sábado, 2 de abril de 2016

A 28 de novembro ACO escreveu …

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Segundo a AICEP, na sua procura de negócios competitivos para a globalização da economia portuguesa, há investidores norte-americanos, alemães, franceses, sauditas, suecos e suíços a estudar a possibilidade de transferirem centros de serviços para o nosso país. E embora Lisboa e o Porto continuem a ser as regiões mais atrativas para estes investimentos, há uma procura crescente, enfatiza, para outras zonas, como Braga, Aveiro, Évora e Fundão. Sobre Coimbra, nada. Mas pode ser que um dia destes, depois de lerem, editada pela câmara municipal, a (bela) brochura "Coimbra, descobrir e investir", nos encontrem...neste fim do mundo (sob o ponto de vista empresarial) em que estamos transformados!

Fui, estive, representei, dizem, muitas vezes repetindo informações do presidente, uns a seguir aos outros, os vereadores da maioria. Parece uma agenda social. Poderíamos julgar, não raro, nos períodos de antes da ordem do dia, estarmos numa, sem ofensa para esta, pequena junta de freguesia. Mas não. Trata-se das reuniões quinzenais do executivo autárquico de Coimbra. Santo Deus! Deixemos as minudências e empenhemo-nos, essas sim, nas grandes questões que, para um melhor devir da cidade, devem preocupar a câmara. Sem perdas de tempo.

Um dia destes fui ver as obras que decorrem na Sociedade de Cerâmica Antiga de Coimbra, no Quintal do Prior, ao Terreiro da Erva, e fiquei deliciado. Recordando a velha oficina – ainda ali adquiri muito curiosas peças – é notável o trabalho de recuperação em que os jovens proprietários se empenham, também belíssimo o projeto em execução. De um lado a zona de laboração, do outro uma cafeteria de apoio à imensa vocação turística do empreendimento. Tudo magnífico, com certeza. E a pedir brevidade no início dos trabalhos de reconversão da praça, a exigir imediata solução para o erradicar dos problemas de droga evidentes nas imediações. A fim de darmos, sem delonga, outra dignidade e qualidade de vida a um espaço precioso da nossa cidade.

Lutando contra Gondomar, e depois de Guimarães, Maia, Loulé e Setúbal – bem se vê, assim, a dificuldade da coisa – Coimbra poderá ser, no ano da graça de 2017, em Portugal, a quinta Cidade Europeia do Desporto. Delegações do país e do velho continente estiveram entre nós e, após visitas, reuniões e encontros lá aprovaram a candidatura ao evento. Que, assim, uma farturinha, poderá anteceder os EUSA-Jogos Europeus Universitários 2018. 

Já terá até nome – Museu do Conhecimento e da Medicina – um futuro espaço museológico que reúna, na cidade, o seu grande espólio histórico na área da saúde. E acho muito bem. Desde que incluído no Museu da Ciência. Para ganhar escala e, sobretudo, não contribuir para a existência, como tanto gostamos, de mais uma "quintinha"…

Boticas, vila transmontana, quer plantar, naquele município, excelente ideia, uma árvore por cada habitante. Serão, leio, 5.750 carvalhos. Um invejável exemplo para todos  nós, a começar por Manuel Machado, ele que, julgo ainda, continua a gostar de árvores. E já nem digo, para Coimbra, 150 mil exemplares. Bastam-nos, talvez, 15 mil, 1.500, porventura, até, só 150. Mas árvores novas, pujantes de vida, aí pelas ruas e praças da cidade. Por mim, ajudo a plantar uma. E a cuidar dela.

Luzes sobre a Baixa, depois do êxito que a câmara considera terem sido as anteriores edições, regressa neste Natal e Fim de Ano com um programa imenso e englobante, onde tudo parece caber, designadamente iluminações, presépio, pinheiros natalícios, animação, desporto e, até, na noite de São Silvestre, um espetáculo piromusical sobre o rio Mondego.

Em demonstração de profundo interesse e enorme vitalidade democrática, um quarto dos estudantes inscritos nos cadernos elegeu, por histórica maioria (87,6%), José Dias novo presidente da AAC; João Palmeiro preside ao Conselho Geral do Instituto Politécnico; Carina Leal, parabéns, venceu o Prémio de Jornalismo Adriano Lucas; e os Caminhos do Cinema Português, empenhados em tarefas de promoção e conhecimento, trazem até nós, é só selecionar e ver, sem pipocas, uma imensidão de quase 200 de filmes.

António Cabral de Oliveira

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