Advinha (não vale consultar a internet/wikipedia/Arquivo do Nuno Rogeiro):
Boa sorte e Bom Ano!
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
A 22 de dezembro ACO escreveu ...
RIO
ACIMA, SEM MOTOR
A
construção da autoestrada Coimbra-Viseu, com estudos que apontam para fluxos de
tráfego consideráveis, é, para o presidente da Estradas de Portugal, “uma ideia
certa no momento errado”. O que implica que, as mais das tantas AE que por aí
se rasgaram, sobretudo à volta de Lisboa e do Porto, mas sempre, sempre, bem
longe de Coimbra, tenham sido, agora com valores de trânsito irrelevantes,
ideias erradas em momentos certos. E quem responde por tamanho dislate, quem
devemos chamar à responsabilidade pelos erros cometidos – e premeditados – de
absoluta carência em algumas regiões, de excesso de oferta nas mesmas áreas de
sempre, ambas em absoluto prejuízo do correto e harmonioso desenvolvimento do
país?
Os
resultados que colocam o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra no
segundo lugar da avaliação que a Escola Nacional de Saúde Pública faz dos
hospitais do SNS, bem como a certeza de cinco dos seus serviços serem
considerados os melhores em Portugal, são, evidentemente, fator de enorme
regozijo e imensa tranquilidade para todos nós, talvez em especial para a
Região Centro, que aquela unidade de referência serve de forma mais próxima. E
isto, valham o que valerem os índices, sejam quais forem os critérios (que
alguns dizem científicos, outros aleatórios, embora, não o esqueçamos nunca, motivados
mais por interesses pessoais ou corporativos do que de serviço público) que lhe
servem de matriz. Entretanto (mas como, questiono-me) os responsáveis dos CHUC
almejam agora alcançar o primeiro lugar da ordenação, pesem embora os
anunciados cortes em camas e em pessoal, que se querem, dizem, de pelo menos
oito por cento…
A
Universidade do Minho afirma ter como grande projeto de futuro a dez anos o seu
crescimento para os 25 mil alunos, entrando também assim, sustenta, para o
ranking das três maiores Escolas portuguesas. Privilegiando, somos levados a
pensá-lo, a quantidade em detrimento da qualidade, esta é, afinal, a forma,
olhando para a realidade nacional, de, na sua limitada visão, ultrapassar a
Universidade de Coimbra. Pelo menos, deseja-o, em número de alunos, não tanto,
receamos nós, em resultados científicos alcançados. Santo país este onde nem ao
mais alto nível do saber – é pelo menos esse o entendimento que temos de ensino
superior – consegue ser uma lição!
Parece,
indica-o um estudo agora divulgado, que os portugueses estão a consumir mais na
alimentação e menos em produtos de higiene. Neste tempo, limitador, de crise
profunda, empenhemo-nos para que, assim mais gordos e mais porcos, não venhamos
também a ficar mais feios e maus…
Já
alguma vez imaginou, mesmo conhecendo, como conhecemos, a sua similar de
cebola, uma compota de pimentos vermelhos? Eu confesso que não, mas deixe que
lhe diga que é qualquer coisa de excelente, de muito bem conseguido em termos
gustativos. Encontrei-a em ocasional prova, como tantas outras por que passo,
nos Vícios Campestres, no Coimbra Shopping, uma lojinha gourmet que nasce do
esforço, sempre louvável, de quem se empenha na procura ativa de alternativas
ao desemprego que por aí grassa, e onde tomei contacto com aqueles pequenos
boiões produzidos por um outro jovem, lá para as bandas da Serra da Estrela,
também ele a encontrar na sua nova empresa um melhor projeto de vida. Uma
delícia, nossa, feita em Portugal.
Um
dia destes, ao olhar a toalha líquida que nos enriquece enquanto cidade,
lembrei-me do assoreamento do Mondego e dos problemas e riscos, velhos e
relhos, que a situação acarreta, e que não fazem, de todo, qualquer sentido,
porquanto, asseguram-nos, a venda dos inertes a retirar cobriria os custos dos
trabalhos de limpeza do rio e da sustentação dos muros das suas margens. Para
que nos serve, afinal, o poder municipal – e a questão já se arrasta desde há
vários mandatos autárquicos – se não é capaz, apesar de sempre anunciado
empenhamento, de a resolver? Mais do que dificuldades técnicas ou financeiras,
eis-nos, antes, confrontados, sejamos frontais, com uma enorme incapacidade
política da nossa Câmara!
Como
o mundo não acabou, ao contrário do que vaticinaram os Maias, mas Carlos
Fiolhais contradiria – é sempre bom que sejam académicos de Coimbra a afirmarem
a cientificidade das coisas – para todos, um Santo ou Feliz Natal.
António Cabral de Oliveira
A 15 de dezembro ACO escreveu ...
RIO
ACIMA, SEM MOTOR
A
diretora do Machado de Castro não foi parca nos adjetivos encomiásticos a
propósito da reabertura daquele Museu Nacional: “coleções riquíssimas”, “peças
fundamentais”, “referência da museologia portuguesa”, “projeto exemplar”, “o grande
museu da escultura nacional”, a Capela do Tesoureiro a “proporcionar momento
único e emocionante”, enfim, o “sublime enquadramento” alcançado por Gonçalo
Byrne. E quando se poderia recear algum pecadilho por exagero, não é que, logo
após breve visita (Deus meu, quanto de tão belo para se apreciar, demoradamente,
em instalações superlativas), se concluía que Ana Alcoforado (as minhas
homenagens, também, e naturalmente, para Adília Alarcão) tem, afinal, razão
inteira! A magnificência a orgulhar Coimbra.
As
circunstâncias, dramáticas, em que ocorreu a morte de José Guerra – um acidente
brutal absolutamente inadmissível – foram um enorme murro no orgulho coimbrão.
E é impressionante como, para além do seu exemplo de vida, também no seu
passamento Guerra nos tenha querido deixar uma mensagem, uma chamada de atenção
para os imensos pequenos grandes pormenores – desde logo a ausência de um
suficiente muro de proteção, designadamente para invisuais – que fazem de
Coimbra uma cidade afinal não tão inclusiva quanto julgávamos e, por certo,
todos desejamos. Mais do que sempre oportunas iniciativas de sensibilização,
como o foram as recentes “por Coimbra às cegas”, de um grupo de estudantes, ou
a aceitação, por parte de técnicos da Câmara Municipal, de desafio da ACAPO
para andarem pela urbe de olhos vendados, quanto trabalho nos aguarda, quanto
empenhamento cidadão se nos exige…
Não
fora a excelência da atividade cultural da Escola da Noite – desculpem a
recorrência do tema, mas a culpa não é, de todo, minha – e quase poderíamos
dizer que a sua existência já se justificaria só para nos proporcionar,
promovendo-os, espetáculos como aqueles a que a cidade assistiu no findar da
passada semana. De facto, a presença do brasileiro Grupo TAPA, de São Paulo, e
a apresentação da peça “Doze Homens e uma Sentença”, constituíram, a meu ver,
um dos momentos altos da história recente, aliás muito rica, do teatro em
Coimbra. Excelente, já se sabia, o texto de Reginald Rose, magnífica, agora, a
teatralização, as interpretações que garantiram momentos de sublime encantamento.
Um abraço obrigado, gente, nesta nossa língua comum, para o lado di lá, e de
cá…
O
presidente da Federação Distrital do PS, reitera, em artigo de opinião, vontade
(política?!) de voltar a afirmar Coimbra como terceira cidade do país, projeto
que até poderia ter alguma valia… se a urbe o não fosse já, evidentemente.
Entretanto, porventura para não lhe ficar atrás, um alto dirigente da Câmara
Municipal, a propósito da aprovação do novo PDM, disse que Coimbra pretende
“reivindicar o seu papel de capital da Região Centro”, uma exigência definitivamente
abstrusa já que nem o mais empedernido detrator da cidade ousaria, sequer,
questionar a sua manifesta liderança regional. Com tais responsáveis, para que
precisa Coimbra de inimigos?
Um
despacho do Secretário de Estado da Saúde ordena (nem mais!) a redução do
número de camas nos hospitais do SNS – obviamente incluídos os de Coimbra –,
medida que, com certeza, e quem sou eu para o questionar, há de contribuir, em
muito, para melhorar a saúde no nosso país. Entretanto, aposto, para o ano, os
serviços de estatística vão aumentar a esperança de vida dos portugueses, tendo
em vista, também … idêntica melhoria das nossas aposentações!
A
ACIC, a braços com um passivo imenso – como é possível tamanho trambolhão de
entidade ainda há poucos anos financeiramente tão sólida? – procura alcançar um
programa de recuperação que viabilize a sua continuação como estrutura
representativa do tecido empresarial de Coimbra; Joana Amaral Dias, respondendo
a inquérito de jornal, especificava que em Coimbra, onde fez todo o seu
percurso académico, encontrou grandes professores que a “ensinaram a pensar”,
um reconhecimento que, vindo de voz geralmente contestatária, comprova ser o
ensino de excelência uma das principais vocações da cidade; a Região Centro,
sustenta-o uma investigação da UC, come carne de porco e de aves de qualidade
(se o frango está, assim, bom, então é porque, nestes tempos de crise, é o
pobre que está doente); e Manuel Machado, coisa intrigante, até pela aceitação,
foi oficialmente indicado pelas estruturas partidárias como candidato
socialista à Câmara Municipal de Coimbra.
Entretanto,
é Natal, e visitar o presépio dos Sapadores Bombeiros faz já parte das nossas
tradições…
António Cabral de Oliveira
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
A 8 de dezembro ACO escreveu ...
RIO
ACIMA, SEM MOTOR
Está
eleito – em ato que decorreu, significativamente, com quebras na participação
da comunidade académica – o Conselho Geral da Universidade de Coimbra.
Encontrados os representantes dos professores e investigadores, dos alunos e
dos trabalhadores, segue-se a escolha das personalidades externas que irão
completar (e uma delas, mesmo, sei mas não entendo bem porquê, presidir) aquele
órgão da maior relevância na gestão das Escolas, designadamente ao nível da
eleição do Magnífico Reitor e da definição das grandes linhas estratégicas da
vida da mais antiga instituição universitária portuguesa. Entretanto, continuo
a julgar que o governo da UC deve caber, exclusivamente, a si própria, e que as
personalidades externas – naturalmente prestigiadíssimas, e cuja opinião sábia,
avisada e influente deve ser tida como efetiva ajuda no encontrar dos melhores
caminhos para se alcançar o inteiro cumprimento da enorme e indispensável
missão que incumbe à universidade –, não deveriam participar no sufrágio. Até
para não se poder contrariar, assim, o exato sentido da vontade maioritária interna
democraticamente expressa pelos corpos das Escolas. E se a Lei não o permite,
se este modelo de Regulamento não servir, altere-se, então, a legislação.
Saldou-se
em manifesto fracasso a hasta pública de lojas e bancas no mercado municipal –
apenas duas de entre a centena levada a licitação – em prova evidente de que,
antes de tudo o mais, e para além do empenhamento, entusiasmo mesmo, do
vereador José Belo, a Câmara tem de encontrar e concretizar novas políticas de
dinamização (sem o descaracterizar) de um equipamento de grande qualidade, que
é, também, um pólo cultural na cidade-não-apenas-betão. Sem saber muito bem
como – mas é para isso que existem especialistas – importa demonstrar à
comunidade urbana as vantagens de comprar no mercado D. Pedro V, levar as
populações o sempre gratificante encontro designadamente com as mulheres e
homens dos campos do arrabalde que ali trazem, ainda, fresquíssimos, e a bom
preço, produtos magníficos. Mercar no mercado tem de se tornar moda, e o
primeiro passo poderá ser dado pelos responsáveis autárquicos, desde o
presidente à totalidade dos edis, ao encontrarem tempo, e sobretudo vontade,
para ali fazerem as suas compras. E quanto gostaria de, amiúde, semanalmente
talvez, lá encontrar, não apenas em períodos eleitorais, os políticos da
cidade…
Pondo
fim a desiderato de duas décadas, estão a decorrer os trabalhos de construção
do nó de Soure à A1, antiga reivindicação daquele município que, justamente,
sempre considerou a obra como estratégica para todo o território de Sicó. Pode
ser que agora, assim com a mão na massa, numa altura em que também foi aberto o
nó que ali liga a A13, a Brisa, ou lá quem seja, aproveite a ocasião para associar
Coimbra-sul à saída de Condeixa, servindo melhor, com o simples acrescento de
uma placa, os automobilistas que não precisam de passar pelo centro da cidade,
como acontece quando são dirigidos para Taveiro. A não ser que a quebra de
portagens naquela dúzia de quilómetros faça muita falta aos seus cofres…
Foram
inauguradas as iluminações de Natal, este ano, como aconselha a crise
persistente, de novo parcamente cingidas às Ruas Ferreira Borges e Visconde da
Luz, escolhidas, no seu significado comercial, para trazer à comunidade algum
calor humano próprio da época. Entretanto, a propósito, e esquecendo por um
pouco a imensa pedinchice que, um cansaço, nos aborda onde quer que estejamos,
não deixe de visitar a feira solidária a favor dos Bombeiros Voluntários de
Coimbra, que hoje decorre, no quartel da corporação, na Fernão de Magalhães,
afinal uma excelente oportunidade para, essencialmente, ajudar uma causa nobre,
auxiliar uma instituição em situação difícil que a comunidade, cada um de nós,
temos a obrigação de apoiar.
Por
fim, regozijemo-nos, aí está a boa nova: o Museu Nacional de Machado de Castro
reabre, magnífico, dizem-nos, na próxima quarta-feira, 13, depois da
inauguração, dois dias antes, pelo Primeiro-ministro. Parabéns, Ana Alcoforado,
e vamos aproveitar, todos, a programação que, abrangente até nos horários, se
anuncia.
António Cabral de Oliveira
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
A 1 de dezembro ACO escreveu ...
RIO
ACIMA, SEM MOTOR
Na
frieza dos números, o retrato, irrefragável, de uma realidade que se
pressentia: Coimbra continua a perder população – menos cinco mil habitantes,
de acordo com os resultados definitivos do censo 2011, agora divulgados – em contraponto
com todos os outros distritos litorâneos do arco atlântico que vai de Braga até
Setúbal. E de duas, uma: ou os responsáveis olham com particular atenção para
este fenómeno de desertificação, agora também no litoral, comprometendo-se com
a sua correção, ou, na inversa, teremos de dar os parabéns àqueles que,
politicamente, se têm empenhado em obscurecer Coimbra enquanto terceira cidade
do país. É que, paulatinamente (e não são nada boas as perspetivas de futuro
próximo, designadamente no setor da saúde) parecem estar a conseguir os seus
maquiavélicos propósitos…
As
declarações de Isabel Jonet quando dizia, em substância, não devermos “ter
expectativas de que poderemos viver com mais do que necessitamos, pois não há
dinheiro para isso”, provocaram um conjunto de dislates por parte de gente ignota
e ignara que importa desvalorizar. De facto, embora naturalmente contrariados,
é bom convencermo-nos, todos, também ao nível local, que mesmo crescendo um
pouco, no futuro, em termos económicos, não voltaremos a ter, cada um de nós, o
“el dorado” que, pura ilusão, julgávamos haver alcançado há alguns anos. Vamos,
indispensavelmente, viver com menos dinheiro, também, auguramos, com maior
dignidade humana, sem tiques de sobranceria, de novo riquismo. Nem em Portugal,
nem em lugar algum, receamo-lo, do nosso mundo ocidental. E, já agora, a
propósito do aventado boicote à recolha do Banco Alimentar contra a fome, a
decorrer neste fim de semana, vou, com esforço, procurar dar em dobro. Por
respeito para com o empenhamento comprovado de Isabel Jonet e seus, tantos,
colaboradores, também, sobretudo, pelas necessidades de portugueses mais
carenciados.
Helena
Freitas recordou, defendendo-o, o projeto do anel verde da cidade – em
essência, a ligação entre a Quinta das Lágrimas, Parque do Mondego, Botânico,
Sereia e Sá da Bandeira, já referido por Costa Lobo, mas que Cristina Castel
Branco, no seu enlevo por jardins, apresentou a Coimbra em 2006 – e que,
inexplicavelmente, não se conseguiu ainda concretizar, sobremodo, julgo, por
dificuldades na abertura da mata do Jardim Botânico, uma limitação que, sendo
diretora do equipamento, e atendido o interesse agora reiterado, poderá vir a
ser ultrapassada a brevíssimo trecho. Entretanto, e a propósito, que diabo de
ideia aquela a de pôr, qual imenso piquenique, os conimbricenses a “marmitar”
e, porque não, a “internetar”, logo naquele espaço nobre que é o Botânico. Já
estou a ver os cidadãos a transpor, finalmente, o portão que “preto é, Galinha
o fez”, para, de portátil ou IPad na mão, deitarem mão à perna de frango que a
crise obriga, honradamente, a trazer, na lancheira, de casa…
Por
falar em Quinta das Lágrimas, o Arcadas da Capela perdeu – uma pena para a restauração
de Coimbra e da Região Centro, mas de todo não surpreendente – a estrela
Michelin que detinha há anos, como resultado, natural, de políticas de redução
de custos, nomeadamente com cortes no pessoal, com evidentes repercussões (não
há milagres!) na qualidade do serviço prestado.
A
Bluepharma, empresa de Coimbra especializada na produção de medicamentos genéricos
recebeu – parabéns Paulo Barradas – o Prémio PME Inovação COTEC, enquanto a
Fundação Bissaya Barreto entregou a José Mattoso e a João Salaviza o Prémio
Nuno Viegas do Nascimento. Em paralelo, João Gouveia Monteiro foi distinguido
com o Prémio Gulbenkian “História da Europa” da Academia Portuguesa de História
e, também felicitações, Adérito esteves é o primeiro vencedor do Prémio de
Jornalismo Adriano Lucas.
A
Estação Nova foi qualificada, e bem, pela Câmara Municipal de Coimbra como
monumento de interesse público. Queira Deus que um dia destes a edilidade não
venha a classificar um qualquer barracão da Estação Velha – afinal sempre é
mais antiga – o que daria azo à Refer para nunca mais construir uma nova e
moderna estrutura, antes fazer perdurar, ainda por mais tempo, o inenarrável
apeadeiro onde, em Coimbra, vergonha nossa, costumam parar os comboios…
António Cabral de Oliveira
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
A 24 de novembro ACO escreveu ...
RIO
ACIMA, SEM MOTOR
Não
concordo, de todo, com a intenção camarária de fazer instalar o Arquivo
Municipal em edifício a construir de raiz na freguesia de Eiras, em terrenos
com vocação industrial. E pergunto se não seria preferível optar por um imóvel,
no tecido urbano, entre os tantos desocupados, recuperando-o e adaptando-o para
a imperiosa necessidade de reunir a nossa documentação identitária. Estou a
pensar, apenas alguns exemplos, nos Colégios da Rua da Sofia, Convento de
Santa-Clara-a-Nova, antigo Hospital Pediátrico, as maternidades que vão deixar
de o ser, talvez especialmente no solar da Quinta das Lages. Poderá parecer que
estou sempre contra a construção do AM onde quer que seja, depois de, anos
atrás, ter defendido a sua não edificação na António José de Almeida, onde hoje
está implantado um jardim admirável. Mas, francamente, erguê-lo numa zona
empresarial, valha-nos Deus …
Éramos
poucos, demasiadamente poucos, os cidadãos que desceram à rua para exigirem a
reposição dos carris no Metro Mondego. E foi pena porque seria mais uma
oportunidade para Coimbra afirmar a sua indignidade, mostrar aos poderes
públicos nacionais que está coesa nos projetos que tem por importantes. Ainda
não foi desta que nos mobilizámos, mas é bom que os conimbricenses, sem exceção,
se habituem à ideia que só com empenhamento pessoal e esforço coletivo
alcançaremos o futuro de progresso a que almejamos.
Enquanto
o projeto de Gonçalo Byrne aguarda, no fundo da gaveta, por melhores dias, decorrem
as obras (esperemos que não apenas de) na fachada da AAC. Acreditando ainda na
indispensável remodelação profunda do imóvel, que, com certeza, não acontecerá
tão cedo, mantenhamos, pelo menos, a esperança de que na vida interna da
Associação Académica se reafirmem, no imediato, os grandes princípios e
propósitos que fazem dela a mais importante estrutura de estudantes do país. Entretanto,
duas mulheres, muito interessante, cotejam a recandidatura do atual presidente
da Direção Geral.
O
facto de o Centro ambicionar, para 2020, que a economia regional represente 20%
do Produto Interno Bruto deixa-me algo preocupado no “receio” de aparecer por
aí quem, à falta da regionalização administrativa que nos faça a todos mais
participantes na decisão política, venha invocar, qual Catalunha, sonhos de
autonomia, mesmo de independência! Mas tal não deverá acontecer porquanto, paralelamente,
o ministro Relvas, cuja remodelação tanto tarda, continua a sua sanha contra as
Regiões, e também contra os Municípios enquanto entidades autónomas, agora
através do maléfico projecto do Estatuto das Entidades Intermunicipais que
esvazia, um pouco mais, ambos.
Ainda
bem que o anúncio da fusão das duas maternidades de Coimbra e sua instalação no
edifício central dos HUC antecedeu – por pouco, é certo – a notícia de que a
Bissaya Barreto obteve a melhor classificação da Entidade Reguladora da Saúde
na área da obstetrícia. É que, se não fora assim, até poderíamos pensar que se
tratava (em boa verdade a sua extinção), de … um prémio para distinguir a
reconhecida excelência clínica…
Neste
tempo pré natalício, deparei-me, na loja Catarino, à Solum, com a mais curiosa
e porventura também mais bonita árvore de Natal do ano. Mesmo pecando eu por
eventualmente a ver sob um olhar de jornalista, ou talvez por isso mesmo, não
deixe de dar uma espreitadela para constatar como, com imaginação, se pode, sem
grandes custos, apenas com revistas e livros, afirmar o bom gosto.
António Cabral de Oliveira
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
A 17 de novembro ACO escreveu ...
RIO
ACIMA, SEM MOTOR
Um
quadro da distribuição geográfica das empresas alemãs em Portugal, no ano de
2010, mostra, nos três distritos melhor classificados, 111 empresas em Lisboa,
43 no Porto, e 25 em Braga. A partir daí, os valores, já com apenas um dígito,
vão-se esbatendo até atingirmos uma – leram bem, uma – única unidade em
Coimbra. Se fosse necessária, eis a prova, evidentíssima, de como temos sido
destratados, de um ponto de vista de desenvolvimento económico, de localização
de empresas, pelas estruturas governamentais responsáveis pelo progresso sustentado
e harmonioso (isto agora sou eu a poetar) do todo português. São números que
deviam encher de vergonha (se a tivessem) quem nos administra a partir do
Terreiro do Paço, é uma verdadeira ignomínia que, em favor da equidade
democrática, tem de ser rapidamente corrigida nestes tempos, dizem, de indispensável
reindustrialização, desde logo através dos investimentos alegadamente
prometidos por Angela Merkel. E não aceitaremos que nos acusem de falta de
capacidade empreendedora quando sabemos da nossa privilegiada localização, do
imenso saber que a universidade detém, também da qualidade infra estrutural de
espaços disponíveis como o Coimbra Inovação Parque. Se tem sido assim estando
Coimbra no litoral, o que não seria se estivéssemos no interior profundo? Se
calhar, em vez de uma, tínhamos … nenhuma empresa alemã aqui instalada!
Uma
das crónicas que o jornal madrileno ABC incluiu (na edição do passado dia 8) sobre
o jogo Académica-Atlético abria dando especial destaque ao facto do encontro se
disputar, cito, na “cidade dos seis reis”. E referia-se, nem mais, acreditem
que sim, a Coimbra. Perguntando-me quantos de nós sabemos que aqui nasceram, de
facto, seis monarcas da primeira dinastia – coisa sem interesse algum, dirão
uns, que nunca ninguém mo recordou, alegarão outros – a verdade é que a antiga
urbe não honra a memória nem dos reis seus conterrâneos. Mas se não alcançámos,
sequer, levantar, com dignidade inteira (velho sonho, nunca realizado,
designadamente de Mendes Silva), uma estátua equestre ao Fundador, D. Afonso
Henriques, que nos fez capital do reino, como haveríamos nós de ter preservado,
com peças de escultura – que poderiam ser erguidas, na habitual míngua de
dinheiro, uma por ano –, a memória de Afonso II, Afonso III, Sancho I, Sancho
II, D. Pedro e D. Fernando? Bendita cidade que tais filhos tem: os que a
dignificaram, e os que não a honram…
Primeiro,
uma visita ao Centro de Artes Visuais – sempre bem cuidado, um exemplo, Albano
– para ver obras de selecionadas de Daniel Malhão e “O Amor de Alcibíades”, de
Eduardo Guerra; depois, passagem pelo Salão Brazil, novo espaço cultural do
Jazz ao Centro, onde ouvi Sofia Ribeiro, belíssima voz acompanhada por ótimos
instrumentistas; por fim, ida ao Teatro da Cerca para apreciar, desta vez não a
residente Escola da Noite, mas o Centro Dramático Galego que ali apresentou,
excelente, a peça “O Profesional”. Perfeito, tudo perfeito (para inveja vossa,
que permitiram salas quase vazias) no final da (e não fim de) semana … em
Coimbra.
Nestas
contas de sumir que nos submetem e constrangem, parece ninguém querer reparar
no que de fundamental releva para o futuro comum do país. Ninguém é uma forma
de dizer, de expressão, já que o Movimento Ideais do Centro teve por bem, e
muito bem, debater, aprofundadamente, a baixa natalidade em Portugal,
seguramente um dos problemas maiores, talvez mesmo o maior, que se abate sobre
o nosso porvir colectivo.
Na
passada terça feira fui refeiçoar à Casa dos Pobres – que belíssimas
instalações para velhotes significativamente sorridentes –, assim me juntando
aos costumados “românticos”, fórmula que Aníbal Duarte de Almeida encontrou,
com o jeito com que afinal ergueu aquela instituição, para, angariando alguns
fundos, nos levar (quantos mais melhor) a fazer o bem … almoçando bem.
Se
a ideia – e, lá no fundo, até a compreendo – é fazer diferir no tempo a compra
dos presentes, para os quais teremos cada vez menos dinheiro, então percebo a
colocação tão temporã, nos nossos centros comerciais, das ornamentações
natalícias. Mas atenção porque um ano destes, ainda mal chegados da praia, aí
estarão elas, a cintilar, as luzinhas que já pouco nos dirão quando,
finalmente, for Natal.
Um
dia, juro, roubo a exposição fotográfica dos chapéus de palha ao Carlos Jorge
(agora patente na Lousã), como forma última de impedir, um cansaço, que ela
volte a ser mostrada onde quer que seja. Pior, ou melhor, nem sei, só Jaime
Soares – para ambos, grande, um abraço – quando, noutros tempos, inaugurava,
vezes sem conta, mas sempre com alguma vantagem para as suas populações, talvez
com mais porta ou menos janela, um e o mesmo equipamento…
António Cabral de Oliveira
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
A 10 de novembro ACO escreveu ...
RIO
ACIMA, SEM MOTOR
Excelente
a entrevista de Elísio Estanque ao “Fugas”, do “Público”, onde, para além de se
traçar o percurso de vida do sociólogo e professor, se reflete a sua visão
sobre Coimbra, cidade que, enfatiza, “tem chão com muitas histórias” e “investe
em ensinar a pensar”, que “não é província, está mais perto de Londres do que
muitas outras cidades”, tem a baixa, o choupal, tranquilidade, teatro, cinema,
atividades culturais, cafés e conversas, também “encanto na hora de chegada”.
De leitura obrigatória, a Câmara Municipal deveria reproduzir e divulgar pela
urbe, nas esplanadas e estações de comboios e autocarros, nos jardins e salas
de espera, nas escolas e nas praças, aquele texto que se constitui, julgo, em
importantíssimo contributo para a auto estima de Coimbra. E, lendo-o, seriam
muitos mais os que já me acompanham neste orgulho de viver a e na cidade.
O
Bispo de Coimbra, em nota pastoral, procura justificar o injustificável quando
diz que os 11 alunos que estudavam no Seminário Maior estão a ser formados no
Porto, onde passaram a residir com os seminaristas daquela diocese e da de Vila
Real. Sem percebermos muito bem porque não vêm antes aqueles jovens estudar
para Coimbra, onde se poderia instalar um seminário que forme vocações a nível
nacional – atendidas a excelência do lugar e dos edifícios, a centralidade da
urbe, o ambiente académico da cidade –, também não entendemos como é que “os
elevados custos económicos” são impeditivos da manutenção da instituição quando
tais dificuldades não restringem o funcionamento, ali, no agora designado
Centro Pastoral Diocesano, dos (seguramente imensos, tamanho é o espaço
disponibilizado) secretariados e serviços do bispado. Se era um problema de
dinheiro, o melhor não seria vender, ousamos perguntar, o magnífico conjunto
para, por exemplo, um hotel ou coisa que o valha? Uma profunda tristeza, já o
dissemos, e agora reiteramos…
Municipalista
confesso, é porém enquanto freguês que tenho sentido maior grau de satisfação
pela opção política há muito assumida. Fruto da sua ainda maior proximidade, as
freguesias – tão malquistas por tantos governantes, elas que serão as menos
culpadas pelo descalabro financeiro em que caíram as nossas contas públicas –,
têm sido, seguramente, nestes últimos anos, sem a pesporrência que, quais novos
ricos, atingiu os municípios, o mais correto bastião do poder local. E eu,
morador na enorme Santo António dos Olivais, quero hoje aqui deixar relevada a
qualidade dos serviços prestados por aquela Junta. Designadamente na agilização
alcançada na área administrativa, também no esforçado e bom trabalho que vem
desenvolvendo a bem dos espaços verdes da área da autarquia. E, felizmente, os
encómios dirigidos a Francisco Andrade e sua equipa – um abraço – são
extensíveis à generalidade das nossas freguesias.
João
Figueira lançou um “livrinho”, expressão sua, através do qual faz uma breve
incursão pelos últimos 35 anos de jornalismo em Portugal, obra onde, como também
diz, “há jornais e revistas mais desenvolvidos do que outros”. O que é uma pena
em termos académicos. Mas sobra, ainda assim, nesta hora de crise, uma
sistematização que, lamentavelmente, nos poderá servir, um dia destes, como
recordatório do que foi a imprensa no Portugal democrático…João Rebelo foi nomeado presidente do Metro Mondego e será o único executivo de uma administração que, à míngua de dimensão de obra, primava pelo tamanho da sua (não ferroviária, está bem de ver) composição. Pode ser que agora a situação se inverta e os poucos que ficam, sem se atrapalharem uns aos outros, consigam – para além das garagens, ou lá o que é, em Ceira – fazer muito, pelo menos dar algum passo mais significativo nas expectativas, seguramente utópicas, que teimamos em manter.
A Região Centro está entre as 100 mais inovadoras da Europa, de acordo com o Regional Scoreboard 2012, um ranking da União Europeia que destaca, assim, o nosso território; a Critical Software lançou uma nova empresa, a Verticalla, que no seu Centro de Investigação, em Coimbra, vai criar duas dúzias de qualificados postos de trabalho; e a Sanfil acaba de reforçar a sua posição como grupo prestador de cuidados de saúde (o quarto maior a nível nacional), com unidades a funcionar aqui mas também nos distritos de Aveiro, Guarda, Leiria e Viseu. Entretanto, e no meio de tantas boas novas, a péssima notícia do encerramento das instalações da Cofanor, em Montemor-o-Velho, que lança no desemprego, sempre lamentável, oito dezenas de trabalhadores.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
A 3 de novembro ACO escreveu ...
RIO
ACIMA, SEM MOTOR
A
queda de um elemento em pedra da abóbada do Convento de Santa Clara-a-Velha e a
praga de térmitas da madeira que atinge o altar mor do Mosteiro da Rainha Santa
são realidades diversas, mas concorrentes, no desmoronar do património
histórico que, desassossegando todos, preocupam, naturalmente, e sobretudo, os
seus mais diretos responsáveis. A quem têm de ser garantidos os instrumentos indispensáveis
à sua inadiável recuperação pois não podemos, coletivamente, deixar derrocar o
país, temos de ser capazes de contrariar, também do ponto de vista cultural, o
esboroamento do edifício fundador em que nos sustentamos enquanto Nação.
Atendendo
a que ela própria se denomina de “Tertúlia Memória e Literacia”, não surpreende
que o primeiro convidado para a reunião do próximo dia 8 seja Edmundo Pedro, que,
do alto dos seus 94 anos, é, com certeza, senhor de memória imensa. Entretanto,
já espanta ver a escolha de conferencistas para a iniciativa “A Democracia e o
Futuro”, a decorrer, com um programa muito rico, na Casa da Escrita, em cada
sábado deste novembro corrente, todos eles respeitabilíssimos, sem exceção, mas,
apesar de se celebrar Rousseau, talvez com um pouco (não será só Mia Couto a
inventar palavras) de senadorismo a mais. Afinal, no seu melhor, “Coimbra,
passado com futuro”.
Não
há manual de jornalismo que não refira que notícia é quando o homem morde o
cão. Foi, mais ou menos, o que aconteceu há dias quando um segurança (?!) se
feriu, assim mesmo, ao fugir de um meliante que, parece, estaria a assaltar o
antigo pediátrico. É certo que aqueles vigilantes não dispõem de estatuto nem
de meios para prevenirem o crime, mas, já agora, e se mais não fora para se
obstar a tão caricatas situações, também para se pôr termo à degradação das
instalações, quando daremos destino ao antigo hospital? Não poderia ele ser
útil, Manuel António, lembrei-me assim de repente, para expansão física do IPO?
Li,
declarações do presidente da Câmara, que o IKEA pretende instalar a sua loja em
Coimbra apenas numa localização: o planalto de Santa Clara. “Ou é ali e eles
investem, ou não é ali e eles não investem”, sintetizava Barbosa de Melo. Nesta
conformidade, e porque a localização do equipamento naquele espaço não
constitui, do meu ponto de vista, qualquer insanável agressão urbanística,
espero bem que haja – ou, mesmo, tenha já havido – resposta rápida ao
desiderato da multinacional, por forma a que a cidade não perca, como tem
acontecido, agora uma estrutura económica diferenciadora em termos regionais.
Sem se repetirem as indecisões que, entre tantas outras, permitiram,
recentemente, (as obras deveriam estar já num ponto irreversível de construção)
a anulação do troço Ceira-Trouxemil do IC 3, a autoestrada que ligará Coimbra a
Setúbal.
Quando,
dando com certeza cumprimento à sua missão de serviço público, a Lusa fechou o
escritório de Coimbra, poucos ergueram a sua voz. Quando a RTP emagreceu a
delegação regional que aqui mantém, foi o silêncio total. Quando a RDP calou os
noticiários que emitia da e para a região Centro, não se ouviu um protesto
solidário. Agora, com a guilhotina dos cortes de verbas governamentais a
atingir Lisboa, andam por aí mosquitos por cordas. A fazer-me lembrar Martin
Niemoller ao dizer, adaptando eu, que “quando levaram o meu vizinho, calei-me e
não me incomodei; quando me levaram, já não havia quem reclamasse”…
O Programa das Aldeias de
Xisto, promovido pela CCDRC, que beneficiou já 700 casas de 27 povoações, é um
projeto de desenvolvimento do meio rural recentemente apresentado em Bruxelas
(parabéns Pedro Saraiva) como exemplo de boas práticas em política regional;
arrancou, com uma programação vasta e diversificada, que privilegia o piano e
também o jazz, o Festival de Música de Coimbra, que se prolonga, a não perder,
até 8 de dezembro; a AAC celebrou, da forma possível, pobremente, efeméride
relevante, os seus 125 anos; e num dia em que a espiritualidade ganha
particular relevo e nos permite uma reflexão sobre o sentido da vida, os
cemitérios, talvez pela última vez, encheram-se de flores.
António Cabral de Oliveira
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
"mau, mau EDA"
E não é que ontem a EDA (a EDP cá do sítio...) resolveu, novamente, presentear os terceirenses (pelo menos grande parte deles... já que alguns desafortunados, ou não, não tiveram o privilégio...), com mais uma noite romântica à luz das velas.
Sim, parece mentira, mas é verdade... no espaço de 2 meses (?) e em pleno século XXI já tivemos 3 domingos à noite à moda antiga... com luz de vela e pouco para fazer... numa dessas noites acabei por ficar no sofá a dormir.
Mas ontem, acabei por ficar à conversa com os meus pais... só que eu não preciso que falte a luz para fazer isso, como PL que sou, diálogo é coisa que nunca acaba, aqui por estes lados, mas a EDA não deve saber disso e achou que "todos" nós precisávamos de uma noite sem tecnologia para cultivar bons e velhos hábitos.
E logo ontem, que não dava jeito nenhum ficar sem luz, logo ontem que tinha estado o dia todo de volta do computador para acabar um trabalho e "puff" lá se vai a luz... depois de inúmeros "grrrrrrrrr", de uma dose de sarcasmo partilhada no FB, lá se assentou a ideia e a conclusão: «e ora bolas! ...lá terá que ficar para amanhã!»
(Ou seja hoje!! Obrigadinha EDA foste mesmo uma queriduxa!)
E vocês? Como foi a vossa noite de domingo?
Sim, parece mentira, mas é verdade... no espaço de 2 meses (?) e em pleno século XXI já tivemos 3 domingos à noite à moda antiga... com luz de vela e pouco para fazer... numa dessas noites acabei por ficar no sofá a dormir.
Mas ontem, acabei por ficar à conversa com os meus pais... só que eu não preciso que falte a luz para fazer isso, como PL que sou, diálogo é coisa que nunca acaba, aqui por estes lados, mas a EDA não deve saber disso e achou que "todos" nós precisávamos de uma noite sem tecnologia para cultivar bons e velhos hábitos.
E logo ontem, que não dava jeito nenhum ficar sem luz, logo ontem que tinha estado o dia todo de volta do computador para acabar um trabalho e "puff" lá se vai a luz... depois de inúmeros "grrrrrrrrr", de uma dose de sarcasmo partilhada no FB, lá se assentou a ideia e a conclusão: «e ora bolas! ...lá terá que ficar para amanhã!»
(Ou seja hoje!! Obrigadinha EDA foste mesmo uma queriduxa!)
E vocês? Como foi a vossa noite de domingo?
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
A 27 de outubro ACO escreveu ...
RIO
ACIMA, SEM MOTOR
Foi
em ambiente de “memória e respeito”, nas palavras do Bispo das Forças Armadas,
D. Januário Torgal Ferreira, que o Exército Português celebrou o seu Dia, com
uma homenagem, singela mas digníssima, na Igreja de Santa Cruz, a Dom Afonso
Henriques, seu patrono. E ali dei comigo a pensar que todos e cada um de nós
deveria poder aceder a momentos como aquele, em que um frémito de orgulho
pátrio nos invade, sentimento a que temos indispensavelmente de ancorar o nosso
querer para ganharmos forças e levar de vencida as razões do opróbrio que nos
constrange quando olhamos o estado a que deixámos chegar a Nação.
Património
e Reabilitação Urbana foi tema de relevante iniciativa que serviu para o
presidente da Câmara dizer que recuperar o centro histórico da cidade “custa
dinheiro, mas não assim tanto”, e, mais, que “recuperar casas e bairros é
recuperar a alma coletiva”. Entretanto, em jantar no Clube dos Empresários, o
presidente da CCDRC afirmava que o “Jessica”, programa de reabilitação urbana
com taxas de juro generosas a 20 anos, tem “80 milhões para o Centro”, para os
quais “não há nenhum contrato celebrado até agora”. A ser assim, e julgando eu
estarmos todos a falar do mesmo, apetece perguntar porque não está aí, pujante,
a afinal barata e com financiamento assegurado, revitalização do casco
histórico da urbe! Será que às sentidas palavras de Barbosa de Melo e às
esclarecedoras asserções de Pedro Saraiva se sobrepõe, avisada, a conclusão de
Celeste Amaro, logo no início do certame, quando sublinhava, apelando a um
compromisso entre todas as entidades envolvidas, que “muitas jornadas destas
não dão em nada?” Em Viseu, para o ano, saberemos o quanto conseguimos avançar…
Bem
interpretando o sentir da tertúlia que o Lions está a promover sobre a baixa e
a candidatura da universidade a património mundial, Carlos Cidade propôs, na
reunião camarária desta semana, a transladação dos restos mortais de Luiz Goes
para o Panteão Nacional da Igreja de Santa Cruz. Também sem sabermos se e como
será possível o desiderato – a que juntamos, concordante, a nossa voz –,
importa, faltou dizê-lo, ou pelo menos não o lemos em lugar algum – agora os
jornalistas, ao contrário do que acontecia no meu tempo, já não acedem a todas
as sessões da edilidade – precisar, em abono da verdade inteira, que foi Nuno
Encarnação quem sugeriu a ideia a Carlos Carranca que, por sua vez,
proclamando-o alto e bom som, a trouxe àquela assembleia.
Que
bem está a Orquestra Clássica do Centro, que fui ouvir, deliciado, em concerto
de abertura dos VI Encontros Internacionais da Guitarra Portuguesa. Mas
estranhei (e tanto não quererá significar, não significa com certeza, de forma
alguma, desinteresse) a ausência da Câmara Municipal na iniciativa. É que, como
nunca, nestes tempos difíceis, temos de nos capacitar, todos, de que o apoio à
cultura é postura indispensável para sairmos desta crise nacional. Em
colaboração, vinda necessariamente de municípios e instituições oficiais,
também da sociedade civil, sem a qual poderemos vir a comprometer a música erudita
da e na nossa região.
Esta
semana voltei ao teatro para estar, na Cerca de S. Bernardo, com a minha dileta
Escola da Noite que, com a qualidade felizmente habitual, tem em cena,
imperdível, a peça “Nunca estive em Bagdad”. Entretanto, em termos teatrais,
tenho ainda de ver, não nos esqueçamos, “Os últimos dias de Emanuel Kant”, que
a Bonifrates apresenta no seu estúdio da Casa da Cultura, igualmente “Um grito
parado no ar”, que o Teatrão leva ao palco na Oficina Municipal, no Vale das
Flores.
Em
paralelo, para continuar a falar em cultura – o tal setor, lembram-se, onde, segundo
alguns, nada acontece em Coimbra – referência, agora cinematográfica, para a já
tradicional e excelente Festa do Cinema Francês, a decorrer, até ao final do
mês, no Gil Vicente, isto enquanto se anuncia, para 9 a 17 de novembro, o
festival Caminhos do Cinema Português, única mostra exclusivamente nacional.
Linhares
Furtado, pioneiro em transplantes hepáticos em Portugal, assinalou, imenso
orgulho nosso, 20 sobre a sua primeira intervenção nos HUC; a tertúlia Fausto
Correia lembrou, no Trianon, o político que tanta falta faz ao seu PS,
outrossim à nossa cidade; Boaventura de Sousa Santos, em reconhecimento do
mérito científico, vai ser distinguido pela Universidade de Brasília com o título
de Doutor Honoris Causa; Francisco
Amaral – um abraço – foi justamente homenageado pela Escola Superior de Educação
onde, há uma dúzia de anos, vem coordenando o estimulante projeto televisivo
ESAC TV; e a morte de Patrocínio Tavares, os meus respeitos, tornou bem mais
pobre o empresariado de Coimbra.António Cabral de Oliveira
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
A 20 de outubro ACO escreveu ...
RIO
ACIMA, SEM MOTOR
A
saída da Universidade de Coimbra do prestigiado ranking “Times Higher Education”,
– que, lembre-se, já liderou em termos nacionais – pode ser, é seguramente, um sério
aviso para a eventual quebra de importância da antiga instituição. Tal como acontece
com o ocidente, que naquela classificação perde crescentemente influência em favor
do mundo oriental, urge, também localmente, conseguirmos reagir, com
determinação, empenhamento e, em especial, muito trabalho, ao declínio
anunciado, à (pelo menos) aparente derrota num combate em que, nas suas
responsabilidades históricas, Coimbra tem de ser, em absoluto, liderante. Na
certeza, sempre, como muito bem disse a presidente da Escola Superior de
Enfermagem de Coimbra, de que “formar-se não pode ser fácil, nem rápido”, nem,
tão pouco, ter-se assegurada – como, com graça, sustentava antigo professor de
economia – a “nota mínima garantida”.
A
imagem, fortíssima e muito impressiva, de um grupo de estudantes da AAC de
malas aviadas – liderado pelo seu presidente, caminhando sozinho, à frente da
Academia – ficou a marcar, indelevelmente, o cortejo da latada que, sem rasgo
nem graça de maior (salvo a piada dos bilhetes de avião, para destino incerto,
em voo só de ida, na “Austeridade Airlines”), antes cheio de vulgaridades,
repetiu, na prática, usos e costumes desta mini queima das fitas em que
transformaram uma jornada estudantil que se queria de irreverente exigência. É
uma pena, permito-me avaliar, os alunos não saberem aproveitar, ou aproveitarem
tão mal, um tempo que será, com certeza, um dos melhores das suas vidas. Mas,
enfim, se ao menos dizem que se divertem, que se divirtam, pois, e sejam muito
felizes assim…
A
instalação de Gabinetes de Apoio ao Empreendedor em cada uma das dez autarquias
da Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego é iniciativa louvável, para a
qual esperamos haja financiamento (comunitário, pois claro) e, sobretudo,
empresários. Algo que, sem descer a dislates de outros, diria serem coisa rara
… ou muito fraquinha. Mas isso sou eu a falar, eu que me confesso incapaz de
vender um parafuso com lucro, quanto mais produzi-lo com vantagem económica e
social. Mas que também não me digo empresário!
Falando
em caminhos de ferro, e para além de uma referência elogiosa às novas e mais
amiudadas paragens e à baixa de preço dos bilhetes que a CP introduziu na Linha
da Beira Alta (nem tudo na majestática companhia pode ser mau), os comboios Sud
Expresso e Lusitânia Expresso, respetivamente para França e para Madrid,
passaram a ser feitos em conjunto a partir de Coimbra. Isto, claro, enquanto
não retiram à cidade, também ao nível ferroviário, a posição de charneira entre
o norte e o sul a que, julgamos, deveria obrigar a geografia, a orografia,
sobretudo a inteligência humana.
A
PSP tem novo comandante, o intendente Francisco Pedro Teles, que, honrado por
funções “numa das cidades mais prestigiadas do país” – haja quem, vindo de
fora, ainda o reconheça – promete, não pouco, muito trabalho em favor da comunidade.
E poderá começar, coisa apenas aparentemente menor, por mandar alterar os
locais, irritantemente sempre as mesmas rotundas, onde a Secção de Trânsito,
quase fazendo já parte da paisagem urbana, posiciona as suas patrulhas.
O
American Institute of Graphic Arts, que visa reconhecer a excelência no design,
acaba de distinguir o atelier Ferrand, Bicker & Associados, de Coimbra, com
a inclusão de três conjuntos de capas de livros na lista das melhores do mundo.
As capas são realmente belíssimas – somos, de facto, capazes do melhor – e a
atribuição dos prémios, (a par das boas classificações que os nossos
estabelecimentos de ensino secundário obtiveram no respectivo ranking, com
particular destaque, pela terceira vez consecutiva, para a Infanta Dona Maria,
classificada como a melhor escola pública nacional) ufana, justamente, a
cidade. Enquanto contribui para elevar, como bem precisamos, a nossa auto
estima.
Numa
época em que, também em Coimbra, corre riquíssimo o movimento editorial,
António Carlos de Azeredo apresentou, há dias, um excelente roteiro da cidade do
conhecimento e da sua região, com um texto escorreito (também em diferentes
idiomas) mas, sobretudo, com belíssimas fotografias. Uma mais valia, sem dúvida,
e não só para o turismo.
António Cabral de Oliveira
A 13 de outubro ACO escreveu ...
RIO
ACIMA, SEM MOTOR
As
campas do cemitério de Souselas – será premonição ou simples acaso? –
apareceram, de novo, cobertas de um pó esbranquiçado proveniente de descarga
poluente da cimenteira. Talvez seja um outro aviso para não esquecermos (bem
pelo contrário, lembrarmos sempre) a luta perdida contra a única grande aposta
“estruturante” governamental para a região de Coimbra: lixo tóxico em vez de
equipamentos de desenvolvimento económico e progresso social. E, também, para
recordamos aqueles que, ao arrepio do bem-estar colectivo, privilegiaram,
então, conveniências pessoais, e têm, ainda, a desfaçatez de se passearem,
publicamente, mesmo em cerimónias oficiais, por aí…
Numa
cidade em que quase não há opinião publicada em que valha muito a pena atentar,
reconfortou-me ler a oposição exigente, frontal e corajosa de Norberto Canha,
revoltadíssimo, e bem, contra o fecho, por parte do Bispo da Diocese, do
Seminário Maior de Coimbra. Cortando a direito, como a tanto obriga a
verticalidade do respeitável Professor – coisas de diferentes eras, parece –,
zurziu forte já que D. Virgílio Antunes, de facto (e para além das
hierarquias), sem delegação do povo diocesano, não deveria, nunca, encerrar uma
instituição com quase 250 anos de História, mesmo que com tal se procurasse
beneficiar outra entidade, com certeza respeitável, a Universidade Católica,
que, recorde-se, nunca quis instalar qualquer polo na universitária Coimbra.
Está
completo o Conselho Consultivo do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra,
órgão que integra, reconheça-se, uma maioria de nomes de insuspeitado
prestígio. Que se espera possam contribuir, com os seus diversos saberes, para
uma melhor ação das diversas unidades do imenso CHUC. Influenciando,
positivamente, a decisão, como naturalmente se espera, mas não interferindo, de
facto, na sua gestão, que, em exclusivo, deve ser garantida internamente.
Quando
a Presidente da Agência Nacional para a Gestão do Programa de Aprendizagem ao
Longo da Vida (valha ao menos a certeza de que tamanho não falta ao título da
senhora!) desafiou Coimbra a tornar-se, a par de Lisboa e do Porto, numa Cidade
Erasmus, estava, não duvidamos, a querer mostrar-se simpática para connosco.
Mas se Coimbra não é já espaço marcante no panorama dos programas
internacionais de mobilidade de estudantes, que outra cidade o será? O que não
inviabiliza, contudo, antes exige, renovados e permanentes empenhamentos para
se ir mais além, sobretudo quando são cada vez menos os alunos nacionais que
acedem à universidade.
Organizado
por não interessa que raiz partidária, decorreu, em Coimbra, um debate sobre a
cidade. Fica a referência, naturalmente elogiosa, na certeza da importância de
todos nós analisarmos, interventivamente, o futuro colectivo da antiga urbe.
Mas, Helena Freitas, aquela ideia de fazer substituir uma horrível estação de
autocarros por um horripilante e inimaginável parque de estacionamento num dos
mais nobres (e graças a Deus, apenas precariamente aproveitado) espaço, foi
mesmo sugerida?!
Em
iniciativa absolutamente saborosa – aqui na verdadeira acepção da palavra -,
decorreu, com grande dignidade, este ano ao longo de três dias, a Mostra de
Doçaria Conventual e Regional de Coimbra, dando, de novo, na esteira aliás da
melhor tradição da força militar sediada no antigo Convento de Sant’Ana, também
bom uso civil às instalações da Brigada de Intervenção; concretizando
desiderato antigo, o Jazz ao Centro apresentou o seu novo espaço de programação
cultural, o Salão Brazil, em plena baixa da cidade, em prova de inequívoca
vitalidade apenas contrariada pela suspensão da revista Jazz.pt que,
lamentavelmente, mais por colectiva culpa nossa do que sua, não conseguiu sustentar;
e a Assembleia Municipal de Coimbra deliberou, convenientemente, e por unanimidade,
- mas será que, para além das conjunturas políticas, vamos desperdiçar a oportunidade
(por muito que se discorde do conteúdo da proposta), para se redimensionarem
autarquias insustentáveis como o são, no miolo histórico, a Sé Nova, Almedina e
S. Bartolomeu? – não se pronunciar quanto à pretensão governamental de redução do
número de freguesias.
António Cabral de Oliveira
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
A 6 de outubro ACO escreveu ...
RIO
ACIMA, SEM MOTOR
Continuo
sem entender porque é que todas as raras obras que considero terem dimensão
ajustada a uma Coimbra de futuro são sempre classificadas por alguns – não
poucos, infelizmente – como “elefantes brancos”. Serei eu “grande de Espanha”,
ou será, antes, (a Casa da Cultura/Biblioteca Municipal, apenas um exemplo, não
é hoje equipamento já insuficiente?) falta de ambição por parte daqueles?
Vem
isto a propósito da adaptação do Convento de São Francisco a espaço cultural e
de convenções, uma obra formidável (não me ocorre adjetivo mais eloquente), ali
na margem esquerda, cuja compra, não se reescreva a história, se deve,
personalizando os executivos, a Mendes Silva e não a António Moreira, apesar de
ter sido este quem, de facto, a pagou. Ao abrir novos e (com certeza) ditosos
horizontes à vida cultural e económica da região, São Francisco é, sem questão,
uma excelente aposta da Câmara Municipal, que há de saber organizar de forma
exigente e capaz a sua gestão e dinamização. E que os cidadãos de Coimbra têm a
obrigação de saber bem usufruir, seja enquanto espaço de utilização social,
seja em simples visita…
Por
falar em cultura, Coimbra, para além da sua ampla oferta habitual, foi palco de
um vasto conjunto de atividades que, em manifestação, justa, contra os cortes
nos apoios governamentais, serviram para reivindicar auxílios indispensáveis
para se evitar a asfixia. Se, por um lado, importa acompanhar os agentes
culturais da cidade nesta sua luta, há, por outro, que assumir, sejamos
utópicos, que a cultura tem de caminhar, cada vez mais, para uma autonomia
financeira. Com o contributo insubstituível da efetiva participação nos eventos
dos muitos que continuam a dizer que em Coimbra não acontece nada … mas que, em
boa verdade, não encontramos em qualquer programa cultural.
Quando
o próprio comandante se enleva por, li, se sentir “a ganhar, aos poucos, a
confiança dos seus agentes”, parece que algo continua mal na Polícia Municipal
de Coimbra, uma estrutura, não o esqueçamos em circunstância alguma, que só
existe para servir a população. Naturalmente hierarquizada, é, por o ser - e
por bem se saber a diferença entre mando e comando -, que não percebo, de todo,
estas, chamemos-lhe assim, confidências …
A
Associação Nacional de Municípios Portugueses, entidade tão cara à cidade onde
está sediada, vive um momento histórico de lamentável e preocupante turbulência
política. Consequência direta da crise financeira que se abate sobre o país,
também porque é terrível a aproximação do ocaso depois de longos ciclos de liderança
no poder autárquico, urge ultrapassar rapidamente tais dificuldades, sempre em favor
de uma casa fundamental para a existência de um poder local digno e autónomo,
indispensável ao bem-estar e ao progresso dos cidadãos.
Morreu
Santana Maia – as minhas homenagens sentidas -, médico prestigiado que a sua
classe profissional quis Bastonário, cidadão ilustre que, também enquanto
Vice-Presidente da Câmara, Presidente da Assembleia Municipal e Governador Civil
de Coimbra, dignificou, em tempos outros, uma outra forma de estar na política.
Por igual docente da Faculdade de Direito, Joaquim Sousa Ribeiro sucede, no
elevado cargo de Presidente do Tribunal Constitucional, a Rui Moura Ramos,
também daquela Escola, eleição que, honrando Coimbra, haverá de reiterar anteriores
padrões de excelência. Para concluir, também na promoção turística no estrangeiro
o Centro desapareceu do mapa, com as Beiras, bem como todo o restante espaço
físico nacional, a serem substituídos, que mais poderia ser, por … Lisboa e
Porto. Mas que regionalização turística é afinal esta que, agora, dizem, se
estará a concretizar?!
António Cabral de Oliveira
6 de outubro de 2012
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
A 29 de setembro ACO escreveu ...
RIO
ACIMA, SEM MOTOR
O
Secretário de Estado das Obras Públicas afirmou, em sede do Conselho Regional
do Centro, que a autoestrada Coimbra-Viseu é prioridade maior nos projetos do
Governo quanto a futuros investimentos rodoviários. Face ao abandono a que se
votou a Região Centro, era só o que faltava que o não fosse. A não ser que – e
em boa verdade, no meio de tamanho centralismo, já nada me surpreenderia –,
depois da construção de tantas AE em redor de Lisboa (e do Porto), ali se
começassem amanhã a erguer, também à míngua de território disponível, não vias
paralelas … mas sobrepostas!Na inauguração da Exposição da Candidatura da Universidade de Coimbra a Património da Humanidade, o Magnífico Reitor decidiu descer das suas tecnologias e subir às humanidades para sublinhar – de entre o pouco que, disse, teve já tempo de ler – a influência da Universidade de Coimbra na história de países como o Japão e o Brasil, também a certeza da língua portuguesa ter nascido nas Escolas coimbrãs. O que constitui, para nós, redobrada esperança no seu empenhamento na continuada internacionalização da UC; na sua permanente valorização histórica e patrimonial; ainda, e porventura especialmente, no ganhar de um aliado relevante no combate que urge empreender para que o Museu da Língua Portuguesa tenha, naturalmente, sede em Coimbra (quem sabe se nas então já desativadas atuais instalações da Penitenciária), e não, como entretanto alguns políticos ignaros aprovaram, em Lisboa.
Tornar ainda mais mágica esta em si já mágica cidade, foi o propósito, amplamente alcançado, dos Encontros de Magia, que voltaram a decorrer em Coimbra. Um projeto que, contudo, terá de ir mais além, sem se quedar apenas neste festival – inquestionavelmente importante --, para mostrar atividades também ao longo de todo o ano. Especialmente quando vamos ter novos e excelentes espaços no vasto equipamento cultural que é o Convento de S. Francisco…
Falando
de farmácias e de farmacêuticos, agora em período de luto que respeito até pela
muita consideração que me merecem tantos desses profissionais que, ao longo dos
anos, me habituei a ver serem solidários – e discretamente solidários – com
aqueles que, por dificuldades económicas, não podiam aviar as suas receitas
quando delas precisavam, uma palavra para a inauguração, em Coimbra, na sede da
Secção Regional da Ordem dos Farmacêuticos, do Centro de Documentação Nacional,
estrutura com certeza significativa em cidade que, por ser a do conhecimento,
deve albergar em si espólios de estudo, nas mais diversas áreas, que sirvam
todo o país. E, de facto, como bem reconheceu o Bastonário, “não poderia haver
local mais indicado”…
Em favor da baixa e de Coimbra, decorreu, com a entrada do outono, mais uma Noite Branca, iniciativa muito curiosa de que, comprovadamente, os cidadãos gostam. E isso é o que realmente importa, mesmo quando demasiados comerciantes continuam alheados da jornada, perdendo assim oportunidade para, participando na festa, fazerem algum negócio e, talvez sobretudo, mostrarem que há alternativa aos centros comerciais. Afinal, e ao contrário do que se lastimam, mais parece, talvez ainda habituados a tempos áureos e mais fáceis, que continuam apegados a uma baixa que era, especialmente, terreno privilegiado para exibirem vaidades. Que São Pancrácio -- protetor dos comerciantes -- lhes valha…
Na CCDRC, os cortes financeiros estratégicos querem-se concomitantes com estratégicas propostas dos cidadãos para o desenvolvimento regional (que falte o pão, mas não a opinião); a Latada foi antecipada para, nem mais, não interferir com os estudos, o que nos leva a reiterar já antigas propostas, nunca atendidas, de se alterar, para o final das aulas, com o mesmo e justíssimo fim, a data da Queima das Fitas; e, enquanto se encerram estabelecimentos hospitalares psiquiátricos (de louco, todos temos um pouco), parte do Sobral Cid servirá, sempre a mesma imaginação, para um outro … museuzinho!
António Cabral de OliveiraEm favor da baixa e de Coimbra, decorreu, com a entrada do outono, mais uma Noite Branca, iniciativa muito curiosa de que, comprovadamente, os cidadãos gostam. E isso é o que realmente importa, mesmo quando demasiados comerciantes continuam alheados da jornada, perdendo assim oportunidade para, participando na festa, fazerem algum negócio e, talvez sobretudo, mostrarem que há alternativa aos centros comerciais. Afinal, e ao contrário do que se lastimam, mais parece, talvez ainda habituados a tempos áureos e mais fáceis, que continuam apegados a uma baixa que era, especialmente, terreno privilegiado para exibirem vaidades. Que São Pancrácio -- protetor dos comerciantes -- lhes valha…
Na CCDRC, os cortes financeiros estratégicos querem-se concomitantes com estratégicas propostas dos cidadãos para o desenvolvimento regional (que falte o pão, mas não a opinião); a Latada foi antecipada para, nem mais, não interferir com os estudos, o que nos leva a reiterar já antigas propostas, nunca atendidas, de se alterar, para o final das aulas, com o mesmo e justíssimo fim, a data da Queima das Fitas; e, enquanto se encerram estabelecimentos hospitalares psiquiátricos (de louco, todos temos um pouco), parte do Sobral Cid servirá, sempre a mesma imaginação, para um outro … museuzinho!
29 de setembro de 2012
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Mais uma crónica de ACO
RIO
ACIMA, SEM MOTOR
Estou
preocupado, estou verdadeiramente muito preocupado com a Candidatura da
Universidade de Coimbra a Património Mundial da Humanidade. Atrasado, o
processo só agora parece querer avançar substantivamente. A cidade ainda não
foi motivada para a iniciativa (e não o será com os painéis, pouco apelativos,
por aí disseminados); o país, na lógica a que permanentemente condena Coimbra,
assobia, invejoso, para o lado; além-fronteiras, o espaço que realmente nos
considera, não está a ser suficientemente trabalhado, designadamente ao nível
da itinerância de prestigiados embaixadores das Escolas, que deveriam estar já
a percorrer todas as sedes de influência. E se Coimbra perde esta oportunidade
singular, então, estamos convictos, será a machadada final nos nossos grandes propósitos
de futuro…
Os
recentes acidentes com bombeiros, que provocaram, na região, um enorme e
intolerável número de mortes e feridos, deixam-nos perplexos e, sobretudo,
derribados. Porque estas são circunstâncias demasiado sérias e graves,
lamentavelmente recorrentes, que podem, mas não devem acontecer. E que têm de
ser o enquadramento de fundo para analisarmos, responsavelmente, o que, com
certeza, está mal na problemática do combate ao fogo florestal. Onde, em
absoluto, não pode continuar tudo como está. Para não voltarmos a perder,
amanhã, alguns dos nossos melhores…
A
adesão de Coimbra à Semana Europeia da Mobilidade – um bom propósito sem
qualquer vantagem concreta – incluiu, designadamente, a “inauguração” de um
corredor bus na Fernão de Magalhães. Se já se inaugura um simples risco pintado
no asfalto, para o que nos guardará, ainda, a crise?!
Uma
palavra, esta de grande satisfação, para a atividade do serviço de
transplantação hepática dos CHUC, pela extraordinária valia do trabalho que ali
se volta a desenvolver, também pelos ambiciosos projetos a que se propõem. Em
prova evidente, releve-se, da excelência que, mau grado as malfeitorias que se
querem impor, os hospitais de Coimbra continuam a assegurar.
Pedro
Machado, em longa entrevista a este jornal, para além de procurar justificar o
injustificável quanto à deslocalização da sede da Região de Turismo – coisas
para si, mas só para si, menores – diz que Coimbra, efetivamente desconsiderada
no seu estatuto de capital regional, era “buraco negro” na estratégia da
Turismo Centro de Portugal. Agora, de novo com a aclaradora participação
coimbrã, ficamos à espera que o turismo regional (com dívidas tamanhas e
insuficientíssimos resultados promocionais), passe por um pouco mais do que
rotas de caprinos ou festivais de peixe. Localmente importantes, com certeza, mas
também iniciativas menores (de que já ouvíamos falar, imagine-se, 30 ou 40 anos
atrás) para quem, necessariamente exigente, tem de ambicionar ir mais, muito
mais longe.
Com
a morte de Luiz Goes, a Canção de Coimbra ficou imensamente mais pobre.
Calou-se a voz enorme que sempre recordaremos quando, livre e arrebatadora, silenciou,
na Sé Velha, em 79, os poucos que queriam contrariar a recuperação das
tradições académicas, tentando boicotar a serenata monumental. Para ele que,
raro entre os maledicentes, ousou afirmar que “Coimbra é formidável por 30 mil
razões”, o meu muito sentido e respeitoso preito.
António Cabral de Oliveira
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Candidatura da UC a Património mundial - dois PL foram entrevistados
Uma exposição para conhecer a candidatura da UC a Património mundial
O Colégio de São Bento, no antigo departamento de Antropologia, recebe em permanência uma exposição interativa que conta os passos da candidatura da Universidade, Alta e Rua da Sofia a Património Mundial da Humanidade da UNESCO.
No dia da inauguração da exposição dois PL foram entrevistados. Sigam o link e vejam a reportagem da UCV.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
ACO retomou a sua atividade de cronista
A partir de 15 de setembro voltaremos a poder ler as crónicas semanais de ACO, que agora serão publicadas ao sábado.
Segue o texto da primeira edição de «Rio acima, sem motor».
António Cabral de Oliveira
Segue o texto da primeira edição de «Rio acima, sem motor».
RIO ACIMA, SEM MOTOR
Toda a gente, designadamente o
Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, quer o projeto do Metro Mondego cada
vez mais irreversível. Mas, para o ser, o melhor não seria colocar outra vez –
até pelo seu significado – os carris no abandonado corredor? Tecnicamente,
dizem, sem Parque de Máquinas, não haverá metro. E sem carris, há?
A Secretaria de Estado
da Cultura tem vindo a patrocinar o Festival Grande Orquestra de Verão,
enquanto “festa da música sinfónica”, baseada na alegada justificação de descentralização
cultural e de diversificação de públicos. Francisco José Viegas reforça-nos,
assim, imensa amargura pelo esquecimento a que votou o Festival das Artes de
Coimbra, uma iniciativa, parece, absolutamente centralizada e para públicos
mais do que habituados a bons programas de música…
A inauguração, no
Coimbra Inovação Parque, de uma fábrica da área da nanotecnologia, foi, de
facto, como disse o Presidente da República, “ sinal importante de confiança na
capacidade dos portugueses para vencer as atuais dificuldades”. Já o mesmo não
poderemos dizer dos responsáveis políticos locais quando ali vemos os tão
esparsos investimentos em construção, quando nos deparamos com o verdadeiro
matagal nos passeios, que não foi cortado, sequer, para a inauguração
presidencial. Faltará ainda muito para se entregar a efetiva gestão do Parque a
quem tem sobejas provas dadas em outros institutos?
Bom senso, educação,
respeito, princípios e valores, seriam o suficiente para uma sadia preservação
da praxe e das tradições académicas que, recorde-se, nos idos 80, uma dúzia de
pessoas nos empenhámos em recuperar em Coimbra. Sem se permitirem atitudes
próprias de gente menor, recorra-se à praxe com sanções simbólicas e dêem-se as
boas-vindas aos caloiros que agora aqui chegam, mostrando-lhes, desde logo, que,
para além de virem frequentar a melhor universidade portuguesa (também de
acordo com o último e prestigiado ranking mundial), Coimbra é, pelo menos,
diferente. Senão, não…
Entretanto, ouvir a
entrevista de Sampaio da Nóvoa, Reitor da Universidade de Lisboa, à RTP, foi
constatar a inteira dimensão de um universitário, no seu mais verdadeiro
sentido, imbuído pelas imensas e superiores responsabilidades que lhe cabem e
que o País, por essa condição singular, lhe demanda. Quando, próximo de nós, se
privilegia, quase em exclusivo, a pequenez das contas e a ausência de atitude
sustentada e exigente em defesa dos superiores interesses sequer da Escola, só
nos poderia sobrar – e sobrou – um sentimento de imensa (mas sã) inveja. Quem
é, afinal, Magnífico?!
Apostilha:
Com este retorno ao jornalismo de opinião, cumpre-se, tantos anos depois, a
vontade de uma intervenção livre em prol de Coimbra e da Região, também a
promessa, a antigos leitores, de um regresso…
António Cabral de Oliveira
A pedido de JT
A pedido de JT, damos conta de um texto publicado no DC, no passado dia 2 de setembro.
Compotas
de praia
Todos os anos, no dia 1
de agosto, a azáfama era intensa. A mudança para a casa da praia – que na
verdade era um palheiro arrendado, com mobílias giríssimas mas sem qualquer
tipo de equipamento electrodoméstico (nem o fogão funcionava …) – era uma odisseia que implicava o esforço de
todos. Como a família era numerosa, além do substituto do citado fogão, era
necessário transportar um frigorífico, vários divãs e cadeiras de lona, quilos
de lençóis e toalhas, o caixote dos jogos que acompanhava o da literatura de
veraneio (que incluia obrigatoriamente alguns albuns do tio patinhas &
afins, números mais que desatualizados das Selecções do Reader’s Digest e os
incontornáveis romances policiais da colecção Vampiro), mercearias (na altura
existia apenas um supermercado na cidade mais próxima), louças e talheres, para
além do pequeno saco de viagem a que cada um tinha direito para arrumar os seus
pertences. Tudo isto era carregado numa camioneta de caixa aberta onde o
motorista era apoiado por um dos rapazes mais velhos, enquanto a família era
conduzida pelo Pai em duas levas. Na primeira, os mais crescidos, com o
objetivo de limpar a casa, descarregar a camioneta e arrumar toda a tralha,
enquanto a segunda se destinava à Mãe e aos mais novos.
O primeiro dia na praia
passava a correr e quase nunca tínhamos tempo para ir até ao mar. Os restantes
tinham uma rotina muito semelhante: depois do pequeno-almoço tomado, os mais velhos
(nem todos …, os notívagos voluntariavam-se para ajudar a Mãe a preparar o
almoço) seguiam para o areal com os mais pequenos equipados com o respetivo
balde e acessórios, bem agasalhados e de chapéu enterrado na cabeça por causa
do nevoeiro matinal e da baixa temperatura própria das praias onde as
más-línguas dizem que «o inverno passa o verão». A hora do banho era
invariavelmente por volta do meio-dia, perante o ar vigilante do Pai.
Frequentemente, era mais banho de areia que outra coisa, daí a utilidade dos
baldes para o «duche final». Os mais crescidos, gelados com os salpicos dos «chapinhanços»
anteriores, mergulhavam de seguida sem hesitação nas águas batidas e frias,
certos de que havia sempre um jogo de ringue para aquecer os friorentos. Depois
do almoço, a tarde corria lentamente à sombra do toldo da barraca, onde os
bebés dormiam a sesta. A leitura de revistas, o jogo do prego e a conversa
pachorrenta e sem rumo são prazeres que recordo com imensa saudade. Ao fim da
tarde, quando a maré estava baixa, passeávamos à beira-mar onde conchas e
búzios eram recolhidas para as «compotas da praia» – frascos de vidro cheios
daquelas preciosidades que decoravam a cozinha durante o inverno: «para não
termos tantas saudades do mar!» – dizia a Mãe. Se o tempo se estragava ou a
nortada tornava insuportável a permanência no areal, consolávamo-nos com
deliciosas bolachas americanas e passeios de bicicleta.
Finalmente, quando os
dias começavam a ficar mais curtos e os morenos exibiam bronzeados invejáveis (enquanto
os louros apenas se podiam gabar de algumas sardas), regressávamos para
recomeçar as aulas. Este era, para mim, um período igualmente intenso e divertido.
O cheiro dos cadernos novos, dos lápis e das borrachas invadiam a casa. Como os
livros passavam de irmão para irmão ou eram partilhados, a escolha do papel que
os ia forrar era cuidadosamente negociada e as mazelas provocadas por
utilização negligente penalizadas. Os horários eram afixados num placard e a
participação nas tarefas diárias discutida em assembleia familiar.
Mais tarde, muito mais
tarde, percebi que os benefícios destas temporadas passadas à beira-mar se
colhem a vários níveis: compreender, por um lado, que descansar não implica
forçosamente destinos exóticos em cenários de agência de viagem; apreciar, por
outro, o quão retemperador pode ser um par de semanas passadas numa rotina
simples de praia; finalmente, sentir o quanto importante é ter-se,
efetivamente, férias, um período em que, calmamente, beneficiando dos ares
marítimos, se recuperam forças, fortalecem relações e, numa agradável quietude,
nos começamos a preparar para o que, para muitos de nós é, na verdade, o
princípio de um novo ano – e que se quer, naturalmente, repleto de desafios, de
afazeres e novidades…
Teresa Pedroso de Lima
O quarto azul...
Outro dia...(acho que já passaram 2 semanas) recebi um postal muito giro dos tios T&T e dos primos L e Ni., no qual me pediam para falar da minha casa nova...
Pois é, para quem ainda não sabe, estou a morar sozinha, num T3, pequeno mas grande... pequeno, porque apesar de ter 3 quartos, até dá para o limpar bem sozinha; grande, porque tem 3 quartos.
Claro que como pseudo-artista, que gosta muito de bricolage e afins... um dos quartos virou escritório, o outro é o meu quarto e o outro é para as visitas. ;)
Este verão aproveitei e pintei os quartos. No escritório limitei-me a pintar de branco, pois tinha muitas manchas de humidade... ando a meditar sobre que colocar nas paredes, se coloco papel de parede, ou se arrisco e faço umas experiências de colagens que vi num site. Mas para já, está com muito melhor aspecto livre de manchas e afins.
E pintei o meu quarto, esse ficou de branco e azul, ainda é um trabalho em progresso... um "querido mudei a casa" prolongado.
Deixo aqui uma foto para verem como está por agora:
Como podem ver ainda não existe cama, nem mesinhas de cabeceira.
Serão as da Avó T. (que herdei :)), mas é preciso fazer uns arranjozinhos e por enquanto permanece só o colchão.
As cortinas também são temporárias (demasiado transparentes), mas ainda não encontrei nada do meu agrado. Os lençóis também tem sido outro problema... os que tenho são demasiado grandes, mas agora com as medidas do colchão sempre à mão (anotadas no caderninho que anda sempre comigo), acredito que em breve descubro OS lençóis. :)
Posso dizer que ainda falta a "arte", desenhos e rabiscos que serão colocados nas paredes... mas aos poucos e poucos isto vai lá, vai ganhando forma e personalidade.
Espero que gostem.
Ps. em breve mostro mais da casa nova.
Pois é, para quem ainda não sabe, estou a morar sozinha, num T3, pequeno mas grande... pequeno, porque apesar de ter 3 quartos, até dá para o limpar bem sozinha; grande, porque tem 3 quartos.
Claro que como pseudo-artista, que gosta muito de bricolage e afins... um dos quartos virou escritório, o outro é o meu quarto e o outro é para as visitas. ;)
Este verão aproveitei e pintei os quartos. No escritório limitei-me a pintar de branco, pois tinha muitas manchas de humidade... ando a meditar sobre que colocar nas paredes, se coloco papel de parede, ou se arrisco e faço umas experiências de colagens que vi num site. Mas para já, está com muito melhor aspecto livre de manchas e afins.
E pintei o meu quarto, esse ficou de branco e azul, ainda é um trabalho em progresso... um "querido mudei a casa" prolongado.
Deixo aqui uma foto para verem como está por agora:
(a foto encontra-se meio desfocada, porque foi um panorama feito com uma app...)
Como podem ver ainda não existe cama, nem mesinhas de cabeceira.
Serão as da Avó T. (que herdei :)), mas é preciso fazer uns arranjozinhos e por enquanto permanece só o colchão.
As cortinas também são temporárias (demasiado transparentes), mas ainda não encontrei nada do meu agrado. Os lençóis também tem sido outro problema... os que tenho são demasiado grandes, mas agora com as medidas do colchão sempre à mão (anotadas no caderninho que anda sempre comigo), acredito que em breve descubro OS lençóis. :)
Posso dizer que ainda falta a "arte", desenhos e rabiscos que serão colocados nas paredes... mas aos poucos e poucos isto vai lá, vai ganhando forma e personalidade.
Espero que gostem.
Ps. em breve mostro mais da casa nova.
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