RIO
ACIMA, SEM MOTOR
O secretário de Estado da tutela,
em visita pela região, escolheu a deslocação a Coimbra para considerar o
turismo da saúde como um dos produtos estratégicos na política governamental
para o setor. É provavelmente por causa desse intento – e prioridade – do
Terreiro do Paço que o presidente da câmara ficou preocupado com o que viu (ou
melhor, um deserto absoluto, não viu) quando num destes sábados esteve no
hospital "fantasma" dos Covões. Em razão do que levou, mesmo, à
reunião do executivo autárquico, a certeza da não aceitação, para além do
encerramento noturno das urgências, do seu fecho, também, aos fins de semana.
Jaime Soares, sabe-se, é capaz,
sempre naturalmente, do melhor e do pior. Depois de ter sido o único, com
discernimento suficiente, a exigir quatro faixas aquando da construção nova
ponte da Portela, vem, agora, a propósito das limitações que implica, não menos
naturalmente, o seu alargamento, levantar público protesto e disponibilizar
maquinaria da câmara de Poiares para retirar da EN 17 tudo o que a está a
estrangular. Isto enquanto, porventura já imbuído, nas suas altas
responsabilidades sportinguistas, pelo espírito das águas do Tejo, não se
eximia, escusada, a mais uma bicada na... má vizinha Coimbra.
A Escola Superior Agrária
(originariamente a estrutura destinar-se-ia a coudelaria nacional) encerrou as
comemorações do seu 125 aniversário com um regresso, ano da sua fundação, a
1887 (esteve realmente magnífica a feira à moda antiga), quando era, então,
Escola Prática Central de Agricultura. Eis, pois, uma belíssima forma de,
lavrando úberes chãos do passado, lançar à terra sementes de presente, para se
colherem primícias de futuro, enfim, se olharem, bem, os desafios de amanhã.
A programação, em Coimbra, do Ano
Brasil em Portugal, que hoje se inicia, para se prolongar até 9 de junho,
inclui, em diversos espaços da cidade, manifestações de teatro, música e dança.
Oportunidade, ampla e seguramente de qualidade, para, na língua comum, em
conjunto com a vasta comunidade de estudantes que escolheram a nossa
universidade para concluírem os seus cursos, apreciarmos um pouco da cultura
que, na circunstância, o país irmão agora nos traz.
Não faço, nem sei se um dia virei
a fazer, a mais pequena ideia da forma como funciona o novo serviço,
disponibilizado experimentalmente, que permite o pagamento do estacionamento por
telemóvel. Mas, se contribuir para a qualidade de vida dos cidadãos, sobretudo
se ajudar a acabar com os "arrumadores" que enxameiam tudo o que é
praça ou largo de Coimbra (em que se ocupa a Polícia Municipal?), então vou aprender
rapidamente, gritar um viva à nova utilidade do aparelho.
Pintaram, finalmente, a
sinalização horizontal na Rua do Brasil, entre a Nunes Pereira e o Alto de S.
João. Pena não terem deixado apenas o traço contínuo (melhor seria dois, e a
amarelo) por forma aos automobilistas bem entenderem uma desejável
obrigatoriedade de circulação entre as atuais três rotundas. E, já agora, com
tantas exceções e autorização de cortes, mais-valia, afinal, terem optado pelo
tracejado: sempre poupavam na tinta...
A câmara municipal, foi pelo
menos anunciado, fechou as contas de 2012 – que ótimo, pode ser que assim
comece a tapar os buracos, a recuperar os tantos e tão degradados pisos da
cidade – com um saldo positivo de mais de cinco milhões de euros; pilotos que
voaram para aeródromo Bissaya Barreto consideraram-no (imagine-se o que não
diriam se estivessem já instalados equipamentos indispensáveis e prolongada a
pista) um dos melhores do país; os Transportes Urbanos de Coimbra, e com
certeza não foi por os médicos nos aconselharem a andar a pé, transportaram
menos 1,5 milhões de passageiros; e jovens do Rotaract Clube, um exemplo,
limparam, civilizadamente, pichagens com que alguns – há quem as considere,
imagine-se, valores culturais (?) e manifestação de liberdade política (!) –
vandalizam espaços públicos...
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