domingo, 14 de junho de 2015

A 13 de junho ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Para além do projeto inicial, o que não nos envergonhará, a todos, pergunto-me, no processo do Metro Mondego?

O Portugal dos Pequenitos celebrou o seu 75º aniversário, designadamente com a inauguração da 'Casa de Chá', outro excelente bule em ferro forjado de Joana Vasconcelos, ainda de uma deliciosa casinha de xisto, em oportunidade que serviu para a Fundação Bissaya Barreto dar a conhecer planos futuros de modernização, também através, muito bem, da construção de novas réplicas de habitações e edifícios nacionais. Contudo, seguro da não incompatibilidade dos projetos, certo da sua viabilização (seguindo-se a metodologia agora alcançada em parceria com a ADXTUR) por parte dos diversos países, continuo, quero continuar a acreditar, como complemento lógico, na Europa dos Pequenitos. Talvez ali não haja espaço, Lúcia Monteiro. Seja, então, noutro, mas próximo, local. Que não faltam, por ali...

Estive em Santa Clara a Nova para ver, pequena mas interessante, promovida pela sua Confraria, a exposição dos Tesouros Espirituais da Rainha Santa, e fui obrigado (sim, o parolíssimo desconchavo ainda lá está!) a olhar de novo – não haverá quem, em nome da cultura e da estética, obrigue a retirar aquela indignidade? – a aberrante mesa de cimento (e seus complementos) colocada no respeitável terreiro do convento.

 Para o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, a conversão do Convento de S. Francisco em Centro de Congressos e Espaço Cultural foi "um investimento correto, capaz de gerar retorno", mas " sem sucesso garantido". Fazendo-me lembrar, vá lá saber-se porquê, o senhor de La Palisse, quase diria que aqui, na 'província', o tal êxito não é, de facto, assegurado. Fosse ele em Lisboa – refiro, entre tantos, apenas dois exemplos, o Centro Cultural de Belém e o Teatro Nacional de S. Carlos – e o governo encarregar-se-ia de encontrar fórmula que permitisse a bonança gestionária...

Aprecio, e muito considero, iniciativas, como aconteceu recentemente em Cantanhede, que procuram sensibilizar para a necessidade, inadiável, de uma gestão florestal sustentável e responsável no nosso país. Se mais não fora, para se combater, números assustadores, essa tenebrosa realidade que é a expansão (nos últimos quinze meses, apenas um exemplo, dos 11.019 hectares arborizados ou rearborizados com capitais privados, 10.046 receberam aquela, economicamente, tão apetecida espécie) da monocultura do eucalipto. Biodiversidade das nossas florestas? Os incêndios que aí estão? O que interessa isso neste tempo, enquadrado por legislação liberalizadora, da preferência pelo material, de privilégio ao imediato? Tudo enquanto a nossa Beira foi passando do castanheiro e carvalho ao pinhal, do eucalipto...ao deserto!

Se o estava já, e muito, fiquei ainda mais expectante quanto aos trabalhos, imprescindíveis, a realizar em Conímbriga tendo em vista, por fim, a escavação do anfiteatro romano, também a ampliação do perímetro arqueológico e a valorização do museu. Um abraço, Nuno Moita.

Fui, num destes fins de tarde, beber um copo ao espaço de Baixa com melhor vista para as colinas da cidade, àquela hora com o casario ainda mais belo graças à luz dourada, coada, com que o pôr de sol abraça Coimbra. É realmente agradabilíssimo – e quanto não o seria ainda com um pouco mais de mobiliário – o terraço do agora renovado Hotel Oslo. Gostarias com certeza, Filipe Ermida.


Provavelmente sem ser o êxito superante reclamado pela organização, tão pouco o insucesso comercial que muitos expositores afirmavam, acabou – viva a festa de 2016 – a (não poderíamos dividi-la em dois?) Feira Cultural; Luís País Antunes, conimbricense, é o primeiro presidente do novo Tribunal Arbitral do Desporto; com os cortes, um dia destes, uma pena, o Teatrão passa a Teatrinho; pouco depois da Gráfica de Coimbra, morreu, o meu pesar, o padre Valentim; Martins Nunes e António Travassos já são 'comendadores', Cristina Robalo Cordeiro sê-lo-á em breve; mais do que qualquer record do Guinness, interessa é a festa do Colégio de Cernache ao reunir 500 cavaquinhos; durante a próxima semana, não o esqueçamos, regressa ao TAGV a Mostra de Teatro Universitário; e hoje vá, por mim, mercar pelo menos uma sardinha assada ou uma fêvera à Feira Medieval.

António Cabral de Oliveira

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