sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A 28 de dezembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Manuel Machado "reinaugurou" (leia-se, pôs de novo em funcionamento) o elevador do mercado, em assim mui importante ato a fazer lembrar antigo autarca vizinho (um abraço Jaime Soares), que repetia, quantas vezes as possíveis, sempre com vantagem local, as inaugurações. E nós a pensarmos que, também no quadro do sistema de mobilidade da cidade – e para lá dos projetos, com certeza louváveis, mas ainda não mais do que isso, do elevador da Alegria e da linha histórica de elétricos junto ao Mondego – o presidente se preparava para, isso sim relevante, e, julgo, bem mais plausível, "reinaugurar" a ecovia...

Leio que a visita do Papa Francisco a Portugal, em maio de 2017, se deve prolongar por três dias, com deslocações, à semelhança do que aconteceu com João Paulo II, a Fátima, Lisboa, Porto e Braga. Porque fica, no projeto, questiono-me, Coimbra de fora?

Afinal a redução de 5% nas águas é nas tarifas e não no valor total da fatura. O que significará, mensalmente, uma quebra – dou comigo a cogitar sobre quais aplicações financeiras fazer com a poupança! – de 20 cêntimos nas nossas contas...

O quadro do Marquês de Pombal, que valoriza a Sala do Senado da Universidade de Coimbra, vai ao Brasil para uma exposição intitulada “Da cartografia do poder aos itinerários do saber”. Acho bem, até porque também o património (e não só os grandes das Escolas) deve fazer, em percursos valorizadores, os caminhos para terras de Vera Cruz. Entretanto, para, temporariamente, o substituir, foi colocado, nas adamascadas paredes do salão do antigo Paço Real, um trabalho de Miguel Leal, do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra. O que também acho lindamente já quer a arte contemporânea sempre jogou bem com o clássico. Agora um “happening” para assinalar o momento – que moderno, quanto prá frente! – não lembraria a ninguém. Ou quase…

Reitores de seis universidades do Norte e Centro – Aveiro, Beira Interior, Coimbra, Minho, Porto e Trás-os-Montes e Alto Douro – sublinharam a importância do centro de produção da RTP no Porto e consideram interessante sediar ali o segundo canal, em defesa, dizem, da força e dinâmica de toda a região (mas afinal não são duas?). Se o pensam, acho muito bem que o digam. Mas preferia, inquestionavelmente, que referissem, também, porventura até sobretudo, a indispensabilidade da continuação e reforço dos serviços regionais de Coimbra da rádio e televisão públicas, ainda das delegações distritais que entretanto, Tejo acima, foram sendo extintas. Em favor da proximidade, da harmonização e equilíbrio do território. Mas parece que estamos condenados, também pelos representantes dos nossos sábios, à "metropolização" do país...

A Estradas de Portugal pôs anúncio para venda de dois imóveis na Geria, junto ao cruzamento da 111 com a 234 (para a Figueira e Cantanhede). Pode ser que, depois, com o produto da alienação, aquela empresa pública venha a adquirir os terrenos vizinhos para, finalmente – este meu inquebrantável otimismo! – acabar com o estrangulamento da via no local, duplicando-a entre as duas rotundas.

O presidente da Associação Empresarial da Região da Guarda indignou-se, muito justamente, com o chumbo, por parte da maioria parlamentar, do projeto, pare eles, deputados da Nação, de todo singular, da reposição, modernizada, da ligação ferroviária daquela cidade à Covilhã, na linha da Beira Baixa. Se fosse entre o Rossio e a Betesga, ainda se entenderia, mas ali?!

Espetáculos em três praças, fogo-de-artifício no Mondego, e as doze badaladas no relógio da Torre – agora sim, a Universidade mais próxima da cidade! – dão as boas vindas ao novo ano. Bom Ano Novo.


António Cabral de Oliveira

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