sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A 3 de agosto ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR
Gosto da proposta do presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho de Árvore no sentido da estrada do campo (aquela que, partindo do Choupal, segue sempre ladeando o rio) ser transformada, com poucos custos, numa via turística para bem se poder apreciar a paisagem bucólica e, sobretudo, repousante, do baixo Mondego. Uma ideia – já não realizável, uma pena, nestes dias de sol – que poderia ser valorizada, acrescento eu, com passeios, também pelos caminhos entre aquelas belíssimas terras cultivadas, em carros de cavalos, assegurados, por exemplo, pelo Centro Hípico e pela Escola Superior Agrária.
Um dia destes, no apeadeiro velho – vulgo Coimbra B – dei-me conta, em hora de intenso tráfego ferroviário, de que a funcionária de serviço às informações que se fazem ouvir naquela estação deve ter a mais desagradável e repetitiva tarefa profissional: é que, coitada, passa o tempo a ler constantes alterações de linha e atrasos dos comboios, sempre, sempre com o mesmo pedido de desculpas... pelo incómodo causado. Por respeito pela senhora (já nem digo pelos passageiros, que esses já estamos habituados), não poderia a CP, ao menos uma vez por outra, procurar acertar nos corredores definidos e, enfim, cumprir horários...
Tenho uma marcada admiração por Valente de Oliveira enquanto político com enormes responsabilidades no processo (afinal ainda apenas projeto) da regionalização administrativa do país, que, digamos assim, nunca o deixaram implementar. Fiquei, por isso, particularmente apreensivo quando, em entrevista recente, reportando-se, no caso, a centros de investigação, o antigo governante referia, "só para falar do Norte", o Porto, Braga, Guimarães e Aveiro! É que, nos seus grandes princípios, Valente de Oliveira sempre defendeu, e bem, que a Região Centro (continuo a preferir a designação Beiras) inclui, naturalmente, Leiria, Coimbra, Castelo Branco, Guarda, Viseu...e Aveiro. Uma pena esta alteração no seu pensamento, porventura apenas ditada, admitamos, pelo centripetismo portuense...
O Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra, ao usar da palavra na Assembleia Municipal a propósito da inscrição da cidade (bem sei que não foi toda) como Património da Humanidade, considerou ser "normal que as zonas classificadas "pela UNESCO registem "inicialmente um aumento de turistas", sendo também comum que pouco depois se observem "decréscimos se não forem criados mecanismos que atraiam e fixem turistas". Deve ter sido por isso que o mesmo João Gabriel Silva anunciou que a partir de 2014 as visitas à Biblioteca Joanina vão... sofrer restrições, implicando marcação com antecedência.
Os candidatos socialistas às câmaras de Lisboa e do Porto promoveram uma cimeira sobre cooperação intermunicipal, sobremodo no que concerne à apresentação de projetos comuns ao próximo Quadro Comunitário de Apoio. Sem se saber, sequer, quem vai, ou não, ganhar, fica o aviso a todos os restantes 306 municípios do país quanto a esta "futura" aliança das duas cidades, as únicas, querem julgar os seus putativos responsáveis autárquicos, onde estão "as pessoas, as necessidades, a inteligência, também os problemas da reabilitação urbana, do envelhecimento solitário, da mobilidade e da poluição"! Quão imperiosa, indispensável e urgente é, em favor da equidade e do harmonioso desenvolvimento do território, a retoma do peso político e da influência institucional da ANMP...
Morreu Carlos Laranjeira, amigo antigo que acompanhei em tantas lutas, muito suas, em defesa da orizicultura do Baixo Mondego; por decisão pessoal, o anterior secretário de estado do Ensino Superior regressou à Universidade de Coimbra onde, ativo incontornável, poderá, desejavelmente, vir a ganhar papel ainda mais determinante em 2015; Ferreira da Silva é, oficialmente, candidato do movimento independente "Cidadãos por Coimbra" à Câmara Municipal; depois dos habituais Sporting, Benfica e Porto, a Académica – quanto potencial desaproveitado! – surge como quarto clube de futebol mais referenciado com "gosto" no facebook; e a proteção civil foi chamada a socorrer, lá nos "céus" do viaduto de Ceira da A13, um trabalhador que bateu, assim, com certeza, na vertigem daquele exagero, o recorde do salvado mais alto (uma centena de metros) algum dia efetuado pelos bombeiros de Coimbra.
 António Cabral de Oliveira

Apostilha: a croniqueta vai a banhos. Assim garantindo aos leitores o usufruto, justíssimo e constitucionalmente ainda não revogado, do direito a férias, também em matéria de leituras. Até setembro, se Deus quiser...

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