sábado, 6 de julho de 2013

A 22 de junho ACO escreveu ...


RIO ACIMA, SEM MOTOR
Primeiro, foi atual Reitor a escrever que "independentemente da decisão final da UNESCO, esta candidatura já valeu a pena"; depois, o anterior Magnífico a reiterar que "se a candidatura não for aprovada "será uma grande desilusão", apesar a certeza de que "todo o processo valeu a pena, independentemente do seu desfecho"; agora, o vereador Paulo Leitão a sustentar que "existe a possibilidade do reconhecimento acontecer só no próximo ano". Quando alguns receiam o esquecimento de posições fundadoras na memória coletiva, estão aqueles a augurar o quê? Ou, apenas, precavidos, a tentar justificar, antecipadamente, insuficiências de empenho e trabalho no processo de candidatura a Património da Humanidade da Universidade, Alta e Sofia? Valha-nos, continuamos convencidos, o "valor do bem".
Empreendedorismo enquanto unidade curricular aberta a todas as faculdades da Universidade de Coimbra, empreendedorismo na Escola de Hotelaria, empreendedorismo na Escola Superior Agrária, empreendedorismo em Saúde, tertúlia de empreendedorismo na Praxis, enfim, uma bolha, imensa, de empreendedorismo a erguer-se, qual panaceia, por toda a parte. Um cansaço tornado moda que, esperamos, traga, pelo menos, algum resultado positivo em região com tão poucos empresários mas, pelos vistos, com muito, muito empreendedorismo.
Parece que Montemor-o-Velho gostaria de ter tido, para além da Eurosport (que belas imagens as transmitidas, gratuitas mas não universais, pela rede europeia), uma televisão nacional, de sinal aberto, a fazer, o que me parece óbvio, a cobertura em direto do Campeonato de Europa em Canoagem, que ali reuniu 700 atletas de uma trintena países. Mas, ironizemos, será que estas gentes – devem pensar os altos responsáveis centrais – não se enxergam e julgam que a vila do Baixo Mondego é Lisboa ou um qualquer subúrbio da capital?! Francamente...
À designação de II Mostra de Teatro Universitário, promovida pelo Gil Vicente, só faltará, mesmo, acrescentar o Local, já que, exceção feita ao Noite Bohemia, oriundo da Corunha, todos os quatro restantes grupos são de Coimbra. Mas não se leia qualquer propósito crítico nesta nota. Apenas quero significar que, lembrando realizações anteriores, urgem novos e maiores esforços – entretanto já prometidos – para tornar mais forte uma iniciativa que, vivamente, se saúda.
A Estradas de Portugal, dando o dito por não dito, considera que a construção de um nó rodoviário de ligação da variante Sul do IC2 ao planalto de Santa Clara, designadamente para melhorar o acesso ao IKEA que ali se quer instalar – e aliás previsto no projeto ­ seria agora prescindível devido à atual redução do trânsito automóvel. Sabendo nós os enormes fluxos de tráfego provocados por aquelas lojas, também o crescimento que se estima para o espaço urbano, só nos apetece rogar: Deus ajude, no Céu, tais luminárias da EP, porque na Terra, pelo menos nesta terra, cansados de tantas iniquidades, receio já não lhes podermos valer...
A edilidade (que pena as ausências da vereadora da cultura e de António Vilhena) aprovou, justíssima, a atribuição da medalha de mérito cultural à Orquestra Clássica do Centro; marchas populares e Noite Branca – parabéns a quem persiste – levaram uma multidão à Baixa; muito simpática (deliciosas aquelas minis sandes de leitão) a I Mostra de Gastronomia "Sabores do Mercado", com que se procura dinamizar o D. Pedro V; Coimbra promoveu – pode ser que agora, quando os dinheiros não abundam, se encontre outra utilidade nas geminações que não apenas as inerentes às agências de viagens – um encontro com as mais das suas muitas cidades irmãs; e a Câmara Municipal, hoje estes, amanhã aqueles, promove, em vésperas de autárquicas, folguemos pois, grande festança na cidade.

António Cabral de Oliveira

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