sábado, 2 de abril de 2016

A 12 de dezembro ACO escreveu …

RIO ACIMA, SEM MOTOR

"Se se está a fazer um investimento na reabilitação da Linha da Beira Alta, e se há um eixo que hoje está a ser usado e pode ser transformado, é urgente ter essa resposta e colocar a obra em curso", disse, pleno de bom senso, o presidente do município de Mangualde, João Azevedo, também líder do Conselho Regional do Centro. Exatamente o mesmo autarca que poucos dias atrás se tinha regozijado com o anúncio de aplicações financeiras naquele corredor ferroviário – que liga a Linha do Norte a Espanha, da Pampilhosa a Vilar Formoso – designadamente ao nível da abertura de procedimentos pré contratuais relativos à realização de estudos prévios e de impacto ambiental e projetos de execução. Pode ser que a coisa, finalmente, sem megalomanias estapafúrdias, agora vá. Em favor do equilibrado desenvolvimento da Beira e do país.

O Convento de São Francisco abre, anunciava-se há dias, (afinal, Manuel Machado, bem após qualquer concerto de Ano Novo), em abril. Depois de muitos atrasos, mais um protelamento. Nesta cidade onde o adiar continua a ser caraterística histórica, peculiar e nefasta. Como acontece com as tantas obras da responsabilidade da administração central que aguardam concretização, de que o Metro, a nova estação ferroviária ou a ligação em autoestrada para Viseu são apenas alguns exemplos; ou com os trabalhos de âmbito municipal cujo início nunca mais acontece, nomeadamente, recordo, o Terreiro da Erva, a avenida central, a nova via da Conchada à Sofia, pelo Carmo, ou nunca mais acabam, de que é paradigma a ligação da Alta à Baixa pelo Botânico...

A Universidade de Coimbra acaba de ser considerada como uma das 100 mais influentes do mundo, de acordo com o Wikipedia Ranking of World Universities. Única de língua portuguesa, a lista, onde ocupa a 98ª posição, integra, liderada por Cambridge, 1025 instituições. Em prova provada, assim, de bom desempenho científico que, pelo menos no plano internacional, continuam generalizadamente a reconhecer-lhe.

Leio e quedo-me estupefacto. Não é que Coimbra perdeu para Gondomar a condição (ou título, ou circunstância, o que seja) de Capital Europeia de Desporto? Isto mau grado o apoio da secretaria de Estado do Desporto e Juventude, de deputados europeus e da maioria das federações nacionais e de associações responsáveis por modalidades, incluindo o Comité Paraolímpico de Portugal e, até, do presidente do Comité Olímpico Português. Seguramente não por carência de equipamentos e estruturas, que não faltam por aí, a derrota da nossa candidatura só pode ter resultado, assim, não por falta delas, antes, desta feita, por uma overdose de influências. De empenhos político-desportivos, diria...

A ReFood é uma excelente iniciativa de voluntários que, dando bom aproveitamento ao que seria desperdício, garante, agora também em Coimbra, a recolha, no final de cada dia, de comida preparada e não servida em restaurantes, cafés e pastelarias, distribuindo-a a quem precisa. Aos que doam e a quem se doa, o obrigado, indispensável, da comunidade.

De quando em vez anunciam-se obras na Estrada da Beira, no troço entre Tábua/Oliveira do Hospital e o limite do distrito de Coimbra. Como agora voltou a acontecer. Mas pode ser que desta feita, quando se noticia a adjudicação da empreitada, seja mesmo de vez. Para minorar, um pouco, as imensas dificuldades de mobilidade daquelas terras serranas. Impasse que, contudo, só ficará suficientemente resolvido quando – mas quando, Senhor! – se continuar o IC6 para a Covilhã, se concluírem simultâneos trabalhos de construção do itinerário complementar 7, em direção à Guarda, por Seia e Gouveia.

Os bombeiros voluntários de Brasfemes receberam, justamente, a Medalha de Ouro do município; em projeto renovador, Manuel Porto sucede a Rui de Figueiredo Marcos na presidência do CADC; o Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo – o projeto lá vai indo, Pedro Machado – vai ser, em 2016, em Aveiro; e está difícil uma deliberação sobre os horários de funcionamento dos bares e discotecas, decisão que voltou a ser adiada, esta semana, pelo executivo camarário.

António Cabral de Oliveira

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