quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

FELIZ 2010
















FELIZ 2010 PARA TODOS OS PL E "ASSOCIADOS"!!! :)

Espera-se um princípio de década magnífico!
Eis alguns - e apenas alguns! - exemplos de quão prometedores serão os próximos tempos:
1) a obra de E. L. vai ser reeditada (e parece que, em parte, também se editarão alguns originais até agora desconhecidos do grande público), e JT terá um papel determinante nesse trabalho! Só não se compreende a razão pela qual E. L. na conversa com a "Clarinha" (palavras suas) da "Única" de hoje fala apenas num João Nuno Alçada e não em JT! Uma falha de "Clarinha" (há que dar conta disto a Vasco P.V.)!
2) ZG, de vitória em vitória (com algumas lesões pelo meio, é certo) caminha rumo à Europa. Será 2010 um ano afrancesado??
3) TPL editará, finalmente, o seu manual. Uma obra que a comunidade académica espera com expectativa!
4) Maggie será a novel arquitecta da Família! Onde prosseguirá a sua formação? Na barroca Viena ou no tropical Brasil??

5) espera-se que o Encontro da Foz do Arelho reúna ainda mais gente (houve ainda umas ausências muito notadas, este ano), e que continue a ser superiormente organizado por ZN!
6) e espera-se, também, que o Maré Cheia continue de vento em popa, e que cada vez mais os PL aqui colaborem!
E, em paralelo, é um ano especial para a lusofonia (pois, eu não podia mesmo deixar de acrescentar isto!). Em 2010

a) chega o novo acordo! Fora com o aborrecido do Vasco G. M.! Viva o acordo!
b) para além do centenário da República (algo particularmente doloroso a ACO), celebram-se os 500 anos da "chegada" (enfim, forte eufemismo!) dos portugueses a Goa! Não se relembram aqui as conquistas de Afonso de Albuquerque e de D. João de Castro (pedem-se desculpas aos "associados" aparentados com estas duas individualidades) mas a criação da comunidade goesa - tão paradoxalmente original como insólita!

5 comentários:

  1. Caro Luís, o Vasco Graça Moura (VGM) é um excelente poeta e a eles perdoa-se quase tudo!
    Mas o mais grave é que ele tem toda a razão!!!!
    O Novo Acordo Ortográfico só pode ter sido pensado por analfabetos ou quase...por detrás estão os interesses das fortíssimas editoras brasileiras - que admito não serem más nas áreas da literatura e ciências humanas, mas nas outras ciências e na engenharia são quase sempre um desastre, não no número de vendas, mas na qualidade das obras que publicam (underdog!)! Claro que as nossas editoras pensam que vão vender alguma coisa no Brasil, puro engano!
    O Malaca Casteleiro é um pobre coitado que fez um dicionário de segunda e conseguiu convecer os velhinhos da Academia das Ciências a publicarem-no como Dicionário da Academia! Mas o VGM (parece-me que ele agora pertence à Academia, mas o Braga Macedo também, logo não será um sítio muito recomendado para se frequentar!) lembrou e muito bem, na altura, que o tal dicionário tinha muitas falhas gritantes, como, por exemplo, a ausência de Loxodromia, palavra inventada por Pedro Nunes para classificar linhas de navegação com rumo constante. Ironia das ironias: As Obras de Pedro Nunes foram reeditadas pela Academia, uns anos antes!!!
    A Avó Talinha também não tinha boa impressão do Malaca...
    Os brasileiros nunca irão seguir o Novo Acordo Ortográfico, só se houver uma revolução na educação brasileira - que está a anos de luz atrás da nossa!

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  2. Esqueci-me do mais importante: FELIZ ANO PARA TODOS!!!!
    BOM ANO DE 2010 (com ou sem Acordo Ortográfico)com saúde, boa disposição, sucessos académicos, profissionais, desportivos, familiares, etc.

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  3. ZN,
    É verdade que o acordo pode não ser perfeito (e não é, realmente, estando mesmo longe disso), mas, na minha opinião, o mais importante é haver uma base comum para que possa existir entre todos os PALOP, Portugal e o Brasil uma (mais) livre circulação de informação e ideias. E isso, para mim, vale mais do que qualquer imperfeição. Quando dei Soc. Jurídica, o manual que havia disponível em Portugal era uma relíquia do final dos anos 70, que ainda falava em Guerra Fria. Nesse mesmo semestre, saíram (que eu saiba), no Brasil, pelo menos 3 manuais - que eu não pude sequer adoptar por "ainda não haver acordo". Talvez entre eles existisse um bom. Tive de adoptar um francês (excelente, por sinal), mas os meus alunos nem inglês ler conseguem...

    Quando vivi em Sevilha, apercebi-me da importância que os espanhóis davam a uma certa uniformidade linguística (no caso deles, pareceu-me, com diferenças muito mais abissais entre países do que no nosso), e gostei da grande quantidade de obras que circulavam no "espaço do castelhano".

    Eu, em Portugal, para conseguir rapidamente um livro brasileiro menos comercial (Paulo Coelho há em todo o lado, é verdade), tenho de ir àquela livraria do Combro.

    Quanto ao dicionário da Academia, é verdade que tem muitos erros e disparates, e que está longe de estar completo. Para mim, o "grande" dicionário é o Houaiss. Se calhar, se houvesse acordo, o Houaiss teria substituído o Dic. Academia. Lembro-me que quando ambos saíram lhes fiz o "teste goês". E tentei ver em cada um deles uma série de localismos e regionalismos (nomeadamente tanga, um imposto local). Claro está que só vem no Houaiss.

    Os acordos são sempre imperfeitos, e este pode ser especialmente mau e bem resultado da vontade brasileira. Mas a verdade é que também se pode alegar que as editoras portuguesas estão a fazer tudo para travar o acordo para manter para si o futuro mercado angolano.
    Eu acho que a língua não é nossa: é de portugueses, brasileiros, angolanos, moçambicanos, etc, etc...e é por isso que vale a pena ser preservada.

    Por fim, não resisto a citar o texto de um velho goês, publicado na 1º página de um livro que editou em 1953, na sequência de algumas reformas da língua. Segundo Rodrigo Wolfgango Robusto (com este nome, só podia mesmo ser goês!):

    "AO ABRIR. Os mistérios fatais de ortografia moderna devem decerto dar origem a que se insinuassem neste opúsculo vários erros - a correcção deixa-a o autor à inteligência e ao bom-senso do benévolo leitor".

    Fico muito feliz por o Maré Cheia ser também um espaço onde se pode debater o acordo. Infelizmente, as autoridades nacionais não consideram ser essa uma prioridade. E essa indiferença é, a meu ver, no mínimo estranha.

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  4. Pergunto: qual a sanção em que incorre quem não respeitar o futuro (?) acordo ortografico?
    Nas escolas e universidades, nenhum estudante irá sair prejudicado, pois não? Se os seus problemas com a escrita e a leitura da língua fossem só esses...
    Algum livro ou jornal será impedido de ser publicado? Não continuam a MRP (sei lá...) e LA (a sua entrevista no "i" à luminosa Guta é claramente um dos momentos altos do ano...)a escrever e a publicar, apesar de todo o mal que fazem à língua?!
    Não sei se repararam, mas não escrevi a "nossa língua", porque essa expressão não só é irritante como, do meu ponto de vista, pode ser falsa. Escreve um autor muito citado (e às vezes com alguma perfídia) em "Maré Cheia": «Não pode dizer-se de língua alguma que ela é uma invenção do povo que a fala. O contrário seria mais exacto. É ela que o inventa. A língua portuguesa é menos a língua que os Portugueses falam do que a voz que 'fala' os Portugueses». Vale a pena procurar o texto que leva o título "A chama plural" e lê-lo na íntegra. Não por qualquer espécie de princípio de autoridade e, por isso, desculpa lá ZN!, o facto do VGM ser um bom poeta (admito que sim...) não valida automaticamente tudo o que dele procede. Podemos falar do seus comentários políticos (alguns deles acerca do teu ex-vizinho... que, concordo plenamente, é um dos maiores bluffs da nossa democracia... Idiota por idiota, prefiro 1000 vezes o rapazinho da Figueira). Mas também do seu primogénito que foi meu companheiro de armas em Tavira. Bom rapaz, mas que (se bem me recordo...) devia muito pouco à inteligência.
    E, especificamente, sobre o acordo?
    Confesso que, sendo eu um leitor assíduo do jornal "Record" que, há cerca de um ano, adoptou a nova grafia, ao princípio fez-me alguma impressão, mas agora já nem reparo. Por isso...
    Quanto à eficácia política e cultural do acordo, confesso que tenho mais reticências. Pelo menos, a curto prazo. Mas a verdade é que me parece um pouco incompreensível que não procuremos entrar de modo mais decidido no mercado livreiro e cultural do Brasil. Ou melhor que não tentemos fazer com eles um grande mercado (concordo com LCO, os espanhóis fazem isso com os ibero-americanos). A verdade é que os brasileiros têm de tudo: coisas óptimas e péssimas, mas como pode um verdadeiro PL virar as costas a um país com uma vitalidade daquelas?
    Por mim, não me importava nada de ir para lá viver... Estou um bocadito farta deste asilo de idosos em que se converteu a Velha Europa. Talvez um dia ou um ano destes me aventure, como alguns dos nossos ilustres antecedentes...
    Confesso que não sou tão sensível ao que se passou, se passa e passará nos outros pontos da CPLP, mas acho que devemos apostar a sério nesta comunidade. Espero que o acordo (que foi aprovado democraticamente...) possa dar uma ajuda...
    Sem a língua que nos fala, o que poderemos vir a ser no futuro? Não me apetece nada ser apenas uma espécie de Luxemburgo com sol!

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  5. LCO: esqueci-me de dizer. O rapaz de que fala o entrevistado à Clarinha já colaborou (sem o saber, é verdade) no Maré Cheia. Cf. post de 18 de Dezembro e comentário explicativo de quem o escreveu.
    Também aqui o nosso blog dá cartas...

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