sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A 30 de novembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Neste novo desígnio de reprovar o aprovado e de aprovar o reprovado, as instâncias autárquicas lá conseguiram fazer vencer – a força do dinheiro na sua distribuição pelas Juntas – a proposta de imposto municipal sobre imóveis, o IMI. Assim se evitando, pelo menos, uma vez mais (lembram-se da divisão das Freguesias?), a intervenção do Estado...

A Assembleia Municipal sufragou, naturalmente, a transferência do património da Assembleia Distrital para o município de Coimbra. Fica a aguardar-se, entretanto, também naturalmente, que o órgão que congrega as edilidades do distrito ratifique a deliberação. Incluindo, entre diversos bens, o alvará do Instituto Superior Miguel Torga e o aeródromo Bissaya Barreto, pode ser que agora, por fim, se cumpra a promessa, para além de outras benfeitorias que qualifiquem o equipamento, de prolongar a pista de Cernache nos (de tantas vezes anunciados já devem ir aí pelos 30 mil!) cerca de 300 metros possíveis...

A Secção de Desportos Náuticos da AAC concretizou, louvável, uma ação de limpeza no rio Mondego, de onde retirou, para lá lançados após a Festa das Latas, imagine-se, 51 carrinhos de supermercado. Urgindo sublinhar o exemplo assim dado, importa, por outro lado, verberar o comportamento alarve, afinal reiterado, de outros tão incivilizados estudantes. Que espécie de gozo lhes dará, pergunto-me, tamanha boçalidade?!

O IC6, há tão pouco tempo inaugurado – sim, esse mesmo que em vez de ligar à Covilhã e a Seia termina, de forma abrupta, no meio de um pinhal, único no mundo a ser diretamente servido por uma via rápida! – já está em obras de requalificação, na zona de Arganil. Problemas geomórficos, com certeza. Nada, absolutamente nada, que tenha a ver com a qualidade da construção...

Gosto, francamente, da ideia da "D'evento em popa" de promover, a bordo de uma bateira tradicional, viagens turísticas entre a Figueira da Foz e a Ereira, bem aproveitando a alguma capacidade de navegação do Mondego. Natureza, cultura e gastronomia estão no centro de uma iniciativa muito válida que peca, apenas, por tardia. Também eu, um dia destes, na primeira oportunidade, maravilhando-me com o nosso território, subirei, rio acima..."ao sabor da maré".

Fazer da Beiras – os organizadores, muito institucionalmente, diziam região Centro – um destino enoturístico de excelência (também como forma de contrariar o decréscimo de visitantes registado), foi o grande propósito de umas jornadas que, desta feita, decorreram na Guarda. Acho bem, sobretudo quando penso na qualidade e potencialidades do Dão, da Bairrada, da Beira Interior. Mas ainda de vinhos que não integram aquelas denominações de origem, desde logo, apenas um respeitável exemplo de entre tantos possíveis, o soberbo Vinhas Velhas de Sta. Maria, do Conde de Foz de Arouce.

Tenho consideração pela valia da publicidade, mas desconfio sempre, e muito, das grandes campanhas. Como foi agora o caso do anúncio da nova valência, aos fins de semana, do Hospital(?) dos Covões para casos – o que quer que a coisa seja – de doença aguda não urgente. Se o serviço fosse assim tão relevante...não teria de ser necessária tanta propaganda!

Morreu Cardozo Duarte, o meu respeito, sacerdote que serviu, com elevação, o jornalismo católico, nomeadamente enquanto diretor do "Correio de Coimbra"; autarcas de Aveiro, Guarda e Viseu (por ordem alfabética, sempre, por via das suscetibilidades) criaram, excelente para a coesão da zona norte da região das Beiras, a "plataforma A25; agora que o lisboeta Eleven voltou a ter a sua estrela Michelin, pode ser que os Júdice se empenhem na retoma da distinção – se é que o é – para o Arcadas da Capela, ali na Quinta das Lágrimas; e em ato de inteira justiça, como relevou Manuel Oliveira, a Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais homenageou, na ausência, que parece começar a ser habitual, de representação camarária, os seis anteriores presidentes eleitos na nova era democrática.


António Cabral de Oliveira

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