sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A 4 de janeiro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Reconheço que existem limitações. Mas importa saber ultrapassar, não poderão ser uma inevitabilidade os horários praticados na recolha do lixo na cidade. Pôr os imensos camiões amarelos, em horas de ponta, nas mais movimentadas artérias da urbe só pode dar no que se vê: constrangimentos, filas, um pandemónio no trânsito. E este é, de facto, um problema importante a solucionar – trocar sacos de plástico por pequenos contentores, mero pormenor de gestão dos serviços de higiene de Coimbra…

José Manuel Portugal – um abraço – é o novo diretor de informação da RTP. Com a experiência que leva de serviços e chefias regionais, pode ser que, contrariando o adágio de santos da casa não fazerem milagres, consiga proclamar, em Lisboa, a riqueza, também a indispensabilidade da cobertura noticiosa do país inteiro, feita localmente, ainda o robustecimento da estrutura coimbrã da rádio e televisão públicas. Entretanto, leituras avulsas deixam antever – estes atrevimentos da província! – que José Manuel tem de se empenhar muito para convencer Portugal.

Preocupa-me a diminuição de 30 milhões de euros no orçamento camarário para o corrente ano – mesmo que seja de transição e o possível –, entretanto aprovado, por entre críticas (porventura só as habituais) de todas as oposições, pela assembleia municipal de Coimbra.

Embora tenha ficado com a sensação – provavelmente errada – de que se tratava da mesma coisa dita por palavras diversas, gostei de saber que Henrique Fernandes quer acabar com o paradigma de pedir subsídios à câmara municipal...para passar a contratualizar serviços em troca de contrapartidas para os BV. Com o município, claro, como não podia deixar de ser!

Parece ter valido a pena a Albano da Silva Pereira a entrevista dada a um jornal da terra onde, em substância, zurzia a falta de apoio camarário ao Centro de Artes Visuais. É que a agora maioria socialista destinou este ano uma dotação de 200 mil euros para, muito bem, se fazerem renascer os Encontros de Fotografia de Coimbra. Apesar de poder parecer apenas um sinal face aos números astronómicos que Albano refere, temo, mesmo assim, que, depois, o dinheiro dos cofres autárquicos não chegue para o indispensável amparo a outras e também relevantes atividades culturais, por exemplo no teatro, na música clássica, no cinema, no jazz, na dança, nas expressões de cariz mais popular...

Pina Prata, sem qualquer surpresa, toma posse, no próximo dia 6, da presidência da Associação Empresarial da Região de Coimbra (núcleo, creio, da AIP, que finalmente faz a sua entrada em terras do Mondego), assim se concretizando, depois da fundação, a sua liderança. Resta, digo eu – obviamente para além da “inovação, da cooperação e da internacionalização” –, a terceira fase do projeto, que passará, pelo melhor, dirá o anterior presidente da centenária e moribunda ACIC, aproveitamento dos dinheiros disponibilizados pelo QREN para o desenvolvimento económico...

Deputados municipais de Viseu exigiram uma "ligação a sul" em perfil de autoestrada. Lembro-me de, ainda recentemente, ser pedida uma via com essas características...para ligar a Coimbra. Depois de Fernando Ruas, o regresso de fantasmas locais, ou apenas uma forma diferente de demandar o mesmo? Tudo perante o generalizado e ensurdecedor silêncio da nossa autarquia em matérias de política regional.


Cumprindo a tradição, neste tempo em que "vira o vento e muda a sorte", e em que "só se lembra dos caminhos velhos/quem tem saudades da terra", vamos, "por esses quintais adentro", "vamos cantar as janeiras"...

António Cabral de Oliveira

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.