sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A 15 de fevereiro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra é a melhor unidade pública do país, enquanto garante, também, a liderança em cinco agrupamentos de doenças, conclui o estudo anual da Escola Nacional de Saúde Pública. São resultados naturalmente magníficos que nos orgulham e em muito contribuem para manter elevadas as expetativas, as mais exigentes, quanto à necessidade de Coimbra continuar a ser considerada como pólo de excelência em matéria de saúde. Assim assegurando uma qualidade que queremos ver sempre confirmada por cada um de nós, mas todos, os que, e quando, tivermos de recorrer aos seus serviços...

Valerá o que valer, a classificação. Mas porque persisto na certeza de que Coimbra é a terceira cidade do país – possui um amplo conjunto de valências que, para além das "metrópoles", não encontramos em nenhuma outra –, não gostei de ver os resultados do "Portugal City Brand Ranking" (qualquer coisa parecido com melhor marca), que nos coloca, a nível nacional, numa ainda assim não totalmente lamentável quinta posição. Quanto trabalho, Deus meu, temos pela frente para afirmarmos a justeza, até garantirmos a inexistência de dúvida.

Bem sei das naturais fragilidades construtivas, também do imenso peso dos anos. Mas não deixa de ser preocupante, e muito, que – ontem a Sala Grande dos Actos, agora a capela da São Miguel – a Universidade de Coimbra continue a mostrar sinais de (recuso a denominação ruína) degradação material. Não serão, provavelmente, como afiançam, situações graves. Mas são, com certeza, sintomas...

Uma desavença política entre o anterior e o atual presidente da Câmara foi momento marcante na última reunião do executivo. Todavia não valerá a pena zangarem-se muito. É que, porventura, ambos têm razão!

Nos últimos dias do mandato de Barbosa de Melo, era a vinda de chineses. Nos primeiros (novos) dias de Manuel Machado, são os indianos e os filipinos. Tudo em favor do investimento, talvez para ver se chegamos, como clama Sansão Coelho – força e um abraço – aos 300 mil habitantes.

Aplaudo a posição reivindicativa da CCDR do Norte – de que não deixará de colher dividendos – que, ao contrário da congénere do Centro, não cala a sua contestação ao financiamento de projetos que vão ao arrepio do princípio da promoção da convergência (aquela de querer construir, a todo o transe, um novo porto em Lisboa, é supina!) em que deve radicar, mas não no nosso país, a atribuição dos fundos estruturais.

Um abencerragem, assim raro, escrevia, um dia destes, no respeitável "Público" – jornal que, mesmo nos artigos de opinião, deveria saber obstar a tais enormidades –, a propósito não interessa do quê, esta joia: "melhor fosse que ele, o Museu, ficasse em Lisboa, sendo nacional". Então para aquele iluminado, fundador, subscreve-se, do Fórum Cidade de Lx, na capital, por o ser, têm de estar sediados todos os equipamentos desse âmbito, enquanto, apenas um exemplo, Freixo de Espada à Cinta, por não o ser, não pode nunca acolher uma qualquer estrutura nacional?! E depois nós é que somos os provincianos...

A morte de Jorge Lemos, mais um amigo que parte, deixa a cidade de luto; Maria Helena da Rocha Pereira, nome maior da universidade coimbrã e portuguesa, vai ser justamente homenageada com a edição da sua obra; Helena Freitas, uma pena, depois de muita concordância e tanto desacordo meus, anunciou a suspensão da sua coluna quinzenal de opinião neste jornal; parece que andam por aí, pela região – não as abatam, por favor – empresas "gazela", jovens e com bom crescimento; muito saboroso o biscoito "Beijo de D. Sesnando" com que Carla Silva venceu, utilizando exclusivamente produtos endógenos da região, curioso concurso promovido pela Rede de Castelos e Muralhas do Mondego; e é lembrando a ação fundadora do seu primeiro diretor, Jorge Costa, que sublinho, hoje, o início das comemorações – parabéns para todos – dos (já) 25 anos da Escola de Hotelaria.

António Cabral de Oliveira

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