sábado, 2 de abril de 2016

A 16 de janeiro ACO escreveu …

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Os metropolitanos do Porto e de Lisboa, as suas expansões, a atentarmos nas notícias, voltam a estar sobre a mesa de negociação entre o governo e as administrações locais. Sobre o nosso elétrico de superfície, o do Mondego, nada?
Leio, sobre os problemas da poluição em Souselas (diga-se coincineração), declarações do presidente da Junta de Freguesia – recusando "opiniões irresponsáveis e sem fundamento", "explicações enganosas", "reivindicações de forma interesseira ou interessada?", "alaridos e alarmismos desnecessários" – e fico surpreendido, confuso, perplexo mesmo. E a pensar, depois do seu apelo a uma luta "sincera, apolítica(?) e genuína", se, de facto, como diz Rui Soares, após os filtros de manga, e da regressada azeitona, se "vive bem e se recomenda" Souselas. Enquanto, na dúvida, apelo à criação, também eu, ajudando-nos a um melhor esclarecimento, da por si solicitada Comissão de Acompanhamento Independente para fazer um estudo à saúde da população. Mas de facto independente. Se for possível...neste país.

As últimas cheias voltam a indignar, a quase revoltar os municípios do baixo Mondego, cansados, sem nada se ver fazer por parte da administração central, de um problema cíclico, porventura inevitável, mas minimizável nos danos que provoca. E exigem, Coimbra, Montemor-o-Velho, Soure e Figueira da Foz, de uma vez por todas, respostas. Que, receio, não vão ainda obter desta feita. Porque, para muito se ganhar, ali, muito se há de continuar a perder, aqui. Mas, afinal, o que interessa isso? Para além do prejuízo dos outros, tantos – os mesmos que também pagamos os consumos de eletricidade – fica o lucro, e é o que releva hoje em dia, as vantagens materiais de alguns. Tudo, acusa-se, entre descargas anormais e imprevisíveis, tudo perante a incapacidade, parece pelo menos, da estatal Agência Portuguesa do Ambiente.

Olho, na fotografia do jornal, aquela fila de autocarros a ocupar por inteiro uma das principais artérias da cidade, e quedo-me com a certeza de que há coisas que não compreenderei nunca. Como essa de simples avaria numa viatura, no cruzamento da Rua da Sofia com a João Machado, onde seja, possa ter causado tamanhos constrangimentos ao trânsito, aos serviços de transportes urbanos, sobretudo aos utilizadores. Tentarão encontrar, seguramente, mais do que razões, todas as justificações que alcancem. Mas ninguém, nem nada, julgo, conseguirá explicar o inexplicável!

Ainda estou para perceber – mas se calhar profundamente errado – o porquê, apesar da existência de um curador, de um diretor, e até de um conservador, de chamarem àquela espécie de contentor instalado na Praça das Cortes, em Santa Clara, de "museu", "obra de arte", "instalação cultural" mesmo. Limitação minha, com certeza!

Obra minimalista a considerou, justamente, o presidente da Câmara, quando, em síntese, apresentava a requalificação/valorização do areal da Figueira da Foz. Também acho. Eu, que por ali sou banhista (mas sem ir a banhos) desde os cinco meses de idade, esperava, depois de tantos anos de delonga, mais, muito mais – mesmo que se resolva o problema das valas – do que algumas passadeiras vistosas e o plantio de uns arbustos. Aproximar o mar à cidade? Evidentemente. Mas tão pouco…

Depois de um outro descarrilamento, agora consequência do mau tempo, e antes que oportunisticamente venham, de novo, falar em projetos megalómanos que só interessam a alguns, avance-se com a indispensável modernização da Linha da Beira Alta, da Pampilhosa a Vilar Formoso; com a renúncia do vereador Raimundo Mendes da Silva, por razões, sublinhou, pessoais e profissionais, não enquanto ato de desistência ou de desvalorização do poder autárquico, o executivo camarário de Coimbra ficou muito mais pobre; a Turismo do Centro, bem, vai investir três milhões de euros na promoção dos sítios – Coimbra, Batalha, Alcobaça e Tomar – Património Mundial da Humanidade; o preço da água, afinal, não vai subir para os consumidores do município; e está a decorrer até ao dia 24, acautelemo-nos com as lotações esgotadas, a Semana da Chanfana (para mim um arroz de bucho sff), em Vila Nova de Poiares.

António Cabral de Oliveira

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