segunda-feira, 15 de abril de 2013

A 6 de abril ACO escreveu ...


RIO ACIMA, SEM MOTOR

Neste ano em que já nem a tradição se fez respeitar (depois de carnaval molhado não festejámos, agora, no terreiro), fui, feito citadino - brinco, porque desde há muito vamos ali almoçar, no domingo - passar a Páscoa à terra. E pude, assim, aperceber-me bem do lamentável estado de conservação (?!) da Estrada da Beira que, recorrendo a antigo aforismo popular, em muitos dos seus troços não se distingue já da beira da estrada. Redobrada razão têm, assim, deputados socialistas quando, confrontados com o anúncio de novas ligações rodoviárias em regiões com taxas de execução do PNR praticamente de 100 por cento, perguntam ao governo quando vão ser construídos os diversos itinerários (os IC 6, 7 e 37) projetados - e sempre adiados - para levar progresso e qualidade de vida a terras da Beira profunda, da Serra da Estrela.

A acreditar em tudo o que se noticia - e às vezes é difícil, mesmo muito difícil - terão sido roubadas duas pistolas, imagine-se, do interior do próprio Comando de Coimbra da PSP. Num tempo em que também se deu a conhecer o aumento da criminalidade no distrito, o que nos vale, para além do que por aí vai, são as palavras, a convicção do máximo responsável policial quando assevera que, comparativamente, Coimbra é um paraíso em termos de segurança. Pois ainda bem, porque se o não fosse...
 
Paulo Júlio foi homenageado durante um jantar do PSD em reconhecimento, dizem, pelo "seu desempenho nas funções de Secretário de Estado". Só não percebo porque é que haveria eu de me lembrar, agora, que sorrio sempre que ouço alguém dizer que a ausência de personalidades de Coimbra nos governos nos prejudica!

A água de Coimbra é a melhor do país, de acordo com um estudo da Proteste que efetuou análises nas redes públicas de 42 autarquias. Parabéns, pois, à empresa municipal - um abraço, Marcelo Nuno - que gere o abastecimento da água que, com indesmentível qualidade, brota das nossas torneiras. Entretanto, como curiosidade, refira-se, também na nossa região (mas porquê, se vizinhas?) que Montemor-o-Velho se destaca pelo baixo preço da água, em contraste com a Figueira da Foz que tem o tarifário mais caro.

O Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra, que reclama ser o mais antigo da Europa, está a comemorar a relevantíssima efeméride do seu 75º. aniversário. As celebrações tiveram início com a estreia do "projeto H", no Teatro da Cerca, onde está sediada a Escola da Noite - companhia que, aliás, teve a sua origem no TEUC - e prolongam-se por todo o ano, constituindo- se, com certeza, em oportunidade soberana para, a partir delas, todos manifestarmos o nosso apreço e reconhecimento por uma instituição, enorme, que honra sobremodo Coimbra.

Ao longo do último fim de semana, a Direção Regional de Cultura do Centro promoveu uma venda solidária, nos seus museus (que, boa nova, vão passar a estar abertos à hora de almoço), de edições próprias de cultura, arte e música cujos proventos revertem, integralmente, para a Cáritas Diocesana de cada zona onde se inserem aqueles equipamentos; enquanto, em Coimbra, a GNR teve a feliz iniciativa de abastecer dezenas de instituições de solidariedade social com as suas laranjas da Quinta da Lapa dos Esteios, ali mesmo colhidas por funcionários e utentes. Bonitas formas, ambas, de bem-fazer.

Os diários da nossa terra, congratulemo-nos, deram início à edição semanal de páginas sobre a candidatura da Universidade a Património da Humanidade, iniciativa que em muito poderá contribuir para tornar universal uma mensagem que permanece, ainda, demasiado particular; e, no dia 1 de abril - em que a comunicação social dá guarida a habitual mentira - dei comigo, talvez por precaução, a não acreditar em nenhuma das notícias que lia ou ouvia: receio exagerado, ou apenas antevisão do que nos poderá acontecer em futuro não longínquo com a proliferação de novos suportes, sobretudo com a crise que afeta os meios jornalísticos tradicionais?

A direção da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Coimbra, que tinha sido afastada, alegadamente por má gestão, pela respetiva Caixa Central, foi agora louvada, a nível local, julgo que por boa gestão. Confuso? Não, apenas Portugal, o nosso país, no seu melhor...

António Cabral de Oliveira

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