Oportuno post que merece (passe a presunção...) igualmente adequado PL-quizz: quem foi uma das figuras cívico-políticas que melhor personificou os ideais feministas no chamado "século da mulher" português? Eis umas quantas pistas: a) Suas iniciais (aliás, comuns a uma outra figura, essa bastante menos notável - diga-se!- dos verões costanovenses) constituem uma exacta inversão do apelido mare-cheiense. b) No dia de ontem, a RTP2 dedicou-lhe um documentário - de resto, bastante mauzote, mas a que tive de (algo penosamente) assistir. EL oblige (cá está + uma referência...) c) Quem escreve o presente comentário prepara neste momento uma conferência em que visa relacionar essa que tb foi conhecida por "red little fish in a holy water" e o tb designado "philosophe de Provence", tendo descoberto um interessante documento cujo link seguidamente indico: http://www.arquivopintasilgo.pt/arquivopintasilgo/Documentos/0215.007.pdf
Confessem que é mais fácil responder à pergunta do que procurar o santo graal (última pista!)
Não achei o documentário nada mau, contrariamente à intervenção de EL que, para mim, foi uma desilusão! Fraca e ... demasiado cautelosa, para não dizer outra coisa. As figuras femininas escolhidas (passe-se o xaroposo de algumas imagens/frases muito próprias daquela época) ilustram claramente o movimento e a forma de pensar das suas dirigentes. Para os mais novos é difícil perceber que, até há pouco tempo, as mulheres não tinham, de modo algum, os mesmos direitos que os homens!
Concordo. A intervenção de EL foi bastante insípida. Aliás, eu acho que ele raramente se sai bem na tv. É como se fosse um peixe fora de água. E esta parte (que era a mais relevante, para mim) é bem possível que tenha influído a apreciação genérica que fiz e faço do filme. Ainda assim, o documentário é excessivamente laudatório e para mim não era forçoso que tal sucedesse. Depois, há partes tecnicamente incompreensíveis. Por exemplo, nunca se identifica o interveniente (julgo que será Luís Moita, mas isso, que eu tenha reparado, nunca é dito) que faz o comentário sobre a noite das presidenciais. E depois a alocução da ex-júri da Cornélia mostra bem (malgrè elle) que LP foi também um fenómeno de moda em Lisboa (o que talvez ajude tb - embora haja outros motivos, claro - a explicar a desproporção entre as sondagens e os 7% da 1ªvolta): o episódio do Frágil é ridículo. Fez-me lembrar o que apareceu no jornal Se7e quando se perguntava aos 4 candidatos o que achavam de Bruce Springsteen, cantor tradicionalmente de esquerda mas de que Ronald Reagan na altura era um grande admirador (foi na altura do disco "Born in the USA", aliás dos mais fracos do "boss"). Era uma pergunta com bastante veneno. Se não me engano só o Freitas é que assumiu que gostava. Soares e Zenha acho que não responderam. LP disse (terá sido mesmo ela? Duvido. Apostava que foram os "jotas pintassilguistas") que preferia Lou Reed ou Tom Waits. Francamente... Lembro-me que me fartei de chatear MNL com citações de versos de Waits, como, por exemplo, este: "Don't you know there ain't no devil, there's just god when he's drunk". De duas, uma. Ou LP não gostava assim tanto de Tom Waits (mas do Springsteen é que não poderia ser fã!)ou, se gostava, não podia aparecer com um ar muito ofendido e surpreso a dizer que não percebia porque é que muitos católicos portugueses não a suportavam.
PS: Mas ainda sobre este tema eu posso dizer que assisti ao único comício em que Litte Souls apareceu a discursar. Não é que tivesse muito jeito para aquilo, mas não deixou de ter piada e eu e MNL fartámo-nos de gritar vivas à candidata. Bons tempos!!!
Bem lembrado Maggie!
ResponderEliminarNão podias ter escolhido melhores imagens ... ou não fosses uma (super)mulher PL!!
Oportuno post que merece (passe a presunção...) igualmente adequado PL-quizz: quem foi uma das figuras cívico-políticas que melhor personificou os ideais feministas no chamado "século da mulher" português? Eis umas quantas pistas:
ResponderEliminara) Suas iniciais (aliás, comuns a uma outra figura, essa bastante menos notável - diga-se!- dos verões costanovenses) constituem uma exacta inversão do apelido mare-cheiense.
b) No dia de ontem, a RTP2 dedicou-lhe um documentário - de resto, bastante mauzote, mas a que tive de (algo penosamente) assistir. EL oblige (cá está + uma referência...)
c) Quem escreve o presente comentário prepara neste momento uma conferência em que visa relacionar essa que tb foi conhecida por "red little fish in a holy water" e o tb designado "philosophe de Provence", tendo descoberto um interessante documento cujo link seguidamente indico:
http://www.arquivopintasilgo.pt/arquivopintasilgo/Documentos/0215.007.pdf
Confessem que é mais fácil responder à pergunta do que procurar o santo graal (última pista!)
Ah, com isto esqueci-me do principal: great post, Maggie!
ResponderEliminarNão achei o documentário nada mau, contrariamente à intervenção de EL que, para mim, foi uma desilusão! Fraca e ... demasiado cautelosa, para não dizer outra coisa.
ResponderEliminarAs figuras femininas escolhidas (passe-se o xaroposo de algumas imagens/frases muito próprias daquela época) ilustram claramente o movimento e a forma de pensar das suas dirigentes.
Para os mais novos é difícil perceber que, até há pouco tempo, as mulheres não tinham, de modo algum, os mesmos direitos que os homens!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarConcordo. A intervenção de EL foi bastante insípida. Aliás, eu acho que ele raramente se sai bem na tv. É como se fosse um peixe fora de água. E esta parte (que era a mais relevante, para mim) é bem possível que tenha influído a apreciação genérica que fiz e faço do filme.
ResponderEliminarAinda assim, o documentário é excessivamente laudatório e para mim não era forçoso que tal sucedesse. Depois, há partes tecnicamente incompreensíveis. Por exemplo, nunca se identifica o interveniente (julgo que será Luís Moita, mas isso, que eu tenha reparado, nunca é dito) que faz o comentário sobre a noite das presidenciais. E depois a alocução da ex-júri da Cornélia mostra bem (malgrè elle) que LP foi também um fenómeno de moda em Lisboa (o que talvez ajude tb - embora haja outros motivos, claro - a explicar a desproporção entre as sondagens e os 7% da 1ªvolta): o episódio do Frágil é ridículo. Fez-me lembrar o que apareceu no jornal Se7e quando se perguntava aos 4 candidatos o que achavam de Bruce Springsteen, cantor tradicionalmente de esquerda mas de que Ronald Reagan na altura era um grande admirador (foi na altura do disco "Born in the USA", aliás dos mais fracos do "boss"). Era uma pergunta com bastante veneno. Se não me engano só o Freitas é que assumiu que gostava. Soares e Zenha acho que não responderam. LP disse (terá sido mesmo ela? Duvido. Apostava que foram os "jotas pintassilguistas") que preferia Lou Reed ou Tom Waits.
Francamente...
Lembro-me que me fartei de chatear MNL com citações de versos de Waits, como, por exemplo, este: "Don't you know there ain't no devil, there's just god when he's drunk".
De duas, uma. Ou LP não gostava assim tanto de Tom Waits (mas do Springsteen é que não poderia ser fã!)ou, se gostava, não podia aparecer com um ar muito ofendido e surpreso a dizer que não percebia porque é que muitos católicos portugueses não a suportavam.
PS: Mas ainda sobre este tema eu posso dizer que assisti ao único comício em que Litte Souls apareceu a discursar. Não é que tivesse muito jeito para aquilo, mas não deixou de ter piada e eu e MNL fartámo-nos de gritar vivas à candidata. Bons tempos!!!