quinta-feira, 21 de março de 2013

A 9 de março ACO escreveu ...


RIO ACIMA, SEM MOTOR
Está aí, pujante, plena de diversificadas atividades – que incluem, sem ser exaustivo, música, teatro, dança, exposições, cinema, desporto, literatura, fotografia, tertúlias – a XV Semana Cultural da Universidade de Coimbra, conjunto magnífico que, este ano sob o mote “Ser de Água”, se estende, ao longo de dois meses, até 1 de maio próximo. E perante tal e tanta programação (guardem e sigam o suplemento gráfico profusamente distribuído), só nos resta escolher e participar. Também aqueles que persistem em dizer que em termos de cultura não acontece nada de relevante na cidade, ou, então, dela não têm notícia. Da minha parte, singela colaboração esta, considerem-se, pois, informados…

Com ou sem pedido de demissão, as notícias veiculadas sobre o diretor do Hospital Pediátrico de Coimbra não significam outra coisa senão a existência, naquela unidade de saúde de referência, de problemas que alguns querem negar, outros pretendem aprofundar. Perspetivas, ambas sempre lamentáveis quando olhamos os verdadeiros interesses da comunidade!

Sinal evidentíssimo das carências económicas provocadas pela crise que parece nunca mais ter fim – mas ainda da relevância do cada vez mais delapidado poder local, que não me canso de enaltecer –, a Câmara Municipal criou, também ela, agora para aquisição de medicamentos, um mecanismo de apoio a cidadãos em dificuldades inesperadas.

Li um anúncio/edital onde se dá conta do processo de expropriação de terrenos para a segunda fase do Parque Tecnológico. Acho bem. Mas achava melhor que se apressassem, quem de direito, em ter o atual, vasto e tão deserto espaço, completo de unidades que contribuam para garantir desenvolvimento e futuro a Coimbra.

Depois das críticas, a saudação devida pela posição assumida pelo Conselho de Veteranos quando deliberou um conjunto de alterações ao Código da Praxe que procuram, em substância, a sua dignificação, a retoma de valores fundamentais de que nunca nos deveríamos ter desviado. Coimbra não é uma qualquer academia, as suas responsabilidades éticas e históricas são imensas, a preservação de costumes de antanho implica posturas e atitudes que têm de afirmar, indispensavelmente, uma forma distinta de estar, de integrar a mais antiga Universidade portuguesa. E, pelo exemplo, que excelente forma, esta, da tradição celebrar os 723 anos dos Estudos Gerais.

Justíssima a atribuição, por unanimidade, da Medalha de Ouro de Mérito Cultural com que a Câmara Municipal quis distinguir a Escola da Noite, companhia que há vinte anos nos vem assegurando, entre outras muitas ações, imensa e qualificada atividade teatral. Para os poucos, que tanto fazem – e permitam um abraço especial para o António Barros – os meus parabéns. E vamos ao teatro…

Confesso que não gosto nada de matemática – duvido mesmo que o problema tenha residido apenas em maus professores! – mas, assinalando o início, esta semana, do Ano Internacional da Matemática no Planeta Terra, quero deixar sublinhado, com alguma inveja nesta minha evidente incapacidade, o enorme contributo, agora cada vez mais e mais necessário, prestado por aquela ciência – o meu respeito –, na efetiva resolução de problemas globais.

Com assinalável dinamismo, a Quinta das Lágrimas trouxe à sua iniciativa “Quintas na Quinta” a figura de José Augusto França, enquanto a Fundação Inês de Castro entregava a Maria do Rosário Pedreira o seu Prémio Literário 2012 e distinguia Almeida Faria com o Tributo de Consagração; muito bem a Expo Clássicos, que reuniu, num dos pisos de estacionamento do Dolce Vita, um curioso conjunto de deliciosas “velharias” auto, máquinas moderníssimas, peças avulsas, e ampla oferta de miniaturas; e uma palavra final de regozijo em relação à posição que a municipalidade vem reiterando para, sem cedências, afirmar ao governo que, cansados de prepotência centralista, na água de Coimbra, nem mais, ainda mandamos nós.
António Cabral de Oliveira

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