sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A 2 de novembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Leio, honrado e orgulhoso (bem sei, senhor diretor, ser, entre as muitas, apenas mais uma notícia), que o jornal britânico "The Telegraph" distinguiu as 16 mais espetaculares bibliotecas do mundo e coloca em primeiro lugar, como a mais bonita, a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra. Entretanto, oiço, com preocupação e angústia, para além de ensurdecedor silêncio, sobre um problema de infiltrações na antiga "Casa da Livraria"...

A eventualidade de haver sete vereadores a tempo inteiro na Câmara Municipal está a levantar controvérsia política logo no início do mandato de Manuel Machado. Estaremos face a uma necessidade de prover a qualidade pela quantidade, ou será o reconhecimento, mais um, do erro de não ter sido entretanto aprovada legislação que conduzisse aos executivos homogéneos?

A Misericórdia de Coimbra celebrou o seu 513º. aniversário – a ausência do presidente da Câmara ou de um seu representante não há-de querer significar nada de relevante – com uma sessão evocativa e a celebração da eucaristia pelo bispo da diocese, agora empossado, de acordo com os ditames da tradição, como irmão da Santa Casa.

A unidade de AVC dos CHUC foi ampliada e requalificada para ser – mas não o era já? – um "serviço de referência". Também era só o que faltava: que fechassem nos Covões...e ainda cortassem nos HUC!

Com o adiamento da pintura da sinalização horizontal na Miguel Torga para depois das eleições, cheguei a pensar – este meu otimismo! – que a autarquia, já sem limitações ditadas pela época, mandasse marcar ao longo daquela artéria um traço contínuo que obrigasse a circulação automóvel a fazer-se de forma continuada, com inversões de marcha apenas na zona do Carmelo, entrada da CCRC e rotunda ao fundo do Cidral. Puro engano. Persiste-se na possibilidade de interseção da via contrária, com a formação de filas de trânsito (até surgir a oportunidade de o fazer), sempre sob o perigo de acidente. Ao invés do exemplo há muito seguido, e bem, no eixo Carolina Michӓelis/João de Deus Ramos, preferiu-se, de novo mal, a opção, recente, da Rua do Brasil...

O novo presidente do Município do Porto propôs a criação de uma liga (à imagem da Hanseática?) de cidades do norte do país. Seguindo a ideia, talvez não fosse mau que nós, aqui pela Beira, lhe seguíssemos o exemplo. De Aveiro a Castelo Branco, de Viseu a Leiria, da Guarda a Coimbra.

Parece que Mário Soares, aquando do lançamento de um livro do anterior primeiro-ministro, se referiu a José Sócrates tratando-o por "engenheiro de Coimbra". Mas deve haver um qualquer equívoco – e não me atenho sequer ao grau académico – já que, se o fosse, teria feito, durante os seus mandatos, algo mais pela cidade. Teria, pelo menos, satisfeito o pedido de seu pai para, indispensável em termos de coesão do território da oficialmente designada Região Centro, nos ligar à Covilhã por autoestrada...


Na "opacidade" municipal que por aí reina, a Câmara da Figueira da Foz é a mais transparente, quedando-se Coimbra, ainda estimável, no nono lugar do ranking; o anunciado arranque, no próximo ano, da Aldeia dos Médicos é uma boa notícia para a classe, também para a revitalização daquela zona da Adémia/Antuzede; Luís de Matos, prestigiante, foi distinguido pelo "The Magic Circle"; outra novidade na vida académica, decorreu na Sé Nova a benção dos novos alunos do ensino superior; e, por falar neles, ainda não percebi muito bem aquela de estudantes do Porto terem migrado, por um dia, para Coimbra, criando, porventura, um novo segmento turístico: o do caloiro!

António Cabral de Oliveira

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