sábado, 2 de abril de 2016

A 26 de dezembro ACO escreveu …

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Com o novo governo, e depois das tantas críticas e promessas que ouvimos, Coimbra vai com certeza ter em execução, por fim, um conjunto de obras fundamentais para o seu desenvolvimento. O carril volta ao Ramal da Lousã e chega aos hospitais; a Via dos Duques (mesmo que com outra designação) liga-nos a Viseu; o IC6 deixa de parar no meio de um pinhal e segue para a Covilhã e em direção a Seia e Gouveia; aviões civis aterram e levantam na Base de Monte Real, o novo aeroporto Leiria-Fátima-Coimbra; para além da recuperação da do Oeste, a modernizada Linha da Beira Alta segue da Pampilhosa até Espanha; o projeto  de Joan Busquets para a estação ferroviária começa a ser concretizado; o ensino e a ciência, a cultura e o turismo, mas também o empreendedorismo são dinamizados; o IParc internacionaliza-se; a cidade reabilita-se no seu património urbano construído. Uma única dúvida nos assalta: tudo entra em obra no ano que agora começa, ou no próximo milénio?

O ministro da Saúde, na sequência de uma longa visita ao Centro Hospitalar e Universitário, declarou, no final da jornada, que "saio daqui com a melhor prenda de Natal que poderia ter em princípio de mandato". Por nós, congratulando-nos com a (em boa verdade tão justa) consideração, ficamos à espera de que, lá mais para o meio e fim do mandato, seja isso quando for, os nossos sentimentos de felicidade sejam recíprocos. Em abono da garantia e permanente evolução da qualidade, da excelência da saúde em Coimbra.

 Tenho pela ARCA, por razões diversas, um particular afeto, carinho mesmo. Que levou à minha imensa congratulação com o aprovar, pela ampla maioria dos credores, de um plano especial de revitalização. Que agora irá ser homologado, seguramente, pelo Tribunal da Comarca. E a instituição, fundada, um dia, por Norberto Canha, haverá de ressurgir das suas imensas, mas desafiantes, dificuldades.

 A Cimpor quer aumentar, ou já terá mesmo aumentado, os valores de emissões poluentes do centro de produção de Souselas, tendo entretanto decorrido(?), de forma pouco transparente e percetível, sublinhe-se, um processo que visava ir mais além nos limites definidos aquando do lamentável processo da coincineração que trouxe para Coimbra  – e continua a trazer – escória e matérias tóxicas de todo o país. Queima de resíduos perigosos, ou de lixos domésticos, o que seja, uma ou outra tanto se nos faz, a ambas dizemos, como fez o município, um alto e tronante não. Vamos combater, mobilizando-nos (seremos todos, desta vez?), as fontes poluidoras, não acrescentá-las. Para mal, já basta o que aí está. 

 Confesso que nunca pensei que o regresso dos elétricos a Coimbra pudesse ser tema de uma tese de doutoramento. Mas sim. E teve, até, direito, com certeza pela sua relevância, a ser notícia de jornal. Considerando, judiciosamente, o "potencial turístico" e o fortalecimento da "ligação afetiva do cidadão com o espaço urbano", Paulo Simões, seu autor, acrescenta, ainda, bem, que o "elétrico faz parte da história" do burgo, moldou "a paisagem cultural da cidade", e é um "elemento estético" que poderá  "contribuir para um reforço da imagem que se tem de Coimbra". Enquanto defende a criação de duas linhas turísticas. Mas aqui, se me permitem a discordância, continuo a preferir e a achar mais relevante o circuito Praça da República, António Vieira, Universidade, Arcos do Jardim.

A ligação aérea regional Bragança, Vila Real, Viseu, Cascais, Portimão – connosco a ver passar os aviões  –  começou a funcionar no passado dia 23. Coimbra, e eu a lembrar-me das escalas da LAR, cada vez mais, ironizemos, no centro da mobilidade! Externa, e, assim, também interna...

Programa educativo sobre ciência para mais de 25 mil alunos; dez mil euros para Obra de Promoção Social do Distrito; aumento em 50% do valor de emergência a excluídos; apoio ao Banco Alimentar Contra a Fome; 30 mil euros para teleassistência a idosos. Estes os sublinhados, os mais relevantes temas da reunião camarária de 21 de dezembro. Era Natal.  Bom Ano Novo.

António Cabral de Oliveira

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