terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Imagens de uma casinha linda que nunca existiu
















Quando se abriu uma excepção (aliás, justíssima) no universo PL de Coimbra e um dos dez foi estudar para fora, porque na Universidade (vai mesmo assim, pois as outras são só universidades...) ainda não havia o curso de Arquitectura, poucos imaginariam que, algumas décadas volvidas (sim, M., tudo isto já se passou nos idos anos setenta do século passado...), a profissão mais em voga na família fosse precisamente aquela em que se fazem uns desenhos que, mais tarde, eventualmente (ou até improvavelmente..., como se verá adiante!) se irão transformar em edifícios a três dimensões (maquetes não contam...). Ora, a verdade é que depois do pioneiro M. que, agitação política daqueles tempos e vontade de arejar obligent, não fez a coisa por menos e depressa largou a Invicta e veio receber o canudo à capital, o seu primogénito R., na esteira da prima Maggie (esta alcunha não terá qualquer coisa de tatcheriano, ó sobrinha? Cf. música alusiva do grupo de ska dos eighties The Beat) e a agora até a sua blonde sister (sim, porque agora até as loiras já julgam que podem ser arquitectas) quiseram também ser colegas do inefável director do semanário Sol que, se tinha tanto jeito para a arquitectura como revela para a literatura, a paisagem urbanística nacional muito ficou a ganhar com a inflexão vocacional daquele que é também o sobrinho do não menos inefável antigo Ministro da Educação do Estado Novo.
Toda esta prosa serve para emoldurar três documentos inéditos de inestimável valor que agora lanço na rede. Na verdade quando a segunda vaga eborense dos PL chegou à planície, naquilo a que C. costuma designar por reconquista cristã (que, como se dizia nas aulas de História de uma tal stora Deolinda, foi um processo de avanços e recuos...), M. desenhou um projecto para uma casa, em pleno bairro da Malagueira (drawn by Siza himself!), que nunca chegou a ser edificada. Lá está o que há pouco eu dizia... [Os magníficos esforços de M. e da sua gente para acolher os neófitos alentejanos seriam mais tarde recompensados, já que nós ficámos a ganhar, julgo eu, com a actual mansão na Onofre da Silva!].
Mas a verdade é que os norte-europeus recém-chegados ficaram logo esclarecidos acerca da probidade moral dos indígenas mouros que, mal perceberam que a sua casa poderia ficar bem servida com este projecto, desistiram de a vender e, ao que me lembro, aproveitaram a solução concebida pelo então ainda não vereador da edilidade. E assim esta casinha linda nunca o chegou a ser...
PS: Por falar em arquitectos PL, devo confessar - sem grandes remorsos, aliás - que poucas coisas me davam mais gozo do que dizer, repetidamente, a Mãe T que o melhor e o mais famoso de todos eles era um tal JMR. E a fúria, como devem imaginar, era garantida...





3 comentários:

  1. Gostei! :)
    E posso já adiantar que hoje entreguei a minha dissertação de mestrado o que quer dizer que muito em breve haverá mais um arquitecto PL.

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  2. boa prima :D
    agora so falta defender! Já há data?

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  3. ainda não... apenas sei que será depois de dia 12 de janeiro, porque antes disso o meu orientador não está disponível... mais que isso não sei.
    Mas mal saiba, serás informada e os restantes PLs de Coimbra. ;)

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