sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

A 8 de novembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR
Do orçamento municipal para 2015 – que mal, Manuel Machado, as declarações sobre a redução da taxa do IMI e a "ameaça" de recurso ao Fundo de Apoio Municipal –, e depois dos projetos prioritários (S. Francisco, ação social escolar, habitação, lixo, iluminação pública, freguesias), sobrará pouco, muito pouco mesmo, cerca de dois milhões de euros, para novos investimentos camarários no ano de 2015. Ainda bem que a edilidade não aderiu, entretanto, aos demagógicos "orçamentos participativos". É que, se assim fora, não haveria, sequer, estas tão parcas verbas para áreas como a cultura, desporto, espaços verdes, urbanismo e reabilitação.

O município de Coimbra pondera a resolução do contrato de construção do crematório de Taveiro. Na sequência de iníqua desfeita para com a Santa Casa da Misericórdia, tem sido um errático desfilar de continuadas alterações e de permanentes adiamentos. Até, por fim, um dia destes, não haver mesmo cremação na cidade. Não a favor dos nossos mortos, antes, porventura, bem vivos, de outros interesses instalados...

A ministra espanhola de Fomento, Ana Pastor, ao falar, agora, sobre os enormes investimentos ferroviários do país vizinho, "esqueceu-se" de referir a modernização do principal acesso a Portugal, a eletrificação do troço entre Salamanca e Vilar Formoso, cujas obras, aliás, já deveriam estar concluídas. Ora aqui está uma excelente oportunidade para os nossos políticos regionais (alguns, pelo menos), em vez de andarem a inventar novas linhas, se afirmarem unidos na exigência, no plano nacional, do cumprimento do compromisso assumido por Madrid, designadamente na cimeira ibérica da Figueira da Foz. A bem do país e da Beira, que não dos interesses das suas paróquias...

O Magnífico Reitor comprometeu-se com o arranque, logo que possível, da segunda fase do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra. Para além da alguma vacuidade nos termos, e apesar da proximidade de eleições – João Gabriel Silva anunciou, entretanto, nenhuma surpresa, a sua, parece que única, (re)candidatura – tomámos, de tanto,  boa nota. Para memórias futuras...

Depois de Maria Helena da Rocha Pereira ter sido agraciada pela Grécia com a Cruz da Ordem da Fénix em razão do seu contributo para o estudo da cultura clássica daquele país, Cristina Robalo Cordeiro, em reconhecimento dos serviços à francofonia, foi distinguida pela República Francesa com as insígnias da Legião de Honra. Enorme orgulho para Coimbra e universidade.

O Conselho Académico, tenho-o por tanto, é o órgão máximo do academismo na AAC/OAF. Tanto, tanto, o academismo, que, porventura reflexo do tempo atual, não consegue, sequer, reunir. Por falta de quórum!

Vou passar a ir às compras com sacos reutilizáveis. É que, comigo, o governo não conta para engrossar as suas receitas fiscais com os 40 milhões previstos com a taxa de oito cêntimos por cada "saco de plástico leve". E sempre fico de bem com a minha consciência ecológica, afinal o grande "propósito", dizem de S. Bento, da reforma tributária, da fiscalidade verde...

Uma jornalista (?) de diário lisboeta perguntava, em entrevista ao diretor de informação da RTP, um dia destes, como se tal questão não fosse, ela própria, um completo e inadmissível absurdo, se "a informação regional interessa realmente às pessoas". Perante tamanha incompetência plumitiva, também do diretor do I, quedo-me amargurado sobre o ponto a que deixámos chegar o jornalismo português. E não pode ser tudo atribuído, como é fácil alegar, às limitações financeiras que o setor enfrenta!


O Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses tem, na sua sede, em Coimbra, placa com o novo logótipo, mas médicos legistas é que nem tanto; culturalmente relevante a apresentação, na Casa da Escrita, com a participação do autor, do segundo volume das Obras Completas de Eduardo Lourenço; bem aproveitando, por fim, os, dizem-me, vastos e excelentes fundos fotográficos de Centro de Artes Visuais, está ali em exposta "Esta terra é a tua terra"; empresa espanhola – podia também ser chinesa ou da Bielorrússia – vai explorar o bingo da Académica; a Águas do Mondego, leia-se de Coimbra, volta a receber o selo de qualidade exemplar; e, na passada segunda-feira, mais para ajudar, simbolicamente, a associação de comerciantes a pagar à Câmara a taxa de dez euros para a ocupação de espaço, do que para festejar os Santos, fui comer uma belíssima febra ao mercado...municipal.

António Cabral de Oliveira

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