RIO
ACIMA, SEM MOTOR
Uma “frente de intervenção cívica” – espécie, talvez, de liga de
amigos –, que integra respeitáveis nomes com efetivas responsabilidades na urbe,
receosa por anunciados “elefantes brancos”, pretendendo ultrapassar alegadas
"fragilidades, incongruências ou indefinições" e, também, contrariar
uma certa e peregrina ideia de que o Convento de S. Francisco "é uma
espécie de eucalipto que pode vir a secar todas as instituições de arte e
cultura nas proximidades" mostra-se, mesmo antes da aprovação da forma de
gestão do novo equipamento municipal, e com o beneplácito, incitamento mesmo,
do presidente da câmara, disponível para apoiar a elaboração e concretização de
um projeto cultural para o, afinal, tão apetecível centro de convenções.
Os números da primeira fase do concurso de acesso ao ensino
superior estarão próximos do habitual, não fazendo, de tal jeito, qualquer
sentido o catastrofismo de títulos como a "Universidade de Coimbra encanta
cada vez menos estudantes". Porém, torna-se imprescindível, é
absolutamente inadiável um maior esforço na afirmação de excelência (a
engenharia civil, uma vergonha, é exemplo acabado do que não pode acontecer)
das mais antigas Escolas portuguesas onde, de todo, as questões do dinheiro, ou
da falta dele, não podem tornar-se dominantes...
O ministro da Saúde afirmou que os médicos têm de ser
(obviamente, parece-me) colocados onde são necessários, pelo que, acrescentava,
para haver clínicos no Algarve – provavelmente deveria já existir ali era uma unidade
de referência – foram abertas menos vagas para os hospitais centrais de Lisboa,
Porto e Coimbra. Queira Deus que, amanhã, por estas e por outras, não se dê o
caso de não haver qualidade médica nem ali, nem aqui...
O presidente da edilidade, e bem, terá sugerido ao governo a
instalação de um serviço de saúde para estudantes universitários no antigo
Pediátrico, como forma de se obstar – imperiosa, seja qual for a utilização
futura – à degradação da abandonada estrutura. Mas sem nos esquecermos, Barbosa
de Melo, de devolver ao usufruto comunitário os projetados espaços verdes
entretanto ocupados pelos provisórios anexos para onde se expandiu aquele
hospital...
A APPACDM de Coimbra foi, justamente, reconhecida com o grau de
excelência pela Comissão Europeia de Reabilitação. Uma honraria –
congratulemo-nos todos – que, contudo, sublinhe-se, surge já muito depois da
enorme consideração em que a urbe tem aquela entidade, que tanto se tem
distinguido no trabalho em favor dos cidadãos com deficiência mental.
Montemor-o-Velho celebrou o Dia do Município com merecidíssimas
homenagens a Carlos Laranjeira e a Laurentino Dias, enquanto, convidado, o
ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional elogiava, não menos justo, o
arroz carolino e o pastel de Tentúgal. Pena, pena foi a inauguração, por aquele
titular, imagine-se, do Centro de Alto Rendimento, em funcionamento desde 2010,
ainda da Biblioteca Afonso Duarte, em atividade há mais de 3 anos nas suas
renovadas instalações. Enfim, um abraço Luís Leal, fraquezas...depois de
presidências fortes!
A Universidade de Coimbra, muito bom, subiu 27 posições na
tabela do prestigiado University World Ranking (QS); Santa Clara-a-Nova, a
Igreja do Carmo e o Mosteiro de Semide vão ter, indispensáveis, obras de
recuperação; o Rancho Folclórico das Tricanas de Coimbra comemorou, parabéns, o
seu 75º aniversário; começam a chegar à cidade os novos caloiros que,
esperamos, serão civilizadamente recebidos pela academia; e os "Encontros
Mágicos", este ano, com certeza, ouro sobre azul, regressam, evento
cultural sempre relevante, na próxima semana.
António Cabral de Oliveira
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