quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A 20 de dezembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR
Leio, incrédulo. Diz a presidente da CCDRC que, até julho (na prática, ontem), a Comissão Europeia não estava oficialmente informada sobre o Metro Mondego, projeto que conhecia apenas pelos jornais. Dezoito anos depois da sua fundação, cinco anos após o levantamento dos carris e início das obras de reconversão daquele sistema de transporte, Bruxelas, inconcebível, espantoso mesmo, não sabia de nada. Como é possível? E não há responsáveis – de entre políticos, governantes, dirigentes regionais, autarcas, administradores, sei lá quem mais –, ninguém responde pelo descalabro?!

Relevantíssimo para a Beira – em boa verdade, é quase fonte de financiamento única – Bruxelas aprovou o Programa Operacional Regional, com uma dotação de 2.155 milhões de euros. O Centro 2020 procura, nas suas grandes linhas, fazer aumentar o nosso PIB, diminuir as assimetrias territoriais, radicar população jovem com formação superior, baixar a taxa de desemprego. Oportunidade extraordinária, este é, Deus nos ajude, um desafio exigente, uma responsabilidade imensa. Estejamos nós à altura.

A Universidade de Coimbra, em sinal de reconhecimento da sua importância, parece estar na moda enquanto bombo de festa da opinião editada no Público. Agora foi João Miguel Tavares, com escrito demolidor para os "professores doutores de Coimbra". E embora dirigida só a poucos – da faculdade de Direito – a crítica, afinal, atinge todos. E a própria instituição. É no que dão as opções de alguns, através, no caso, de pareceres jurídicos, hoje num sentido, amanhã, se preciso, noutro. Salvo melhor opinião...está bem de ver.

Não acho nada mal pensada a ideia da compra do espaço e instalação do Arquivo Municipal no edifício da Manutenção Militar, praticamente extinta, ali aos pés de Montarroio, junto ao mercado. Sobretudo quando penso, abrenúncio, naquele peregrino projeto, do anterior executivo, de querer erguer, recordam-se? absolutamente impensável, o equipamento em Eiras, em plena zona industrial...

Os sete núcleos estudantis da AAC no polo II da Universidade de Coimbra, confrontados com problemas de segurança e de incomodidade, unem entre si forças para "extinguir as corridas ilegais" que, com carros modificados e motos, continuam a realizar-se, aos fins de semana, nas estradas do Pinhal de Marrocos. E a polícia? Onde estão todas as polícias deste país? Ou teremos de mobilizar a antiga Guarda Real dos Archeiros?

Percorro, deliciado e apreensivo, a peça vencedora do Prémio de Jornalismo Adriano Lucas – parabéns Mariana Oliveira – e quedo-me entristecido. Pela situação de descapitalização de quadros, pelo receio, à míngua de funcionários, de progressivo definhamento. E, ao contrário do que escrevia Jorge Luís Borges, citado pela autora, pergunto: perdurará a Biblioteca?

Apesar, uma pena, da evidente parcimónia na plantação de árvores – apenas quatro contra sete candeeiros, em demonstração de ser bem maior o medo da sombra do que o da escuridão – ficou muito melhor, em termos de qualidade urbana, depois de obras de reconversão, também com os seus canteiros de flores, o troço nascente da Rua do Teodoro.

A Figueira da Foz apresentou o projeto de remodelação da praia, o quase deserto que a afasta do mar. E, olhando o desenho, continuo sem perceber o porquê de não se construir uma ampla artéria e passeio público (no sentido sul), que obvie ao inconveniente da distância enorme.

Merecidíssima, e de algum modo reparadora de iniquidade difícil de conceber, a homenagem a Agostinho Almeida Santos, nos Hospitais da Universidade; o CHUC inaugurou o seu novo Laboratório Central, também vocacionado para a investigação e para o ensino, que congrega – com aumento de capacidade e, não podia deixar de ser, diminuição de custos – seis unidades até agora dispersas; boa notícia a anunciada requalificação da EN 342 Arganil-Avô, verdadeira estrada de proximidade; e na época festiva que vivemos – gosto, a propósito, da árvore com garrafas de plástico, ali junto do mercado, sobretudo dos presépios que se levantam um pouco por toda a cidade – um Bom Natal para todos.

António Cabral de Oliveira

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