Roubámos a ideia dos títulos das consagradas obras de MNL (ainda disponíveis na net, pelo módico preço de 3,75 euros) para a emprestarmos à mais recente "produção" familiar - a qual é tão recente, tão recente... que ainda não foi publicamente apresentada!
Amanhã, pelas 14.30 (como o evento terá lugar no DArq, é preciso dar uma horita de folga...), MAGGIE apresentará a sua tese - para, assim, alcançar o almejado grau e, munida do diploma, partir para a Europa (ou para o Brasil? Já ninguém sabe!).
Sabemos de antemão que se trata de um trabalho profundo, em que passado e futuro se mesclam. E tinha de assim ser, ou não estivesse em causa a mítica baía de Angra. Todos os terceirenses que, alcandorados do jardim dos Corte-Real (depois dos Monjardino, agora da CMA...), das torres da Misericórdia, dos panos da muralha da fortaleza de S. Filipe, ou, mesmo, da sua amada Memória, fitam as águas daquela apertada baía conseguem ainda ver, entre os iates dos seus conterrâneos mais afortunados (a propósito, o maior é o do progenitor da autora - mas não houve interesses baixos envolvidos na escolha do tema do projecto, esclareça-se!) os galeões de uma Goa que se vai desvanecendo nas brumas. E todos imaginam - mesmo que se saiba que a nua verdade não é bem essa - o solo dessa baía pejado de marfins indianos, de caixinhas do Guzerate, de porcelanas da China, de xarões de Macau...e de ouro, muitas barras de ouro!
Por isso, "mexer" na baía da Heróica Angra é assunto delicado. Cada pedra que se move fere susceptibilidades, cada muro derrubado cria inimizades, cada parede levantada gera polémica! Angra vê-se na baía como gosta de imaginar ter sido no passado. E esse sentimento não se vence, e tem de se ter sempre em conta.
Por isso, Henrique Braz, Francisco Ernesto, Vieira da Silva, Luís Ataíde, Antonieta Reis Leite, entre outros, foram consultados para se obter um enquadramento histórico adequado. Em paralelo, o Museu de AH, por intermédido de FPL, forneceu preciosos elementos de trabalho.
E, feito este apanhado da evolução do espaço, MAGGIE apresentou a sua proposta. Audaciosa, inovadora, rompendo os estreitos limites da baía (embora a estreiteza dos limites mais difícil de bater seja talvez a dos terceirenses), a aprendiz de arquitecta quer dar um outro enquadramento à sua cidade.
Não avançamos pormenores - afinal, trata-se ainda de um trabalho inédito!
Esperamos que MAGGIE depois nos descreva o projecto e seus detalhes - e que coloque aqui algumas das belíssimas imagens que captou, ou uma foto da sua maqueta!
Por enquanto, fica aqui uma palavra de incentivo: FORÇA MAGGIE!
Esperemos que o projecto vá em frente, e que a baía de Angra continue a pulsar, sendo um dos centros nevrálgicos da urbe! E que esteja tão viva em 2010, com a proposta de MAGGIE, como no século XVIII, quando o muitas vezes tio da autora, José Joaquim PL, capitão-governador de Damão, nela fez escala ao regressar do longínquo Estado da Índia! :)
Bora lá, Maggie!
ResponderEliminarJá estou a ver a Mamã babada (como babado está o afilhado da dita) a dizer: "Eu quero te ver ... com uma Filha Mestra"!!!
Infelizmente tenho aulas de manhã e de tarde, pelo que tenho justificação para a falta, mas às 14h30m não rezarei um "responso a Sto. António" (é assim que se diz?!) como a versejadora do arroz doce porque não sei como se faz. No entanto, mais profanamente, farei "figas" para que tudo corra bem e ... depressa!
Agradece-se aos repórteres de Maré Cheia destacados para o evento, a partir da delegação coimbrã, um pronto e fotograficamente documentado (se possível...) 'post'!!!
Bora lá!!!
Obgd primo pelo post! :)
ResponderEliminarObgd tio pla força.
Depois da defesa, irei partilhar aqui no blog algumas imagens da dita dissertação.
Força Maggie! Tenho a certeza absoluta de que vai correr muito bem! O post do LCO está óptimo (apetece-me mergulhar no azul da foto à boa maneira do Yves Klein). Daqui a umas horas vou dizer: Olá Mestre Maggie!
ResponderEliminar