sábado, 6 de julho de 2013

A 6 de julho ACO escreveu ...


RIO ACIMA, SEM MOTOR    
A Câmara, para além de outras merecidas distinções autárquicas, entregou o seu melhor ouro, muito justamente, ao Museu Nacional de Machado de Castro e à Escola Superior Agrária de Coimbra. E, também, porventura por um qualquer passe de mágica – sabem, o ilusionismo, aqueles truques que mesmo quando no-los explicam muito bem nunca conseguimos entender absolutamente – a Luís de Matos. Tudo enquanto o restante do Dia do Município decorria, este ano centrado na excelente Rua da Sofia e no digno Claustro do Colégio do Carmo...de acordo com os trâmites normais!

A Estradas de Portugal, meio ano depois da sua instalação em Antanhol, lá conseguiu uma nesga de disponibilidade para vir inaugurar o Centro Operacional Centro Norte e a Delegação Regional de Coimbra, também para aqui promover (deitando assim por terra, reduzindo absolutamente a pó todas as nossas críticas de posturas napoleónicas) uma reunião descentralizada da administração. Só foi pena, muita pena que, quando expetávamos anúncio de obra que se visse – talvez a autoestrada para Viseu, prioritariamente a conclusão (?!) dos IC 6 e 7 como ligação a Seia e à Covilhã –, a EP se tivesse limitado a generalidades e banalidades conhecidas.

Muito a propósito, o Teatrão levou à cena, nas ruínas do Colégio da Trindade, a peça "Arruinados", com certeza para bem aproveitar o estado de total degradação em que o edifício ainda permanece. E quanta pública vergonha deveriam sentir os responsáveis que, ao longo de tantos anos (tão férteis em dinheiros), conseguiram ver sempre adiados os trabalhos de recuperação daquele espaço onde se pretende instalar, já nem consigo lembrar desde quando, o Tribunal Judicial e Universitário Europeu. Um opróbrio, apesar da promessa de obras que, agora, pressurosamente – se calhar, afinal, ainda há pudor! –, se anunciam lá mais para o fim do verão...

Portugal é um dos destinos mais seguros do mundo, proclamou o ministro da Administração Interna durante o "Seminário Turismo e Segurança na Cidade de Coimbra". Se, felizmente, assim é, o que não seria, pelo menos na nossa urbe, se, absolutamente lamentável, a PSP não lutasse, como sublinhava há dias o seu comandante, com dificuldades em meios e instalações – por igual, dizem-me, em termos de agentes –, a GNR, foi relevado nas comemorações do último aniversário, não apresentasse queixas de carência generalizada, sobretudo de efetivos e viaturas...

Voltar o castelo para a vila e facilitar a locomoção de uma população envelhecida foram os grandes propósitos de Miguel Figueira, arquiteto da Camara Municipal de Montemor-o-Velho, quando, em vez de uma estrada, teve a excelente ideia, aliás premiada, de ligar o centro histórico com o seu mais representativo monumento através, nem mais, de uma escada rolante. Ascensor, agora inaugurado pela autarquia, que resultará lindamente também em função dos que, quase turistas, ali nos deslocamos para, de vez em quando, espraiar o olhar sobre os vastos e magníficos campos do Mondego...

Duas mortes marcaram, indelevelmente, a última semana. Primeiro, a de D. João Alves, Bispo Emérito de Coimbra, que, inteligente e culto, tantas vezes encontrei nas minhas lides jornalísticas. Depois, a de Mário Nunes, homem do património e da cultura popular, que adorava a letra de forma, amigo de muitos anos, companheiro de tantas jornadas em prol de Coimbra e da comunicação social. As minhas sentidas homenagens.

Se a cidade não serve a milhares de jovens que, fruto sobretudo de políticas centralistas, têm de rumar a Lisboa para encontrar um emprego, Coimbra é, pelo menos, espaço de referência para o Envelhecimento Ativo e Saudável, galardão, muito relevante, único no país, agora atribuído pela União Europeia; o centenário Tiro e Sport, para celebrar o presente, promoveu, ideia curiosa, dois concertos com – recordam-se deles? – os Álamos; Faria de Abreu (que por algumas vezes me ajudou a poder ler melhor) foi justamente homenageado nos HUC; o estádio universitário comemorou – lembrem-se ao menos as efemérides – o seu 50º aniversário, oportunidade que serviu para se anunciar a candidatura, em 2018, de novo, esperemos que então com mais êxito, aos EUSA Games; e a Feira Popular, muito graças à persistência de José Simão, o presidente de Santa Clara, está aí, aguardando-nos, no que tem de essencial, até 14 de julho, no Choupalinho.

António Cabral de Oliveira
 

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