domingo, 14 de junho de 2015

A 25 de abril ACO escreveu

RIO ACIMA, SEM MOTOR

"Tem de haver" uma solução para "um parque judiciário digno da cidade", disse, e quero também crer que sim, o presidente do Conselho Superior da Magistratura. Mas no que já não consigo acreditar tanto é na certeza de António Henriques Gaspar de que Coimbra "merece mais do que aquilo que tem". Não pela afirmação em si. Obviamente. Antes porque o histórico da nossa democracia me diz que, antes de nós, havemos de ter mais e melhores de tais instalações físicas em Lisboa, em Lisboa e em Lisboa, depois no Porto e no Porto, ainda – afinal onde estão os votos? – em Braga e Aveiro...

Congratulei-me, absolutamente, com o "encontro oficial dos Presidentes das Câmaras Municipais de Coimbra e Viseu", que, segundo a letra do comunicado final, "lança uma nova ponte na história da cooperação das duas (seja lá isso o que for) cidades-região". Fazendo-me lembrar Fernando Ruas, é bom, de facto, ver outra vez o presidente da urbe de Viriato a querer – duplicando o IP3 – uma ligação em autoestrada direta a Coimbra. E não a norte ou a sul, como vinha defendendo, nunca para aqui. Tudo, com certeza, fundado nos superiores interesses da Beira, não em eventual receio, de Almeida Henriques, de ficar a ver futura ligação passar ao largo da sua terra. Algo que nós, por cá, em favor da coerência territorial da região e das nossas afinidades com Viseu, de todo não desejamos...e os viseenses, julgo, nunca lhe perdoariam.

Ao princípio era o Metro. Agora, a olhar para a última assembleia geral, o nada. E continuamos a endeusar quem, no "desenvolvimento regional", garante ser aquele um projeto insustentável. Cidade diferente, esta.

Trinta e cinco anos depois – é obra! – parece que os trabalhos de emparcelamento e regadio do Baixo Mondego (apenas, ainda, dê-se tempo ao tempo, do vale central) estarão quase concluídos. Entretanto, precavido, seguro de bem compreenderem o porquê, peço desculpa pelo recurso, ainda, ao condicional.

A Manutenção Militar, que aqui funcionava desde 1899, vai encerrar a sua delegação em Coimbra – também em todas as restantes cidades onde estava instalada – para ficar aberta apenas, outro fenómeno, no Entroncamento, e, adivinhou...em Lisboa!

O profundíssimo apreço em que tenho o voluntariado ainda genuíno – e a única diferença em relação aos profissionais passa apenas por algumas naturais limitações horárias, nunca por menor exigência e capacidade de desempenho – leva-me a saudar, muito vivamente, os 35 novos elementos que se juntam à família coimbrã da Cruz Vermelha Portuguesa. Hoje, com remoçado dinamismo e uma maior capacidade operacional, a delegação da humanitária entidade bem merece, mobilizemo-nos, o apoio que agora pede à cidade.

O jornal britânico The Guardian escolheu 10 dos melhores locais na Europa onde passar férias com os filhos, sendo um deles, exatamente, o distrito de Coimbra. Depois de o ter feito em relação a praias e ruas, o influente diário, falando concretamente em Tábua, mas publicando uma fotografia da colina do saber, distingue, agora, a nossa zona – inclui, também, o Alentejo –, aconselhando, sempre com o mar e a serra da Estrela tão perto, fazer paddling (chapinhar, remar) no rio Mondego, visitar aldeias em redor, explorar a histórica cidade que acolheu a primeira universidade de Portugal. Um abraço, Pedro Machado.

O executivo municipal aprovou – lê-se em nota de imprensa –, acordos com as freguesias que vão permitir, já não era sem tempo, a (afinal) normal concretização das competências e os montantes para a sua atividade; a anunciada expansão da Idealmed também se fará para a China com a construção, numa primeira fase, de 25 unidades de saúde de elite; gosto do novo merchandising, "Património Mundial", da UC; para não estragar a imagem do primeiro, não fui, sequer, ao segundo programa do Mês da Dança, no Gil Vicente; Paulo Trincão, satisfazendo, parece, todos os mandantes – mas não Victor Gil e sua equipa –, deixa o Botânico e assume a presidência do Exploratório; e hoje, ainda todos os dias, saibamos bem apreciar a Liberdade.


António Cabral de Oliveira

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