnífico Reitor, dois dias antes, não a convocar, sequer a convidar, antes a relembrar aos docentes aquele que é, não o esqueçamos nunca, o mais relevante ato de cada ano académico das nossas Escolas. Relembrar?! ...
A Águas do Mondego foi distinguida com o selo de qualidade exemplar, prémio que se constitui noutro público reconhecimento do que para todos nós (incluindo, na sua sanha de domínio, e para os fins que se sabem, o maioritário estado), é, de há muito, uma absoluta certeza: a excelência da apetecível água captada ali na Boavista!
Ao receber os estudantes Erasmus que a preferem – numa altura em que também o Politécnico quer afirmar os seus propósitos de internacionalização – a Universidade de Coimbra deu conta, números impressionantes (e invejados), de que no passado ano letivo acolheu alunos de 88 países, num total de 16% da população escolar. Uma orgulhosa responsabilidade que, na míngua, crescente, de nacionais, em muito tem de continuar a valer-nos.
Dois Professores da UC deram, por estes dias, jubilando-se, as suas últimas aulas. Enquanto Fernando Rebelo, após um relevante percurso de vida, se afasta, as minhas homenagens, da Faculdade de Letras, Sebastião Formosinho, pela inversa – e quero recordar, em nome da memória da cidade, as posições assumidas aquando da problemática da coincineração – sai das Químicas sem deixar saudades na urbe. Pelo menos da minha parte...
No turismo do Norte, a marca mais prestigiada é, por óbvio, o Porto; na região da capital, naturalmente, Lisboa; no Centro, Coimbra, nas palavras do presidente do turismo, não é sequer a, mas "uma das marcas mais prestigiadas". Enfim, diferenças, que fazem toda a diferença...
O trânsito no sublanço Coimbra Sul-Coimbra Norte da AE1 esteve condicionado durante as noites desta semana para obras de beneficiação. E eu a pensar, erradamente (tratou-se de melhoramento do pavimento), que era para se dar início às prometidas obras de alargamento – recordam-se? – de duas para três faixas de rodagem em cada sentido. Assim concretizando, julgava, afinal só promessas, a anunciada continuidade dos trabalhos já executados pela Brisa entre Condeixa e Taveiro.
Constrangimentos de ordem financeira, sempre o mesmo, inviabilizam a 20ª edição dos Caminhos do Cinema Português, grande montra e único certame que atribuía uma espécie caseira de Óscares. Valha-nos, entretanto, o anúncio, para 22 a 26 de outubro, do regresso a Coimbra, ao Gil Vicente, da Festa do Cinema Francês.
A Câmara Municipal deu conta – será desta que vamos erguer andaimes? – que o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana aprovou, com financiamento parcial, 13 intervenções na Baixa de Coimbra; seis professores da UC vão integrar, prestigiante, conselhos científicos da Fundação para a Ciência e Tecnologia; o edifício Da Vinci, para instalação da sede do iParque e, sobremodo, disponibilizar espaços para apoio a empresas, está, uma boa notícia, pronto para ser utilizado; e o serviço operatório nos Covões, reconhece a própria administração do CHUC, é, seguramente em favor do perfeito aproveitamento das capacidades instaladas e a bem da saúde…"residual"!
Amanhã é dia de autárquicas. Vamos, com certeza, encontrar-nos por aí, votando, à beira de uma qualquer mesa eleitoral...


 António Cabral de Oliveira

A 21 de setembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Depois do furto de duas pistolas no próprio comando de Coimbra da PSP, agora terá sido um agente, ele próprio, a ser capturado em assalto à mão armada. Enfim, problemas do foro interno da polícia, mas também nossos, de segurança pública...
Após delongados anos, alterações de localização, incumprimento de compromissos – a Santa Casa da Misericórdia que o diga – parece que, por fim, Coimbra vai ter, promete-se a sua conclusão até ao verão do próximo ano, um crematório, junto ao cemitério de Taveiro. Se, tantas vezes, sempre injusta, a morte não se faz esperar, já o mesmo não se poderá dizer, nesta cidade, sobre os correlativos equipamentos...
As modernas e ignóbeis práticas da "Praxe" académica estão de regresso. Nem esta gentinha – apesar de frequentar a universidade – se civiliza, nem o Conselho de Veteranos põe cobro, degradante algazarra, ao despautério!
A Confraria da Rainha Santa Isabel e a Companhia de Teatro Viv'arte organizam, de 27 a 29 próximos, um com certeza muito curioso mercado barroco no terreiro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova. Recriações históricas de bailes da época, com episódios rocambolescos, e a atuação de grupos musicais, são momentos do programa que – muito relevante enquanto oportunidade quase única para, enfim, independentemente do pôr-do-sol, acedermos (bem sei que é propriedade privada) ao magnífico espaço depois das 19 horas – inclui, ainda, uma serenata na noite de sábado.
Os promotores da candidatura de Coimbra aos Jogos Universitários Europeus – que, para a edição de 2016, perdemos em favor de Zagreb – acreditam que alcançaremos esse desiderato para 2018, também porque a organizadora EUSA, nas palavras do Magnífico Reitor, ficou "com um peso na consciência". E eu a pensar que quem devia estar com esse peso de consciência éramos nós por nos termos permitido mostrar à Comissão Executiva dos jogos o estado a que deixámos chegar – e assim permanece – o estádio universitário...
Manuel Porto, após 12 anos de mandato, presidiu pela derradeira vez à última reunião da Assembleia Municipal de Coimbra. Mas vai continuar, é certo, a desenvolver prolífera atividade na miríade de funções que o convocam.
António Arnaut já não precisa de estar preocupado com a eventualidade do SNS – seu filho, dizem – o mandar para a privada para ser operado às cataratas. É que o CHUC, no intuito de fazer diminuir a lista de espera, decidiu, com oportunidade, está visto, abrir também aos sábados os blocos operatórios dos Covões.
A gula, sabem, aquele pecado horrível, também verberada pelos médicos, pode (e deve, digo eu) ser exercida, amplamente, neste fim de semana, o último de verão, em magníficos "açucares" - apesar de pessoalmente preferir os salgados - da V Mostra de Doçaria Conventual e Regional de Coimbra. Imperdível, no Convento de Sant'Ana.
O município prestou justa homenagem a Joaquim Teixeira Santos com a atribuição do seu topónimo à Avenida que leva ao Iparque, assim projetando as históricas tradições académicas (em cuja recuperação tanto se empenhou) no futuro que significa aquela estrutura; iniciativa interessante, o ciclo Pausas Musicais III fez-me regressar à muito bem cuidada Lapa dos Esteios para uma visita guiada e ouvir, com muitos outros, divertidíssimos, o grupo de música popular "Fonte da Pipa"; fechou, lamentável, na Rua da Sofia, a histórica pastelaria Império; e subi a bordo do Basófias para festejar o 20º aniversário – os meus parabéns – de um projeto sem o qual o Mondego nunca mais seria o mesmo, e que, para além das dificuldades da navegação, se mantém firme no seu propósito, afinal, de celebrar o rio.
Fui, a convite do Clube de Empresários, assistir ao debate com os candidatos à Câmara Municipal nas autárquicas do próximo dia 29. Recordando o que, felizmente, quase sempre escrevia nos relatórios de atividade operacional em terras de Angola, sem "nada de notável a assinalar"... fecho a crónica.

António Cabral de Oliveira


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A 14 de setembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Uma “frente de intervenção cívica” – espécie, talvez, de liga de amigos –, que integra respeitáveis nomes com efetivas responsabilidades na urbe, receosa por anunciados “elefantes brancos”, pretendendo ultrapassar alegadas "fragilidades, incongruências ou indefinições" e, também, contrariar uma certa e peregrina ideia de que o Convento de S. Francisco "é uma espécie de eucalipto que pode vir a secar todas as instituições de arte e cultura nas proximidades" mostra-se, mesmo antes da aprovação da forma de gestão do novo equipamento municipal, e com o beneplácito, incitamento mesmo, do presidente da câmara, disponível para apoiar a elaboração e concretização de um projeto cultural para o, afinal, tão apetecível centro de convenções.
Os números da primeira fase do concurso de acesso ao ensino superior estarão próximos do habitual, não fazendo, de tal jeito, qualquer sentido o catastrofismo de títulos como a "Universidade de Coimbra encanta cada vez menos estudantes". Porém, torna-se imprescindível, é absolutamente inadiável um maior esforço na afirmação de excelência (a engenharia civil, uma vergonha, é exemplo acabado do que não pode acontecer) das mais antigas Escolas portuguesas onde, de todo, as questões do dinheiro, ou da falta dele, não podem tornar-se dominantes...
O ministro da Saúde afirmou que os médicos têm de ser (obviamente, parece-me) colocados onde são necessários, pelo que, acrescentava, para haver clínicos no Algarve – provavelmente deveria já existir ali era uma unidade de referência – foram abertas menos vagas para os hospitais centrais de Lisboa, Porto e Coimbra. Queira Deus que, amanhã, por estas e por outras, não se dê o caso de não haver qualidade médica nem ali, nem aqui...
O presidente da edilidade, e bem, terá sugerido ao governo a instalação de um serviço de saúde para estudantes universitários no antigo Pediátrico, como forma de se obstar – imperiosa, seja qual for a utilização futura – à degradação da abandonada estrutura. Mas sem nos esquecermos, Barbosa de Melo, de devolver ao usufruto comunitário os projetados espaços verdes entretanto ocupados pelos provisórios anexos para onde se expandiu aquele hospital...
A APPACDM de Coimbra foi, justamente, reconhecida com o grau de excelência pela Comissão Europeia de Reabilitação. Uma honraria – congratulemo-nos todos – que, contudo, sublinhe-se, surge já muito depois da enorme consideração em que a urbe tem aquela entidade, que tanto se tem distinguido no trabalho em favor dos cidadãos com deficiência mental.
Montemor-o-Velho celebrou o Dia do Município com merecidíssimas homenagens a Carlos Laranjeira e a Laurentino Dias, enquanto, convidado, o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional elogiava, não menos justo, o arroz carolino e o pastel de Tentúgal. Pena, pena foi a inauguração, por aquele titular, imagine-se, do Centro de Alto Rendimento, em funcionamento desde 2010, ainda da Biblioteca Afonso Duarte, em atividade há mais de 3 anos nas suas renovadas instalações. Enfim, um abraço Luís Leal, fraquezas...depois de presidências fortes!

A Universidade de Coimbra, muito bom, subiu 27 posições na tabela do prestigiado University World Ranking (QS); Santa Clara-a-Nova, a Igreja do Carmo e o Mosteiro de Semide vão ter, indispensáveis, obras de recuperação; o Rancho Folclórico das Tricanas de Coimbra comemorou, parabéns, o seu 75º aniversário; começam a chegar à cidade os novos caloiros que, esperamos, serão civilizadamente recebidos pela academia; e os "Encontros Mágicos", este ano, com certeza, ouro sobre azul, regressam, evento cultural sempre relevante, na próxima semana.

António Cabral de Oliveira

A 7 de setembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR    
Com a chegada das primeiras chuvas, é este o tempo de começarmos a deixar de nos preocupar, coletivamente, como acontece todos os anos, e até ao próximo estio, com os fogos florestais. Entretanto, gostei de saber que para o presidente da CCDRC a floresta é uma das prioridades nos investimentos para aplicação de fundos estruturais do próximo Quadro Comunitário de Apoio, pelo que, certo de a árvore poder e dever ser uma das grandes apostas no futuro da Região Centro, fico – ficamos muitos – à espera de próximos desenvolvimentos, com execução efetiva no terreno e não, por favor, através de mais, sempre mais estudos...
Depois da abastança, de tantos dinheiros tão descuidadamente gastos, eis, de novo, os remendos. Agora de alcatrão em pisos de artérias da cidade, amanhã, porventura, como outrora, na roupa dos cidadãos. Somos, lamentável, depois das especiarias do oriente, do ouro do Brasil, agora dos fundos europeus, um país sem emenda!
Circulo pela Avenida Gouveia Monteiro com a sensação nova – que julgava já inatingível – de não ter de corrigir, permanentemente, a trajetória do automóvel que conduzo. Como foi possível, mistério insondável, ter demorado tanto tempo, tantos mandatos autárquicos, a realização de trabalhos tão simples em artéria de importância fundamental para a cidade.
O incêndio que destruiu o Casino da Urca – para muitos apenas mais um restaurante, para a memória de Coimbra, felizmente também para a minha, um estabelecimento que tinha na sua cave um espaço de culto nas tradições e vivência urbana – é uma perda irremediável que, na essência das coisas, restauro algum jamais recuperará...
Leio sobre o estado de (efetiva) agonia dos mais antigos centros comerciais de Coimbra. Como quase tudo estaria diferente se, lembro apenas dois exemplos, todos os proprietários das áreas devolutas do Girassolum tivessem acordado sobre a instalação, ali, de serviços de saúde, se a totalidade dos logistas do Avenida houvesse mostrado abertura para a localização, que chegou a ser noticiada, de uma universidade privada naquele espaço. Quanto aos restantes, para alguns importa encontrar soluções alternativas, para outros, talvez destiná-los a funções de estacionamento para as quais, aliás, me parece estiveram sempre mais vocacionados...
Contributo seguro para o turismo religioso que continua a levar milhares ao Carmelo, a Junta de Freguesia da Sé Nova ergueu na Rua de Santa Teresa a nova estátua à Irmã Lúcia – que pena, Alves André, não ter mais um palmo de altura! – em prova evidente de serem aquelas autarquias que se estão a substituir à Câmara Municipal na valorização da escultura em Coimbra. E não se poderia, já agora, pergunto, aproveitando esta homenagem, retirar o inestético painel de azulejos que tanto desfeia o convento?
Afastado, brevemente, da urbe, soube-me muito bem ler outros olhares, comprazidos, sobre Coimbra. Como aconteceu, pelo menos, com as reportagens de Alexandra Prado Coelho, no Público, de Octávio Lousada Oliveira, no Diário de Notícias. Dois bons trabalhos que distinguem a cidade, prestigiam o jornalismo. Cuja leitura, atrasado embora, aconselho, por inteiro, talvez sobretudo a detratores e maledicentes...
Morreu, mais um amigo, Paulo Canha, que, nas Águas de Coimbra, na ACIC, no PSD, na Académica, na recuperação das tradições académicas serviu, exemplarmente, a cidade de que tanto gostava; diz-se que o Centro de Saúde da Fernão de Magalhães irá, por fim, dispor de instalações capazes através da construção de raiz – ver para crer – de um edifício no ali desprezado terreno da Segurança Social; hoteleiros e empresários da restauração visitaram as obras do Convento de S. Francisco e, obviamente impressionados, consideraram – de facto, o Portugal dos Pequenitos é mais ao lado –, que o equipamento tem a dimensão certa e, mais, só pode ser grande para as mentes pequenas que gravitam por esta cidade; e com a transferência da Escola Universitária Vasco da Gama para a ARCA, em Lordemão, fico a questionar-me, apreensivo, sobre o destino, ali na margem esquerda, do belo Mosteiro de S. Jorge de Milréu...


António Cabral de Oliveira

A 3 de agosto ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR
Gosto da proposta do presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho de Árvore no sentido da estrada do campo (aquela que, partindo do Choupal, segue sempre ladeando o rio) ser transformada, com poucos custos, numa via turística para bem se poder apreciar a paisagem bucólica e, sobretudo, repousante, do baixo Mondego. Uma ideia – já não realizável, uma pena, nestes dias de sol – que poderia ser valorizada, acrescento eu, com passeios, também pelos caminhos entre aquelas belíssimas terras cultivadas, em carros de cavalos, assegurados, por exemplo, pelo Centro Hípico e pela Escola Superior Agrária.
Um dia destes, no apeadeiro velho – vulgo Coimbra B – dei-me conta, em hora de intenso tráfego ferroviário, de que a funcionária de serviço às informações que se fazem ouvir naquela estação deve ter a mais desagradável e repetitiva tarefa profissional: é que, coitada, passa o tempo a ler constantes alterações de linha e atrasos dos comboios, sempre, sempre com o mesmo pedido de desculpas... pelo incómodo causado. Por respeito pela senhora (já nem digo pelos passageiros, que esses já estamos habituados), não poderia a CP, ao menos uma vez por outra, procurar acertar nos corredores definidos e, enfim, cumprir horários...
Tenho uma marcada admiração por Valente de Oliveira enquanto político com enormes responsabilidades no processo (afinal ainda apenas projeto) da regionalização administrativa do país, que, digamos assim, nunca o deixaram implementar. Fiquei, por isso, particularmente apreensivo quando, em entrevista recente, reportando-se, no caso, a centros de investigação, o antigo governante referia, "só para falar do Norte", o Porto, Braga, Guimarães e Aveiro! É que, nos seus grandes princípios, Valente de Oliveira sempre defendeu, e bem, que a Região Centro (continuo a preferir a designação Beiras) inclui, naturalmente, Leiria, Coimbra, Castelo Branco, Guarda, Viseu...e Aveiro. Uma pena esta alteração no seu pensamento, porventura apenas ditada, admitamos, pelo centripetismo portuense...
O Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra, ao usar da palavra na Assembleia Municipal a propósito da inscrição da cidade (bem sei que não foi toda) como Património da Humanidade, considerou ser "normal que as zonas classificadas "pela UNESCO registem "inicialmente um aumento de turistas", sendo também comum que pouco depois se observem "decréscimos se não forem criados mecanismos que atraiam e fixem turistas". Deve ter sido por isso que o mesmo João Gabriel Silva anunciou que a partir de 2014 as visitas à Biblioteca Joanina vão... sofrer restrições, implicando marcação com antecedência.
Os candidatos socialistas às câmaras de Lisboa e do Porto promoveram uma cimeira sobre cooperação intermunicipal, sobremodo no que concerne à apresentação de projetos comuns ao próximo Quadro Comunitário de Apoio. Sem se saber, sequer, quem vai, ou não, ganhar, fica o aviso a todos os restantes 306 municípios do país quanto a esta "futura" aliança das duas cidades, as únicas, querem julgar os seus putativos responsáveis autárquicos, onde estão "as pessoas, as necessidades, a inteligência, também os problemas da reabilitação urbana, do envelhecimento solitário, da mobilidade e da poluição"! Quão imperiosa, indispensável e urgente é, em favor da equidade e do harmonioso desenvolvimento do território, a retoma do peso político e da influência institucional da ANMP...
Morreu Carlos Laranjeira, amigo antigo que acompanhei em tantas lutas, muito suas, em defesa da orizicultura do Baixo Mondego; por decisão pessoal, o anterior secretário de estado do Ensino Superior regressou à Universidade de Coimbra onde, ativo incontornável, poderá, desejavelmente, vir a ganhar papel ainda mais determinante em 2015; Ferreira da Silva é, oficialmente, candidato do movimento independente "Cidadãos por Coimbra" à Câmara Municipal; depois dos habituais Sporting, Benfica e Porto, a Académica – quanto potencial desaproveitado! – surge como quarto clube de futebol mais referenciado com "gosto" no facebook; e a proteção civil foi chamada a socorrer, lá nos "céus" do viaduto de Ceira da A13, um trabalhador que bateu, assim, com certeza, na vertigem daquele exagero, o recorde do salvado mais alto (uma centena de metros) algum dia efetuado pelos bombeiros de Coimbra.
 António Cabral de Oliveira

Apostilha: a croniqueta vai a banhos. Assim garantindo aos leitores o usufruto, justíssimo e constitucionalmente ainda não revogado, do direito a férias, também em matéria de leituras. Até setembro, se Deus quiser...

A 27 de julho ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR
Três imensos camiões transportam, muito bem acondicionadas, releve-se, enormes cargas de rolaria de eucalipto, seguramente a caminho das papeleiras da Figueira da Foz. Fazem-no, de forma lenta, através das Fernando Namora e Elísio de Moura, artérias marcadamente urbanas, deixando-me a cogitar como é possível isto acontecer, como se pode sequer admitir a anulação do troço Ceira-Trouxemil da A13, porventura o mais prioritário daquela rodovia, que constituiria –  tem de constituir, com a construção da autoestrada para Viseu – o final do arco nascente da Circular Regional Externa de Coimbra, assim fechando a ligação Mealhada, Cantanhede, Condeixa, Almalaguês, através das A1, A13.1 e A13.
Li, e espaçadamente reli, com a maior atenção, a entrevista concedida há dias a este jornal por Raimundo Mendes da Silva, que foi curador da candidatura da Universidade de Coimbra a Património da Humanidade. E embora todos saibamos ser bem mais fácil dizer do que fazer, urge enfatizar que nela se tecem inteligentes considerações, da maior importância para Coimbra e para as Escolas, ali se traçam verdadeiros (e muito exigentes) programas de ação quer para a edilidade quer para a reitoria, sejam elas quais forem. O que me leva a sugerir ao DC, agora que se anuncia a nova aplicação para IPHONE e IPAD, a edição, também em suporte digital, da relevante peça jornalística. Para que, assim, ninguém possa depois dizer que não leu...
O Reitor da Universidade de Coimbra, discorrendo sobre a reorganização da rede do ensino superior no nosso país, assume, substantivamente, num artigo editado em "A Cabra", que a existência de dois grandes centros populacionais, Lisboa e Porto, por o serem, faz deles, também, os mais relevantes de um ponto de vista académico. E eu a pensar, se calhar idealisticamente, que há, pelo menos por enquanto, duas áreas em que Coimbra, apesar da sua menor população, se equivale, em excelência, àquelas "metrópoles": o ensino e a saúde. Isto enquanto me questiono como o poderei continuar a fazer se é o Magnífico primeiro responsável das mais antigas Escolas a aproximar Coimbra, não daquelas, antes... da miríade de universidades entretanto criadas! Como acreditar, então, nos rankings divulgados pela própria UC que a posicionam como a melhor universidade portuguesa?...
Não me lembro de projeto algum em que tenha mediado tão pouco tempo entre a notícia de um estudo e o materializar de académica recomendação – concretizada desde logo em obras imediatas do interface da Praça 25 de abril – como agora aconteceu com o plano de retirada dos autocarros das carreiras suburbanas do centro da cidade. Com o Metro atirado para as calendas e, agora, esta limitação, os Serviços Municipais de Transportes Urbanos de Coimbra vivem tempos de monopólio que, espero, não os tornem majestáticos...
No domingo passado regressei a Ceira, não a casa de Chaves e Castro – que anualmente ali recebia, de forma amistosa e livre, tal como o seu filho Carlos Encarnação algumas vezes fez, os jornalistas de Coimbra – mas para me associar à homenagem que a Junta de Freguesia prestou à sua memória ao descerrar uma placa toponímica que, muito justamente, fica a perpetuar o nome de um dos grandes mentores e primeiro responsável pelos serviços de turismo de Coimbra.
A cidade – mas também a região e o país – viveu intensamente a 5a edição do Festival das Artes, cuja programação incluiu momentos de elevada qualidade, sempre muito participados. E é essa, porventura, a constatação que mais me impressionou ao longo dos oito dias da iniciativa: a criação, inquestionável, de um público vasto, interessado, esclarecido e atento a uma organização (parabéns e até para o ano) que merece, por fim, ser olhada com melhor atenção pelos agentes da cultura, por parte dos seus responsáveis nacionais.

Respeitada personalidade histórica da advocacia, do PSD e do poder local – foram tantos e sempre tão agradáveis os encontros, as entrevistas ou conversas políticas que mantivemos ao longo de anos –, faleceu em Cantanhede, as minhas homenagens, Albano Paes de Sousa; sem surpresa, pelo menos da minha parte, Carlos Páscoa é candidato social-democrata ao município de Soure; vénia para todos quantos, concretizando o quase impossível, organizam, também eles sem apoios estatais, em Montemor-o-Velho, ainda em Coimbra e Lisboa, o Citemor 2013; Francisco Queirós foi oficialmente apresentado como candidato da CDU à câmara; e, merecendo muito melhor, foi inaugurado, no Largo de Almedina, um monumento ao fado, diria antes à canção de Coimbra, que, de tão feio, nem parece obra de Alves André.

António Cabral de Oliveira

segunda-feira, 22 de julho de 2013

20 de julho ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Para o Conselho Regional do Centro resulta consensual, como não podia deixar de ser, que a ligação ferroviária entre Aveiro e Salamanca é "imperativa". Estamos tanto de acordo, há tantos anos, que essa conexão já existe desde 1882, através da Linha da Beira Alta, também para garantir, como agora se demanda, "a intermodalidade com os portos de Aveiro e da Figueira da Foz". Só receamos, no novo riquismo que nem as atuais dificuldades esbatem, é que se queira fazer obra nova em vez de melhorar a estrutura existente. Sobretudo, não se unam esforços para, indispensável desde já, de uma vez por todas, exigirmos a Espanha a eletrificação da linha a seguir a Vilar Formoso...

A Estradas de Portugal fez um levantamento de equipamentos degradados pelo último inverno e vai reparar 282 quilómetros de vias através de 24 empreitadas com um custo estimado de 15,5 milhões de euros. Coimbra terá (a par com Viseu) uma única estrada intervencionada, e só em Viana do Castelo (550 mil euros) se investirá menos do que o nosso distrito, com gastos de 670 mil euros. Tal como dizia um antigo companheiro de escola, de duas, três: ou as intempéries não estragaram as nossas rodovias, ou, se calhar, não temos, sequer...estradas!

Para além de algumas circunstâncias atendíveis, são números assustadores: cerca de 80% das vagas de acesso ao ensino superior estão concentradas no litoral, e só Lisboa tem mais vagas que todo o interior. Eis, pois, também em termos de ensino universitário e politécnico, o efetivo retrato de um país homogéneo, territorialmente equilibrado!! Onde Coimbra ainda consegue, para além dos concentracionismos metropolitanos, manter (com quantas candidaturas e por quanto tempo?) as mesmas vagas do ano anterior.
Li, há dias, que um terço dos incêndios florestais eclode – horas seguramente muito perigosas pelos picos de calor! –, durante a noite. E, também, que em Arganil se investiga uma vaga de fogos, 16, que tiveram as suas ignições praticamente no mesmo local, à mesma hora e nos mesmos dias da semana. Deve ser por estas e por outras que os números oficiais quanto a causa das ocorrências apontam sempre para origens naturais e descuidos humanos, bem menos para crime...

Tenho uma segunda sobrinha neta. Depois da Isabel, nasceu, agora, igualmente deliciosa, a Matilde. Um encantamento apenas ensombrado pela realidade que, preocupantíssimo, hoje se reflete na generalidade das quase vazias maternidades portuguesas. Com Coimbra a não ser, lamentavelmente, como constatei ao longo de alguns dias, a exceção que gostaríamos fosse paradigmática.

A Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra celebrou o seu Dia. A força, a influência, imensas, que, se quisermos – sou logo eu a dizê-lo, e nem sequer ainda me fiz sócio –, conseguiremos dar a uma instituição que estrategicamente tanto pode pugnar pela nossa universidade, também pela cidade que a acolhe.

Morreu Luís Pinheiro, homem bom, amigo antigo que me ensinou a gostar mais e melhor das árvores, e que serviu, como poucos, quase nenhum, a floresta portuguesa; com o falecimento de José Dias – perdi a minha melhor fonte para as questões teológicas – a Igreja de Coimbra fica mais pobre; e depois de Henriques Gaspar ter sido eleito presidente do Supremo Tribunal de Justiça, José de Faria Costa, outra escolha que nos distingue enquanto urbe e escola, será o novo provedor da Justiça.


Está aí, usufruamos de tão significativos momentos, o Festival das Artes, que, entretanto, com a apresentação, sem deslumbramento embora, da Sagração da Primavera pela Companhia Nacional de Bailado, já me reconciliou com o Gil Vicente em matéria de dança; imperdível (de Malhoa a Columbano, de Amadeo a Almada Negreiros, de Vieira a Silva a Cargaleiro, para referir apenas alguns dos melhores da nossa pintura) a magnífica a exposição "100 Anos de Arte Portuguesa nos 100 Anos do Museu Nacional de Machado", que o Millenium bcp ali nos proporciona, gratuitamente, até 29 de setembro; as Águas de Coimbra, em reconhecimento de qualidade inquestionável, voltam a liderar o Índice Nacional de Satisfação de Clientes; e a PSP –que celebrou os 135 anos do Comando Distrital –, oferecidas pelo município, vai passar a fazer patrulhamentos em bicicleta: pode ser que, com tal entusiasmo velocipédico, se construam as ciclovias que não temos, quem sabe, a Volta a Portugal regresse a Coimbra...

António Cabral de Oliveira

A 13 de julho ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Reabriu, depois de um profundo trabalho de recuperação, belíssimo na sua singeleza, o claustro da Sé Velha. Agora só falta, como defende António Mariz, eterno apaixonado por Coimbra e sua antiga catedral, escancarar, através de um gradeamento, a opaca porta que, na Rua da Ilha, ao lado da Imprensa da Universidade, esconde, de forma inadmissível, tamanha riqueza patrimonial.

Em peça que titulava, referindo-se às PPP, de "Pulhices perfidamente preparadas", Filipe Luís, editor executivo multimédia da Visão (as saudades que tenho dos tempos da hierarquia simples do diretor e chefes de redação e secção), para exemplificar os exageros efetivamente cometidos em termos de obras públicas, referia, não podia deixar de ser, que "atravessar a Serra da Estrela com um túnel era uma obsessão à qual – dizia Pedro Serra, antigo presidente da Estradas de Portugal – sempre resistimos". Pena foi que os Serras e os jornalistas da capital deste país não tivessem resistido e contrariado o emaranhado de autoestradas, pontes, túneis e viadutos que se construíram à volta de Lisboa. E, um pouco, do Porto. Com a região das Beiras, a Serra da Estrela, sem nada, a olhar de longe essas vias e estruturas agora vazias de trânsito. Enfim, desabafos, de que não me canso, cá da província...

Repararam nas primeiras páginas dos jornais (ditos) nacionais que se publicaram no dia 23 de junho e que reportavam a notícia da classificação da Universidade, Alta e Sofia como Património da Humanidade? Chamadas mínimas no JN e no CM, ainda pequena, mas um pouco mais destacada, no DN, e, valha-nos isso, uma bela capa – parabéns também pelos trabalhos a propósito editados – do Público. É por estas e por outras que há jornais e jornais... e os cada vez mais respeitados jornais de proximidade, a imprensa local.

A Académica terá, este ano, três equipas de futebol sénior masculino. E lembrar-me eu das dificuldades, do trabalho e empenhamento, das influências que foi preciso mover para termos, nesse tempo, uma única equipa, então o CAC, que mantivesse, bem alto, o histórico nome da Briosa.

Com a morte, tão prematura, de José Tavares, Coimbra perdeu um dos seus vultos da cozinha e da restauração. Que, contudo, continuarei a encontrar sempre que for a uma qualquer banca de peixe escolher entre um bom robalo ou desafiante cherne, sempre que beber um excelente tinto do Douro como aquela reserva da Quinta da Silveira cuja escolha um dia lhe recomendei e de que teve o cuidado, e a enorme atenção, de guardar as últimas garrafas que me reservava para quando ia refeiçoar ao Trovador.

Fui ouvir, ainda com algum prazer, (o que resta da voz de) Gal Costa, no Choupalinho, onde recordei, aboletado em providencial esplanada de uma marca de cafés, concertos, outros, ali, por exemplo com Maria Bethânia, cheios de dignidade e com os espetadores confortavelmente sentados. O que me leva a perguntar se falta ainda muito – contrariamente ao que é habitual parece que se está à espera que passem as autárquicas! – para, assim se obstando também aos pífios momentos pseudo sociais que bivaques como o ali montado permitem, nos podermos encontrar, antes, no vizinho Convento de S. Francisco.

Barbosa de Melo é, oficialmente, anunciou-o o Botânico, candidato à Câmara pela coligação "Juntos por Coimbra"; gostei de saber, nesta cidade ainda tão pouco dada à formação em bailado, da boa prestação de alunas do Colégio da Rainha Santa Isabel em concurso de dança escolar em Inglaterra, também da premiada participação, no Dance World Cup, em Brigthon, da Academia de Dança do Centro Norton de Matos; e julga-se que, finalmente, o loteamento Jardins do Mondego vai deixar de ser o mamarracho que, por demasiadas razões, nos envergonha.

A municipalidade, de forma justa, embora com ligeiro atraso, atribuiu (ou há moralidade...) o grau de ouro da Medalha do Mérito Cultural ao Centro de Artes Visuais; depois do sempre reconfortante êxito da Serenata Monumental dos Antigos Estudantes de Coimbra, a zona da Sé Velha volta a receber, nas noites de sexta e sábado, até setembro, muito bom, o Jazz@Quebra; e mais de 300 barbies – se uma é demasiadamente mau, pode ser que muitas, assim, não o sejam tanto – ficam expostas, em sucesso com certeza garantido no país que somos... no Portugal dos Pequenitos!

António Cabral de Oliveira

sábado, 6 de julho de 2013

A 6 de julho ACO escreveu ...


RIO ACIMA, SEM MOTOR    
A Câmara, para além de outras merecidas distinções autárquicas, entregou o seu melhor ouro, muito justamente, ao Museu Nacional de Machado de Castro e à Escola Superior Agrária de Coimbra. E, também, porventura por um qualquer passe de mágica – sabem, o ilusionismo, aqueles truques que mesmo quando no-los explicam muito bem nunca conseguimos entender absolutamente – a Luís de Matos. Tudo enquanto o restante do Dia do Município decorria, este ano centrado na excelente Rua da Sofia e no digno Claustro do Colégio do Carmo...de acordo com os trâmites normais!

A Estradas de Portugal, meio ano depois da sua instalação em Antanhol, lá conseguiu uma nesga de disponibilidade para vir inaugurar o Centro Operacional Centro Norte e a Delegação Regional de Coimbra, também para aqui promover (deitando assim por terra, reduzindo absolutamente a pó todas as nossas críticas de posturas napoleónicas) uma reunião descentralizada da administração. Só foi pena, muita pena que, quando expetávamos anúncio de obra que se visse – talvez a autoestrada para Viseu, prioritariamente a conclusão (?!) dos IC 6 e 7 como ligação a Seia e à Covilhã –, a EP se tivesse limitado a generalidades e banalidades conhecidas.

Muito a propósito, o Teatrão levou à cena, nas ruínas do Colégio da Trindade, a peça "Arruinados", com certeza para bem aproveitar o estado de total degradação em que o edifício ainda permanece. E quanta pública vergonha deveriam sentir os responsáveis que, ao longo de tantos anos (tão férteis em dinheiros), conseguiram ver sempre adiados os trabalhos de recuperação daquele espaço onde se pretende instalar, já nem consigo lembrar desde quando, o Tribunal Judicial e Universitário Europeu. Um opróbrio, apesar da promessa de obras que, agora, pressurosamente – se calhar, afinal, ainda há pudor! –, se anunciam lá mais para o fim do verão...

Portugal é um dos destinos mais seguros do mundo, proclamou o ministro da Administração Interna durante o "Seminário Turismo e Segurança na Cidade de Coimbra". Se, felizmente, assim é, o que não seria, pelo menos na nossa urbe, se, absolutamente lamentável, a PSP não lutasse, como sublinhava há dias o seu comandante, com dificuldades em meios e instalações – por igual, dizem-me, em termos de agentes –, a GNR, foi relevado nas comemorações do último aniversário, não apresentasse queixas de carência generalizada, sobretudo de efetivos e viaturas...

Voltar o castelo para a vila e facilitar a locomoção de uma população envelhecida foram os grandes propósitos de Miguel Figueira, arquiteto da Camara Municipal de Montemor-o-Velho, quando, em vez de uma estrada, teve a excelente ideia, aliás premiada, de ligar o centro histórico com o seu mais representativo monumento através, nem mais, de uma escada rolante. Ascensor, agora inaugurado pela autarquia, que resultará lindamente também em função dos que, quase turistas, ali nos deslocamos para, de vez em quando, espraiar o olhar sobre os vastos e magníficos campos do Mondego...

Duas mortes marcaram, indelevelmente, a última semana. Primeiro, a de D. João Alves, Bispo Emérito de Coimbra, que, inteligente e culto, tantas vezes encontrei nas minhas lides jornalísticas. Depois, a de Mário Nunes, homem do património e da cultura popular, que adorava a letra de forma, amigo de muitos anos, companheiro de tantas jornadas em prol de Coimbra e da comunicação social. As minhas sentidas homenagens.

Se a cidade não serve a milhares de jovens que, fruto sobretudo de políticas centralistas, têm de rumar a Lisboa para encontrar um emprego, Coimbra é, pelo menos, espaço de referência para o Envelhecimento Ativo e Saudável, galardão, muito relevante, único no país, agora atribuído pela União Europeia; o centenário Tiro e Sport, para celebrar o presente, promoveu, ideia curiosa, dois concertos com – recordam-se deles? – os Álamos; Faria de Abreu (que por algumas vezes me ajudou a poder ler melhor) foi justamente homenageado nos HUC; o estádio universitário comemorou – lembrem-se ao menos as efemérides – o seu 50º aniversário, oportunidade que serviu para se anunciar a candidatura, em 2018, de novo, esperemos que então com mais êxito, aos EUSA Games; e a Feira Popular, muito graças à persistência de José Simão, o presidente de Santa Clara, está aí, aguardando-nos, no que tem de essencial, até 14 de julho, no Choupalinho.

António Cabral de Oliveira