quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Luis dos... Reys!



































































O Plitólogo mais prolixo de Maré Cheia está hoje de parabéns. De facto, aquele que, com inteira propriedade, se deveria ter chamado Luís dos Reis - e que, ainda hoje, não se percebe porque o não foi... - é alguém que não precisa de ser apresentado aos leitores deste blog. Não é, por isso, fácil escrever um post original (sobretudo depois do magnífico elaborado pelo padrinho ZN e a quem concedemos a honra de inaugurar esta série de homenagens a LCO!) dedicado a alguém que, muito precocemente, se designou a si próprio como uma estátua erótica (teria por volta de 6 anos ou menos ainda?). É o que acontece a quem começa demasiado cedo a ler livros de arte greco-romana. Apresentemos algumas imagens e em especial alguns documentos historiográficos em homenagem ao primeiro representante de uma extraordinária geração de PL's (embora, para tios e pais cotas, bastante incompreensível. Por exemplo, como é possível apreciar-se um suposto intelectual que chama à figura cultural mais referida neste blog - aqui está mais uma menção! - um simples filósofo de província? Por acaso, o visado - que, como é evidente, não é o autor deste post, ó ZN! - até gostou do epíteto, mas, mesmo assim...).
Vamos, então, ao essencial. E comecemos por elementos para uma futura fotobiografia. Depois de uma chapa recente, no mítico Hotel do Facho, regressemos atrás na História e voltemos aos primeiros anos de LCO. O que têm em comum essas três fotos? Todas elas foram tiradas no célebre 6º esquerdo do 31 da Humberto Delgado: duas na varanda. Será a da esquerda aquela de que falava ZN no seu texto? Na da direita, consta também a mana Ni e um adolescente acnídeo que, como de costume, está ali a fazer de emplastro. Esse ex-adolescente (ex, excepto em questões epidérmicas...) também tentou enveredar desde cedo por essa área científica - a plitologia - em que LCO mais tarde se veio a especializar. Podemos ver, de resto, a imagem que ilustra esses infrutíferos esforços, constituindo parte de um dossier dedicado aos dez e onde aparecem os 3 mais velhos, com principal destaque para TPL, a Mãe do aniversariante e a quem endereço também os parabéns, extensivos como é óbvio ao Pai, o Grande ACO (atrás, mas como sempre presente, na foto inicial). Data do documento da autoria de JT: 1976. Não, está visto que não era por estas bandas que a plitologia iria ter, no futuro, pela mão do hoje aniversariante, o brilhantismo que veio a alcançar: cf. excelentes estudos genealógicos (por exemplo, em Raízes & Memórias, nº 25, ) e as já renomadas planetariamente biografias light. Contudo, também LCO não nasceu plitólogo, tendo usado como cobaia o presente escriba com alguns ensaios ainda algo imperfeitos (vão aí 2 exemplos dos muitos que foram feitos!). Porém, em 2003, é já mais visível o seu talento retratista. De qualquer modo estes três documentos comprovam a notável evolução plitológica do homenageado que tem uma rara característica entre os membros da sua geração PL: é também um excelso cultor da epistolografia. Por isso, aqui vai a reprodução de duas cartas: uma do próprio que acompanhava precioso material bibliográfico solicitado pelo Tio (e nisso o Luisinho também revela um dos seus maiores atributos: a infinita generosidade!) e a outra um documento cinquentenário de um afamado publicista, também conhecido por Sílvio Luso e que foi sem dúvida um dos mais famosos Reis de Torres Novas, endereçada à sua Filha e nossa QUERIDA (chega, ZN? Ou preciso de ir ler todos os livros da Alice Vieira como expiação pelo mau gosto da minha lamentável 'piada' vampiresca?) Talinha. Não conhecias esta preciosidade, pois não, LCO?
Finalmente, devo dizer, adoptando agora um registo mais pessoal, que o Luís é, para além de tudo o resto, o Godfather de ZG, a quem desesperadamente procura há longos anos fomentar o gosto pela BD, através do envio de excelentes livros - cujo Pai do destinatário muito aproveita... - e também de obras de sua autoria (cf. imagem de uma figura terceirense, desenhada aquando de uma das suas muito apreciadas férias açorianas). Mas a verdade é que, tal como LCO e o desporto nunca se deram bem (desde a raquete muito pouco usada e que lhe foi oferecida pelos tios tenistas até às famosas fugas para a casa de banho do Safari...), também o seu afilhado prefere as emoções do rugby à literatura, como se comprova nas fotografias de uma célebre meia-final do Campeonato da Europa em que, qual Nuno Álvares Pereira dos relvados, converteu um decisivo pontapé contra os nuestros hermanos... E, de facto, quem um dia poderia imaginar que LCO se viria a interessar pelo desporto da oval? Ninguém? Isso não é verdade, pois recordo-me muito bem do episódio que a seguir vou relatar. Estando eu e TPL na esplanada do Café Piolho, à Solum, na companhia de LCO, criança ainda de colo e que estava no seu carrinho de bébe, eis que surge um antigo internacional de rugby da Académica, o qual depois de cumprimentar com um aperto de mão (ou melhor, de dedo) o nosso homenageado comentou, algo combalido: «Com esta força toda, vai ser com certeza jogador de rugby!». Enganou-se redondamente, claro. Mas não tanto (nem uma geração...) como afinal se poderia pensar.
Um grande Abraço de Parabéns ao Grande Luís que nasceu no Dia dos Reis!!!

1 comentário:

  1. Grande post do JT! Há uma fotografia do Luís na varanda(autoria de RPL)que tem um pequeno boneco feito pela Blé. Esse boneco não é mais nem menos do que FPL - reparem no "A" envolto por um círculo, símbolo dos Anarquistas, tricotado na camisola vermelha - fantástica recordação!

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