segunda-feira, 15 de abril de 2013

A 23 de março ACO escreveu ...


RIO ACIMA, SEM MOTOR
Cidadão enorme na sua imensa estatura cultural e de erudição, também inigualável em capacidade de bem-fazer, Aníbal Pinto de Castro foi homenageado pela Câmara Municipal de Coimbra, Universidade, Santa Casa da Misericórdia, Confraria da Rainha Santa e Casa da Infância Elísio de Moura com a inauguração de um busto que fica a perpetuar, no Claustro do Colégio da Sapiência, a memória de uma vida, riquíssima, de professor e humanista. E a comunidade, reconhecida, revê-se e associa-se, por inteiro, a um muito, muito justo preito.
Quando o Exército se propõe vender (parte) do antigo Quartel-general da ex-Região Militar do Centro, talvez esta seja a oportunidade para ali se instalar – até pelo significado do local, o primeira a deixar-nos – um museu de memórias dos tantos serviços descentralizados do Estado que entretanto Coimbra perdeu. Enquanto isso, o ministério da Economia diz-se empenhado num plano sustentado de relançamento da construção e imobiliário que, evidentemente com verbas do QREN, se ancora na reabilitação urbana. A ver vamos se é desta que a SRU coimbrã consegue, por fim, concretizar o seu primeiro projeto…
Tem tanto de curioso quanto de vasto o pertinente “Mal Dito, Festival de Poesia”, iniciativa que, até amanhã, tem feito, nesta sua primeira edição, brotar versos em cada esquina da cidade. E que bem nos tem sabido ouvir dizer alguns dos nossos poetas, ver outros assinalados em muro recordatório, olhar comboios ou pombos correio que levam poemas consigo, percorrer feira do livro que lhes é dedicada, enfim, participar, na “Lápis de Memória”, a fundamental “Tributo à Poesia”. O meu, o de quase todos nós…
Por entre chuva e temperaturas baixas – para não dizermos frio –, chegou, tristonha, a primavera. Para além de simbólica plantação de árvores na Sereia, válida iniciativa da municipalidade, valha-nos, se tanto for o caso para nos aquecer a alma, a noticiada vinda, dentro de um ano – aprofundaremos, entretanto, em que condições – de uma, garantem, absolutamente magnífica coleção de 10 mil orquídeas para o Jardim Botânico (cedência por 30 anos, por parte de dois jardineiro/colecionadores finlandeses que passam a residir na cidade) e que fará com que aquele excelente espaço verde fique dotado com um dos maiores orquidários da europa. Só nos fica a faltar, e estou a lembrar-me do de Miguel Albuquerque, na Madeira, um jardim, nesta cidade, vá lá saber-se porquê, exclusivamente dedicado às rosas…
Cumprindo, afinal, antiga tradição e desiderato moderno, a Universidade de Coimbra – que, muito bem, tem já a funcionar, no antigo espaço dos CTT, a Casa da Lusofonia – é, com cerca de dois mil alunos, a preferida dos estudantes brasileiros quando se propõem estudar fora do seu país. Entretanto, o embaixador da China, também significativo e relevante, veio até nós elogiar as Escolas.
Para o jornal britânico “The Guardian”, aí está uma notícia que nos importa, o “Fado ao Centro” é, em Coimbra, um dos quinze locais a visitar em Portugal. A jornalista Joanne O’Connor, porventura enternecida pelas serenatas que os estudantes faziam às suas amadas – só no passado? – nota viver-se ali, no Quebra-Costas, acentuada pela tradição própria da cidade, quando comparada com Lisboa, uma experiência bem mais intimista e autêntica.

O Centro de Cirurgia Cardiotorácica do CHUC – considerado o melhor serviço do país, assim contribuindo, decisivamente, para a excelência da medicina em Coimbra, está a celebrar, parabéns Manuel Antunes, 25 anos de atividade. A ESEC-TV, mais nova, comemorou o décimo aniversário – o prazer com que semanalmente a encontro, na RTP 2, às quartas-feiras –, efeméride que serve para, em abraço ao Francisco Amaral, felicitar toda a sua jovem equipa. Fazer dela a televisão de Coimbra? E porque não?
António Cabral de Oliveira
 

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