sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A 14 de dezembro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

A “inquietante” questão de um trampolim (a propósito da sua cedência ao Vigor) preocupou, notoriamente, durante a sua última reunião plenária, o executivo camarário, sobretudo por não perceber a razão da permanência do equipamento no município. Mas que, afinal, se me prefigura fácil de deslindar: é, com certeza – mais para políticos do que ginastas –, para o alcançar de melhores saltos, fazer mais altos voos...

O eventual abate ilegal de 30(!) sobreiros no planalto de Santa Clara poderá inviabilizar(?), dizem alguns, o IKEA em Coimbra. E é por estas e por outras que me pergunto, em relação a gente assim tão ligada à defesa da árvore, porque é que não os vejo ao lado dos bombeiros a combater os incêndios florestais, porque não está já completamente reflorestado, apenas um exemplo, o rarefeito Choupal? Respeito, por inteiro, naturalmente, os princípios que os motivarão. Mas importa, sobretudo, que de tão rigorosas posturas cívicas resultem benefícios para as comunidades e não, apenas, entraves, ou tentativas de entrave, a qualquer sorte de desenvolvimento. Sempre, apenas para eles – definitivamente fundamentalistas – não sustentado. E que tal se o Grupo das Florestas da Quercus fosse, antes, em defesa efetiva do chaparro, e passando do discurso à ação, plantar, onde quer que seja, não 30, mas trezentos, talvez mesmo três mil sobreiros?...

 O pavilhão desportivo projetado – e adjudicado – para o Vale das Flores já não irá, receia-se, ser construído. A falência do empreiteiro (e a falta de dinheiro) justificará o chumbo da agora maioria socialista, que em boa verdade nunca gostou da iniciativa, enquanto a atual minoria parece que não quer, ou não sabe, defender, hoje, o que ontem aprovou. Oxalá não percamos, lamentavelmente, o equipamento...ganhando, antes, o pagamento de uma indemnização a uma qualquer parte interessada no concurso!

Na beleza da sua franciscana simplicidade, mesmo assim melhor do que nada, lá se inauguraram – a propósito, na Portagem, é a árvore está por cima da estátua de Joaquim António de Aguiar, ou foi o mata-frades que ficou por baixo? – as iluminações de Natal na cidade. Em paralelo (certamente por questões de segurança na integridade das imagens, que não para desvalorizar o profundo significado e a valia da obra) o presépio de Cabral Antunes, depois do átrio dos Paços do Município, foi parar, este ano, a uma montra do edifício Chiado. Que, ao menos, a título de exemplo para os muitos comerciantes da Baixa que não o fazem, vai estar aberto aos domingos durante a época natalícia.

No fecho das celebrações dos 50 anos do estádio universitário – se calhar só se justificará voltar a falar dele nos jornais daqui a mais cinco décadas, então para se lamentar a degradação do centenário equipamento! – afinal (connosco, de tal jeito injustamente críticos, a dizer que nada se faz) algo ficou de novo para os tempos futuros: a placa comemorativa da efeméride…

Depois de, por fim, ter encontrado uma solução diretiva na crise que quase permanentemente o abala, o basquetebol da Académica decidiu, há dias, com realismo, diga o que disser quem quer que seja, desistir da Liga (sénior, profissional). E enveredar, como caminho de futuro, o único sensato e viável, para uma reestruturação com base na formação.

É apenas uma suspeita, mas só o admitir a existência de fraude, nas recentes eleições, é, para a AAC e o que ela representa, uma imensa vergonha; Cidadãos Por Coimbra convocaram uma conferência de imprensa para a entrada da câmara municipal – onde é que já vimos isto? – em protesto pela não criação de condições de trabalho ao seu vereador eleito; Vitalino Santos, um rapaz quase do meu tempo, venceu, parabéns, o prémio de jornalismo Adriano Lucas; Paulo Barradas, da Bluepharma, é, justíssimo, o "Empreendedor do Ano"; e foi notícia a divulgação de um trabalho do Observatório sobre Crises e Alternativas, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra...apresentado em Lisboa!


António Cabral de Oliveira

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