sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A 9 de novembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Não acredito, sobretudo agora, em dificuldades na conclusão das obras no Convento de S. Francisco, muito menos na concretização de ameaças de suspensão de trabalhos. Bem pelo contrário, julgo mesmo que os tempos, iniciática e politicamente, correm de feição para se poder proceder, por fim, à inauguração do novo (ainda se chamará assim?) Centro de Convenções e Espaço Cultural...

Dou apenas uma vista de olhos – o receio pelo horror cerceia um aprofundamento dos dados – ao designado DEMOSPIN (estudo das universidades e de politécnicos da nossa região) onde se conclui que as Beiras, com Trás-os-Montes, podem, em 2100, só aparentemente distante, ter perdido mais de 75% da sua população. Com o Pinhal Interior Sul, a Beira Interior Norte e a Serra da Estrela a serem os mais fustigados pela baixa natalidade. Enfim, sem surpresa, o deserto que todos veem...menos o(s) governo(s)!

Muito interessante a ideia de estudantes da FEUC em realizarem, já em 2014, então só a nível regional, as I Olimpíadas da Economia, para alunos das escolas secundárias do Centro. Uma forma inteligente de valorizarem a ciência que estudam, a sua Faculdade, a Universidade de Coimbra.

Depois de ter encontrado, no museu da Catedral de Santiago de Compostela, uma imagem da Rainha Santa que nos mostra o "autêntico aspeto físico da mulher de D Diniz", Virgínia Veiga – que recordo, sobretudo, das lides jornalísticas – defende, agora, o regresso do túmulo gótico de Isabel de Aragão ao seu local de origem, o entretanto recuperado Convento de Santa Clara-a-Velha. Parece-me bem.
No fim de semana de Todos-os-Santos formaram-se filas de seis quilómetros no IP3, às portas de Coimbra. Na ausência de autoestradas (com tantas sem tráfego um pouco por todo o resto do país!), o fenómeno não fica a dever-se, naturalmente, à fuga às portagens. Antes, e sempre, às caraterísticas, ao perfil da via. Que deveria ser duplicado, pelo menos desde Penacova.

Ao passar, um dia destes, pela Sofia, dei-me conta – valorizadoras do conjunto classificado pela UNESCO – das obras no Centro de Documentação 25 de Abril, que estão a renovar, também, incluindo a parte da Liga dos Combatentes, toda a fachada do Colégio da Graça. Em contraste com o que acontece, do outro lado da rua, com o Pingo Doce que, mau grado dizer-se agora com mais encanto, desaproveita (com um "muro" de caixas, garrafas, rolos de papel, sei lá que mais) a montra aberta para aquela artéria. Para alguns, porventura, serão pormenores irrelevantes. Contudo, ali, nada o é...

Dos restaurantes às casas, das livrarias aos bifes, das tostas aos gins, uma miríade de estudos jornalísticos comparativos mostram-nos o que de melhor existe...em Lisboa e no Porto. E de duas, uma: ou a imprensa escrita chamada de nacional se lembra de, pelo menos de vez em quando, incluir uma ou outra terra da "província", ou então, para não nos irritarmos a cada semana, passa a fazer aquelas análises em encartes destinados apenas, justamente, às "grandes metrópoles"!

A Associação Académica comemorou, assim tão simplesmente, com cerimónia singela e uma tertúlia no café Santa Cruz, o 126 aniversário; o curso de jornalismo da Faculdade de Letras – como o tempo passa! – iniciou as celebrações dos seus 20 anos; a Igreja de Coimbra, a viver pobremente – como bem recomenda o Papa Francisco – inaugurou, depois de S. João Batista na Quinta da Portela, também em pré-fabricado, um novo templo no planalto do Ingote, dedicado a S. Pedro; José Manuel Silva, que antes de o ser já o é, é o único médico a (re)candidatar-se a bastonário da Ordem; aguardo com curiosidade a subida a palco, hoje e amanhã, no Conservatório de Música, da ópera "La serva padrona", dirigida e interpretada, quem o diria, por artistas de Coimbra; e ainda bem que não madruguei para estar presente na (afinal outra vez fechada aos jornalistas) reunião semanal do executivo...


António Cabral de Oliveira

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