sábado, 14 de novembro de 2015

A 7 de novembro ACO escreveu …

RIO ACIMA, SEM MOTOR

"O que os meus olhos não veem...meus amigos me contam", diz antiga e popular expressão, para logo acrescentar, ainda, que "a minha mente imagina de um jeito três vezes pior". Não sei bem (a reunião foi convenientemente extraordinária, logo fechada aos jornalistas) se terá sido assim mesmo, mas a acreditar no que se ouve e lê, não correu bem, nada bem mesmo, a aprovação, por parte do executivo camarário, das Grandes Opções do Plano e do Orçamento para 2016. E, volto a insistir, é uma pena. Imensa. Em razão dos valores da democracia, sobretudo da Liberdade.

Está aí, para usufruto de todos nós – que não apenas dos que habitamos a urbe – a Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra. Com um vasto conjunto de ações, chamemos-lhe assim, mais ou menos ao gosto de cada um, sempre discutíveis, contudo inquestionavelmente importantes. Apreciarei melhor, naturalmente, esta ou aquela, posso até sublimar uma e execrar outra. Mas o que releva é ter-se organizado, com padrões de exigência e qualidade, em iniciativa muito válida, a Anozero. Juntando e cotejando o antigo e o moderno, sempre em favor dos nossos, tantos, patrimónios. Aqueles (lembram-se?), os de uma "Cidade de Futuro com História".

A Câmara quer devolver aos seus munícipes uma parte – num total próximo de 1,2 milhões de euros – que resultam da redução para 4,5 dos 5% do todo que lhe cabe da cobrança do IRS. E parece que o poderá fazer sem prejuízo da governação da cidade. Continuo, porém, convencido que tais atenuações, estes sempre tão agradáveis aconchegos às nossas bolsas, deveriam, antes, ter origem na administração central e não no poder local, já tão causticado, em si mesmo, também financeiramente, pelos governos. Mas deve ser um custo da proximidade. Proximidade política, está claro!

O município, a par de alterações junto do Jardim da Manga, entretanto quase concluídas (será, Manuel Machado, que não caberia ali, na calçada larga, sequer uma árvore, arbusto que fosse?), deu início às obras para o aumento da área pedonal na zona da Praça da República, que incluem, designadamente, o alargamento dos passeios vizinhos aos cafés Moçambique e Académico, também do (hoje Chiado) antigo Mandarim. Acho bem. Mas acharia muito melhor se o sequente corte no estacionamento o fosse de forma total...depois de construído (que será feito do projeto?) o parque subterrâneo.

De acordo com a entidade regional, o turismo de Aveiro terá sido o que mais cresceu nos primeiros oito meses do ano. Vantagens, acrescento eu, do ganho em acessibilidades, designadamente da A25, porventura ainda, Pedro Machado, olhando por exemplo para as queixas e críticas da Figueira da Foz, do conforto resultante de estar ali a sede da Turismo Centro de Portugal...

Também para a revista italiana "Spirito diVino" – conclusão a que já tantos de nós tínhamos chegado há muito – vinhos da Bairrada e do Dão (colheitas de Principal Rosé e Grande Reserva, das Colinas de S. Lourenço, ali, Quinta da Falorca e Dom Bella Pinot Noir, aqui) estão, vantagem nossa, entre os melhores do mundo. Parabéns Carlos Dias e Pedro Figueiredo.


Correspondendo a mais uma ação do permanente esforço da Associação representativa dos seus operadores em vista da vivificação daquele equipamento, fui ao Mercado Municipal petiscar uma febra e almoçar um excelente sarrabulho elaborado com alguns dos belíssimos produtos que, incompreensivelmente, apenas poucos vamos comprar ao D. Pedro V; os atuais e antigos repúblicos da Praça terão ultrapassado, por eles próprios, muito bem, as dificuldades ditadas pela ação de despejo da antiga casa; a propósito da próxima deslocalização de Sintra para a República Checa, lembrei-me – e se calhar agora seremos muitos mais – que desde que a retiraram de Coimbra nunca mais comprei, ou comi, bolacha alguma da Triunfo; porque será que, pergunto-me, compradas pelo governo ou em crowdfunding (financiamento colaborativo) todas as obras de pintura entretanto adquiridas são, obviamente em Lisboa, para o Museu Nacional de Arte Antiga?; e gosto, aqui constituída, da ideia de criação de uma IPSS que vai ajudar, em todo o país (passarei a arredondar as contas), a pagar medicamentos aos mais carenciados.

António Cabral de Oliveira

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