quinta-feira, 25 de abril de 2013

A 20 de abril ACO escreveu ...


RIO ACIMA, SEM MOTOR    

Coimbra tem o pior, o mais degradado parque habitacional da Região Centro, diz o INE. O que se percebe, atendida a sua maior dimensão. Mas o instituto das estatísticas releva, ainda – mau grado o algum esforço municipal que vemos em parte da Alta da cidade, nomeadamente na antiga Rua das Fangas – uma fraca taxa de reabilitação. E essa incapacidade, essa falta de investimento é que, de todo, já não se compreende...

Entre 31 de maio e 7 de junho Coimbra vai ser – logo a designação irrita – "Capital" Jovem da Segurança Rodoviária. Sete dias?! Mas a preocupação não deveria ser permanente e alargada a todo o país? Sobra-nos, enfim, a pintura do trólei, que ficou apelativa, e a esperança de um dia o município, sobretudo o (também agora) seu parceiro ACP, alcançarem concretizar, no Bolão, a Aldeia do Mundo Automóvel, promessa antiga de Carlos Barbosa que, prolongando a visita ao Portugal dos Pequenitos, permitiria, a nível nacional, a criação de um outro campo de fantasia para os mais novos, onde, a brincar, por entre figuras de bombeiros e polícias, aprendam, afinal, a bem conduzir, a bem cuidar da prevenção. E então teremos, efetivamente, em Coimbra, segurança rodoviária.

Em reunião com autarcas da CIM do Baixo Mondego, a REFER terá admitido a reabertura do ramal ferroviário Figueira-Pampilhosa. Admitido?! Que fique bem claro, em nome do desenvolvimento sustentado da região e do país, que a linha não pode, tem de ser reativada.

Coimbra apela ao Presidente da República para não promulgar a proposta de Decreto que congrega em quatro os atuais 18 sistemas municipais do setor das águas. No estertor final de um processo impensável, a autarquia procura – não acredito que com um mínimo de êxito – evitar mais uma imposição, nova prepotência do central sobre o poder local, que, sem grande controvérsia, fomos, com imensas culpas para o municipalismo, deixando degradar, lamentável e absolutamente, na sua autonomia e dignidade.

A candidatura da Universidade da Coimbra a Património Mundial da Humanidade mostra-se, depois dos aeroportos, numa rede de (no nosso país, não podia deixar de ser!) centros comerciais. Quando pouco mais poderemos fazer, sobretudo em termos de divulgação internacional – junho é já amanhã –, valha-nos, enfim, substantivamente, a efetiva valia dos conteúdos edificados e imateriais do projeto.

Cirurgia pioneira no campo da transplantação renal – parabéns Alfredo Mota – reitera a (ainda) excelência da medicina de Coimbra; a criação de um corredor da alta tecnologia entre Aveiro, Coimbra, Cantanhede e Covilhã (julgo que de norte para sul, do litoral para o interior) foi proposta em conferência do "Expresso" que decorreu na urbe da ria, um projeto que, indo ao encontro das fusões universitárias que o futuro nos parece reservar, reinsere na Região Centro terras que, com tanto receio de influências do Mondego, se deixaram enlaçar pelo Douro; e estão esgotadas as três edições que contratualmente trouxeram a Coimbra a final da Taça da Liga, esperando a cidade – também pelas suas excelentes condições geográficas e em equipamentos – que aquela festa do futebol por aqui se mantenha.

A revista "C" regressou esta semana, com uma periodicidade mensal – sei bem, António Abrantes, um abraço, das dificuldades que afetam a imprensa – que nos poderá levar a pensar, tamanho o espaço temporal entre edições, estarmos perante um título novo sempre que a virmos nos escaparates; e a repartição de finanças da Ladeira do Batista foi assaltada, em prova provada de que os nossos ladrões, bem informados, sabem quem nos leva o dinheiro...

António Cabral de Oliveira

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