domingo, 15 de março de 2015

A 7 de fevereiro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Facilitando imenso a tomada ou largada passageiros, e muito para além do expectável, é surpreendente o benefício, o resultado das alterações ao trânsito – com deslocalização da praça de táxis e reformulação do estacionamento de curta duração – que Manuel Machado introduziu na velha gare ferroviária de Coimbra B. Agora, depois desta qualificação do espaço, só fica a faltar o mais fácil: construir, finalmente, após tantos prazos e projetos, uma estação de comboios que não nos envergonhe, sobretudo contribua para o desenvolvimento da cidade e seu território.

Para o atual e próximo Reitor, a Universidade de Coimbra é ainda, considera, "nacional mas a tender para regional". E, posso deduzir da sua última grande entrevista, chega mesmo a recear – ao que nós chegámos! – que (na inversa da excelência que distingue e torna apetente), os antigos Estudos Gerais, pela demografia, venham a transformar-se numa universidade já não da região mas...distrital. Será por isso, julgo, à semelhança do Norte, e com os olhos postos lá fora, que se vai avançar, agora aqui no Centro, com um consórcio de escolas que agrega Coimbra, Aveiro e a Beira Interior. Pode ser que, assim, se alcance escala e, até, reforce a nossa identidade beirã. Quanto ao que exigentemente nos importa, e estou a pensar, por exemplo, em Oxford ou Cambridge, talvez não...

Excelente notícia para a região, de facto, como classificava Ana Abrunhosa, a seleção do Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento como um dos projetos de investigação a ser financiado pela Comissão Europeia. Novo espaço de ciência e cidadania, o IME, que em Coimbra congrega a CCDRC, a Faculdade de Medicina e o Pedro Nunes, para além de universidades do Reino Unido, Holanda e Estados Unidos da América, ficará instalado no antigo Hospital Pediátrico. Perfeito.

Definitivamente preocupante o que aconteceu – só culpa da chuva?! – com a subida das águas na bacia do Ceira, demonstrativa de incapacidades instaladas quer na exploração de barragens – a ganância do lucro –, quer do sistema de proteção civil (não o municipal), ambas situações a rever. Com muita urgência e sem o costumeiro luso-facilitismo, a nossa habitual propensão para rapidamente esquecer.

O município, bem, continua empenhado no apoio ao regresso dos Encontros de Fotografia, certame maior, é inquestionável, no panorama cultural de Coimbra. Contudo, natural e indispensavelmente, com um orçamento realista e exequível. O que, parece, não está a ser fácil em termos de negociações. Mas, surpresa para quem? Só se for para os que não conhecem os gostos de Albano Silva Pereira...

É inacreditável a quantidade de erros, pequenos erros é certo, que se detetam em documentos de trabalho presentes nas reuniões do executivo camarário. Contudo, para os edis, sem exceção, todos os funcionários municipais continuam, pelo menos, muitíssimo cuidadosos, excelentes nos seus desempenhos. Um dia destes, conclui-se, as falhas, as desatenções, devem ser, afinal, culpa minha...

Estudo académico conclui que a grande maioria (80%) dos residentes no Centro do país está satisfeita com a região, enquanto (86%) considera, por igual, que ela "tem perdido influência no contexto nacional". Com os políticos e dirigentes que temos no governo central, ainda aqui, tantos, por estas bandas, estávamos à espera de quê?

A revista Proteste coloca Coimbra – marcante, de entre 18 das maiores cidades –, no topo da satisfação dos utentes com o sistema de transportes públicos que os serve, com destaque, mesmo sem Metro, para a segurança, rede, e relação qualidade/preço; a comemorar os 105 anos, parabéns, o Sport Conimbricense, lutando para sobreviver, só pedia cara lavada para o velho pavilhão da Palmeira, mas poderá ver cumprida antiga promessa de Machado, ali para os lados do Ingote; quando o cancro já é a primeira causa de morte em Portugal, o governo investe também no IPO de Coimbra; Veiga Simão e Luís Caetano são, finalmente, os novos vice-presidentes da CCDRC; e, quase "radical de esquerda", Norberto Pires deixou o PSD.


António Cabral de Oliveira

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