sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Hoje fui comprar um livro do Jorge Listopad...

Perguntam-me, por certo, qual o interesse dos leitores da "Maré" em saberem deste facto?
Há quase 30 anos atrás, naquelas tardes de verdadeiro ócio passadas na sala de estar a ler o DN (ainda não havia o Público, muito menos o i), em vez de estudar Análise Infinitesimal, ou Álgebera Linear, lembro-me de uma vez de falar com a Mãe sobre as irritantes, na altura e para mim, crónicas do Jorge Listopad que apareciam na última página do DN. "Pois, eu gosto muito de as ler! Acho que o Jorge Listopad tem imensa piada!" - Disse-me a Mãe. A partir daí falámos sobre as crónicas do Listopad, tendo a Mãe resgatado três ou quatro DN´s da famosa pilha de jornais do Pai, para me convencer que a minha irritação não tinha razão de ser! O certo é que a partir daí comecei a ler as crónicas com outros olhos...e, sobretudo, com outro gosto!
De tal maneira, que quando hoje vi na Bertrand um livro do Jorge Listopad ("O Jardim fecha às 18:30", com Pósfacio de Eduardo Lourenço), não pude deixar de me lembrar deste episódio. Claro, comprei o livro!
"Estou pois, amargo e feliz, em Portugal, porque tenho de estar algures; mas algures é sempre lá, onde poderíamos não estar, numa desgarrada heterotopia." - pode-se ler na página 97 (Biografia de Cristal, 1992). Obrigado Mãe!

3 comentários:

  1. ZN: é a edição da quasinovi de 2004? Como se chama o texto do pos-fácio de EL?

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  2. As tardes de Sábado na Rua Gen. Humberto Delgado tinham um sabor muito especial ...
    Mesmo com tempo cinzento e muita chuva, as conversas eram sempre animadas (verdade seja dita que a contribuição de JT era essencial para a animação inicial)! Pelas 17h, a Mãe, invariavelmente, dizia: «Vamos tomar um chá? Já são horas de lanche para os pequenos.» E a conversa continuava no mesmo ritmo.
    E só muito perto das 20h é que me dava conta que eram horas de jantar, o L. e a N. ainda não tinham tomado banho e era preciso rapidamente voltar para casa.

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  3. JT, o posfácio do EL chama-se “Viagem ao Coração do Tempo”. Sim, a edição é de 2004 da Quasi.

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