quinta-feira, 21 de março de 2013

A 16 de março ACO escreveu ...


RIO ACIMA, SEM MOTOR
A taxa de abandono escolar no 3º. Ciclo do ensino básico, de acordo com o “Atlas da Educação”, diminuiu significativamente nos últimos anos, deslocando-se os piores resultados, com certeza também significativamente – e para nós, beirões, de forma muito preocupante – do Norte para o Centro e interior do país. Para além de todas as leituras possíveis, desde o fim do trabalho infantil ditado pela atual crise às rotas de circulação de minorias étnicas na zona da raiana, a nova radiografia de David Justino não deixa de evidenciar, enfim, a importância de se estar mais próximo do Porto (e, naturalmente, de Lisboa), as “metrópoles” que, erradamente, merecem, mais esta do que aquela, a particular atenção da administração central.
Rui Vilar, quem mais havia de ser, é o novo presidente do Conselho Geral da Universidade de Coimbra. O anterior líder da Fundação Calouste Gulbenkian foi, obviamente, o escolhido pelos seus pares de entre as dez personalidades externas, sumidades cuja participação naquele órgão, tenho para mim, pela capacidade interventiva legalmente prevista, compromete o natural funcionamento democrático de governação das Escolas.
O governo, em prova provada da sua enorme capacidade de gestão e de coerência executiva, acaba de anunciar que, afinal, já não vai suspender a Fundação Cultural da Universidade de Coimbra e a do Museu da Ciência. Entretanto, a Fundação CEFA – a manutenção do Centro de Estudos e Formação Autárquica terá sido a grande, talvez mesmo única intervenção decisiva do ex-secretário de estado da Administração Local, Paulo Júlio, em favor de Coimbra – é transferida, do mal o menos, para a ANMP, também aqui sediada.
É indesmentível a minha enorme simpatia pelo comércio da baixa coimbrã – mas não, infelizmente, pela maioria dos seus agentes – que resulta, sobretudo, das características, únicas, que lhe são próprias, e do seu enquadramento urbano. A APBC, que, amiúde, se tem empenhado na revitalização daquele magnífico espaço, propõe-nos, agora, na próxima semana, a primeira das férias de Páscoa, a realização de um conjunto de atividades para os mais novos, dos 6 aos 12 anos (dança, fotografia, música, culinária, teatro), assim querendo bem entreter os filhos enquanto os pais ali mercam. Já e ainda sem gente pequena para cuidar, não deixarei, contudo, dando largas ao algum prazer (que poderia ser imenso) que retiro quando lá me desloco, de provar, ideia curiosíssima, uma das muitas miniaturas de folar que serão disponibilizadas por mais de cem estabelecimentos. Boas compras…
As associações comerciais e industriais de Coimbra, Figueira da Foz, Mealhada e Cantanhede assinaram um memorando de constituição do Conselho Empresarial da Região de Coimbra, entidade de que, sob a égide do CEC, se espera natural contributo para o nosso desenvolvimento económico. Seguir-se-ão, dizem, os de Viseu, Aveiro, Beira Interior, Serra da Estrela, Leiria, Oeste e Tejo-Castelo Branco, sempre no quadro territorial das novas Comunidades Intermunicipais. Queira Deus é que com tanto reforço destas não se perca, ainda mais, a ótica regional das Beiras.
Uma luzida embaixada de forças vivas da cidade (custam a deixar estes velhos hábitos…) deslocou-se a Lisboa, ao Palácio de Belém, para, entre vénias e sorrisos – quando o que interessa, mesmo, é garantir o comprometimento do governo na inteira renovação do estádio universitário de Coimbra – assegurar sempre bem-vindo “alto patrocínio”; estão a decorrer, no canal do Metro, na Baixa, escavações arqueológicas, que, de todo, não compreendo, porquanto, afinal, as obras daquele fundamental meio de mobilidade urbana, antigas embora, tiveram início há apenas…uma vintena de anos; ainda a propósito de Fundações, a extinção daquela que protegia a Mata do Buçaco é um verdadeiro crime a exigir de todos nós, cidadãos, um maior empenhamento na defesa e valorização de tão valioso património; e, amanhã, não se esqueçam – lá irei, com certeza – realiza-se no Largo de S. João, no Bairro de Celas, ali bem perto dos HUC, a tradicional Feira dos Lázaros.
António Cabral de Oliveira

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