sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A 10 de novembro ACO escreveu ...


RIO ACIMA, SEM MOTOR
Excelente a entrevista de Elísio Estanque ao “Fugas”, do “Público”, onde, para além de se traçar o percurso de vida do sociólogo e professor, se reflete a sua visão sobre Coimbra, cidade que, enfatiza, “tem chão com muitas histórias” e “investe em ensinar a pensar”, que “não é província, está mais perto de Londres do que muitas outras cidades”, tem a baixa, o choupal, tranquilidade, teatro, cinema, atividades culturais, cafés e conversas, também “encanto na hora de chegada”. De leitura obrigatória, a Câmara Municipal deveria reproduzir e divulgar pela urbe, nas esplanadas e estações de comboios e autocarros, nos jardins e salas de espera, nas escolas e nas praças, aquele texto que se constitui, julgo, em importantíssimo contributo para a auto estima de Coimbra. E, lendo-o, seriam muitos mais os que já me acompanham neste orgulho de viver a e na cidade.
O Bispo de Coimbra, em nota pastoral, procura justificar o injustificável quando diz que os 11 alunos que estudavam no Seminário Maior estão a ser formados no Porto, onde passaram a residir com os seminaristas daquela diocese e da de Vila Real. Sem percebermos muito bem porque não vêm antes aqueles jovens estudar para Coimbra, onde se poderia instalar um seminário que forme vocações a nível nacional – atendidas a excelência do lugar e dos edifícios, a centralidade da urbe, o ambiente académico da cidade –, também não entendemos como é que “os elevados custos económicos” são impeditivos da manutenção da instituição quando tais dificuldades não restringem o funcionamento, ali, no agora designado Centro Pastoral Diocesano, dos (seguramente imensos, tamanho é o espaço disponibilizado) secretariados e serviços do bispado. Se era um problema de dinheiro, o melhor não seria vender, ousamos perguntar, o magnífico conjunto para, por exemplo, um hotel ou coisa que o valha? Uma profunda tristeza, já o dissemos, e agora reiteramos…
Municipalista confesso, é porém enquanto freguês que tenho sentido maior grau de satisfação pela opção política há muito assumida. Fruto da sua ainda maior proximidade, as freguesias – tão malquistas por tantos governantes, elas que serão as menos culpadas pelo descalabro financeiro em que caíram as nossas contas públicas –, têm sido, seguramente, nestes últimos anos, sem a pesporrência que, quais novos ricos, atingiu os municípios, o mais correto bastião do poder local. E eu, morador na enorme Santo António dos Olivais, quero hoje aqui deixar relevada a qualidade dos serviços prestados por aquela Junta. Designadamente na agilização alcançada na área administrativa, também no esforçado e bom trabalho que vem desenvolvendo a bem dos espaços verdes da área da autarquia. E, felizmente, os encómios dirigidos a Francisco Andrade e sua equipa – um abraço – são extensíveis à generalidade das nossas freguesias.
João Figueira lançou um “livrinho”, expressão sua, através do qual faz uma breve incursão pelos últimos 35 anos de jornalismo em Portugal, obra onde, como também diz, “há jornais e revistas mais desenvolvidos do que outros”. O que é uma pena em termos académicos. Mas sobra, ainda assim, nesta hora de crise, uma sistematização que, lamentavelmente, nos poderá servir, um dia destes, como recordatório do que foi a imprensa no Portugal democrático…

João Rebelo foi nomeado presidente do Metro Mondego e será o único executivo de uma administração que, à míngua de dimensão de obra, primava pelo tamanho da sua (não ferroviária, está bem de ver) composição. Pode ser que agora a situação se inverta e os poucos que ficam, sem se atrapalharem uns aos outros, consigam – para além das garagens, ou lá o que é, em Ceira – fazer muito, pelo menos dar algum passo mais significativo nas expectativas, seguramente utópicas, que teimamos em manter.

A Região Centro está entre as 100 mais inovadoras da Europa, de acordo com o Regional Scoreboard 2012, um ranking da União Europeia que destaca, assim, o nosso território; a Critical Software lançou uma nova empresa, a Verticalla, que no seu Centro de Investigação, em Coimbra, vai criar duas dúzias de qualificados postos de trabalho; e a Sanfil acaba de reforçar a sua posição como grupo prestador de cuidados de saúde (o quarto maior a nível nacional), com unidades a funcionar aqui mas também nos distritos de Aveiro, Guarda, Leiria e Viseu. Entretanto, e no meio de tantas boas novas, a péssima notícia do encerramento das instalações da Cofanor, em Montemor-o-Velho, que lança no desemprego, sempre lamentável, oito dezenas de trabalhadores.

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