domingo, 14 de junho de 2015

A 30 de maio ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

A "Conversas no Convento", iniciativa que decorreu em S. Francisco (cuja última empreitada, sem perdão, inflacionei ao absurdo na anterior crónica), espero tenha sido o passo primeiro de uma caminhada premente na definição da estratégia, gestão e programação do novo equipamento. Mas tem de servir, sobretudo, para todos nos convencermos, pertençamos nós a que 'quinta' pertencermos, de que a cidade vai ser capaz de alcançar o êxito cultural, económico e social em que se funda a ideia da criação, em Coimbra, do excelente Centro de Convenções e Espaço Cultural. Contra ventos e marés, contra o conforto dos interesses instalados...

A Universidade de Coimbra, ora eis uma bela ideia, manifestou ao Comité Olímpico de Portugal o seu interesse em acolher – para o que disponibiliza instalações – o Tribunal Arbitral do Desporto. Fazendo-o em parceria com a Câmara Municipal e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, esperemos que a proposta, prestígio não nos falta, ganhe, indispensavelmente, peso político.

O Diário de Coimbra, em dia celebrador de efeméride relevante, e em justa apreciação, atribuiu – permitindo também a laureados alguns deliciosos momentos de acerto de anteriores contas – os seus Prémios 85 Anos, enquanto distinguia, com justeza redobrada, a carreira de Rui Alarcão.

Não quero sequer tentar compreender – é assunto que aliás nunca percebi muito bem – o que se passa com o orquidário do Jardim Botânico, que, de acordo com o que leio, irá ser deslocado em 70% para os Açores, porventura o restante para Lisboa. Só sei, melhor diria lembro, o que se escreveu, há dois anos, em tempo de declarações de muitos anos de contrato, sobre o então ridente projeto, afinal de tão pouca dura. Depois de transferido Paulo Trincão para a margem esquerda, eis, agora, as flores a serem despachadas (ou a ordem dos verbos deverá ser a inversa?) para o Faial. E vivam as rosas, as da Rainha Santa, que essas, sem sombra de negócio, são nossas...

Mantinha a expetativa de um dia destes conseguir confirmar, em plena sessão camarária, que a vereadora social democrata Paula Alves, algumas vezes substituta, afinal...falava! Foi esta semana.

"Mini-Lisboa (tudo de bom, mas sem a intensidade de uma grande metrópole)", a "Oxford ou Cambridge de Portugal", foi assim que – enquanto asseverava que não podia ter escolhido "uma cidade mais agradável para visitar" –, que o cronista Rick Steves viu Coimbra nas páginas do jornal Toronto Sun. Colorida, espaço convidativo, o labirinto das ruas estreitas e pequenas tascas, o esplendor do mercado e os rostos das suas vendedeiras, a universidade e a biblioteca, o museu Machado de Castro e o fado são, sucessivamente, relevados pelo jornalista. Em razão do orgulho da cidade, valham-nos, por uma vez mais, aos que a habitamos, sempre tão vaziamente críticos, as considerações de quem nos visita...

A Altice deu início, tal como aqui tinha receado, ao processo de alienação de ativos que não são fundamentais para a oferta de serviços de telecomunicações, designadamente a PT Inovação, em Aveiro, e o Centro de Dados, na Covilhã. Pessimismo? Porventura. Realista, com certeza. Desafortunadamente para a Beira!

A Fundação Bissaya Barreto lembrou, bem, em colóquio, o extraordinário e multidimensional legado do seu patrono; para que nem todos o esqueçam, o Clube da Comunicação Social de Coimbra vem promovendo, justamente, as Jornadas Mendes Silva; Fernando Catroga, as minhas homenagens, deu a sua última lição na faculdade de Letras; os Bombeiros Voluntários de Brasmefes, parabéns, vão receber, por unanimidade e aclamação, a Medalha de Ouro do município; o escritor e ministro da Cultura de Cabo Verde, Mário Lúcio Sousa, venceu o Prémio Miguel Torga; Castanheira Barros, entre mais jornalistas do que apoiantes, apresentou-se como candidato à Presidência da República; estão aí, cidade fora, o Jazz ao Centro, no Parque Manuel Braga, a Feira Cultural; e Luís de Matos, ele que cursou na escola superior agrária, a orientar, hoje, inserida no ciclo "7 séculos, 7 personalidades e 7 histórias", a visita à universidade, é, com certeza…magia.


António Cabral de Oliveira

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