RIO
ACIMA, SEM MOTOR
Coimbra tem o pior, o mais
degradado parque habitacional da Região Centro, diz o INE. O que se percebe,
atendida a sua maior dimensão. Mas o instituto das estatísticas releva, ainda –
mau grado o algum esforço municipal que vemos em parte da Alta da cidade,
nomeadamente na antiga Rua das Fangas – uma fraca taxa de reabilitação. E essa
incapacidade, essa falta de investimento é que, de todo, já não se
compreende...
Entre 31 de maio e 7 de junho
Coimbra vai ser – logo a designação irrita – "Capital" Jovem da
Segurança Rodoviária. Sete dias?! Mas a preocupação não deveria ser permanente
e alargada a todo o país? Sobra-nos, enfim, a pintura do trólei, que ficou
apelativa, e a esperança de um dia o município, sobretudo o (também agora) seu
parceiro ACP, alcançarem concretizar, no Bolão, a Aldeia do Mundo Automóvel,
promessa antiga de Carlos Barbosa que, prolongando a visita ao Portugal dos
Pequenitos, permitiria, a nível nacional, a criação de um outro campo de
fantasia para os mais novos, onde, a brincar, por entre figuras de bombeiros e
polícias, aprendam, afinal, a bem conduzir, a bem cuidar da prevenção. E então
teremos, efetivamente, em Coimbra, segurança rodoviária.
Em reunião com autarcas da CIM do
Baixo Mondego, a REFER terá admitido a reabertura do ramal ferroviário
Figueira-Pampilhosa. Admitido?! Que fique bem claro, em nome do desenvolvimento
sustentado da região e do país, que a linha não pode, tem de ser reativada.
Coimbra apela ao Presidente da
República para não promulgar a proposta de Decreto que congrega em quatro os
atuais 18 sistemas municipais do setor das águas. No estertor final de um
processo impensável, a autarquia procura – não acredito que com um mínimo de
êxito – evitar mais uma imposição, nova prepotência do central sobre o poder
local, que, sem grande controvérsia, fomos, com imensas culpas para o
municipalismo, deixando degradar, lamentável e absolutamente, na sua autonomia
e dignidade.
A candidatura da Universidade da
Coimbra a Património Mundial da Humanidade mostra-se, depois dos aeroportos,
numa rede de (no nosso país, não podia deixar de ser!) centros comerciais.
Quando pouco mais poderemos fazer, sobretudo em termos de divulgação
internacional – junho é já amanhã –, valha-nos, enfim, substantivamente, a
efetiva valia dos conteúdos edificados e imateriais do projeto.
Cirurgia pioneira no campo da
transplantação renal – parabéns Alfredo Mota – reitera a (ainda) excelência da
medicina de Coimbra; a criação de um corredor da alta tecnologia entre Aveiro,
Coimbra, Cantanhede e Covilhã (julgo que de norte para sul, do litoral para o
interior) foi proposta em conferência do "Expresso" que decorreu na
urbe da ria, um projeto que, indo ao encontro das fusões universitárias que o
futuro nos parece reservar, reinsere na Região Centro terras que, com tanto
receio de influências do Mondego, se deixaram enlaçar pelo Douro; e estão
esgotadas as três edições que contratualmente trouxeram a Coimbra a final da
Taça da Liga, esperando a cidade – também pelas suas excelentes condições
geográficas e em equipamentos – que aquela festa do futebol por aqui se mantenha.
A revista "C" regressou
esta semana, com uma periodicidade mensal – sei bem, António Abrantes, um
abraço, das dificuldades que afetam a imprensa – que nos poderá levar a pensar,
tamanho o espaço temporal entre edições, estarmos perante um título novo sempre
que a virmos nos escaparates; e a repartição de finanças da Ladeira do Batista
foi assaltada, em prova provada de que os nossos ladrões, bem informados, sabem
quem nos leva o dinheiro...
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