quarta-feira, 5 de junho de 2013

A 18 de maio ACO escreveu ...


RIO ACIMA, SEM MOTOR    
Capaz do melhor e do pior, está visto, a Universidade de Coimbra foi classificada pelo "QS World University Rankings", para além de a posicionar no top 200 a nível mundial em ambas as áreas, como a melhor portuguesa em direito e uma das três melhores na engenharia civil (parabéns para as duas Faculdades), isto enquanto, entre as seis ali referenciadas, surge em último lugar do Ranking CWTS, publicado pela Universidade de Leiden. Perguntando-me como é possível, valham eles o que valerem, que as Escolas de Coimbra não surjam sempre, necessariamente, em lugar destacado neste tipo de classificações, fico a pensar o que andam afinal a fazer, nas suas imensas responsabilidades científicas, tantos dos membros da nossa comunidade universitária...
A cidade celebra hoje o Dia Internacional dos Museus – e é a única que o faz em conjunto – com o projeto "Coimbra – Rede de Museus", que reúne, através da troca de peças, mas também de um vasto conjunto de iniciativas, dia e noite, ainda ao longo do ano, dez unidades que entretanto assinaram um protocolo agregador. Tome-se, pois, o roteiro, e vamos, urbe fora, comemorar...
Continuo a não conseguir alcançar o interesse comunitário da colocação dissimulada de radares, em viaturas descaracterizadas, na circular externa Coimbra, uma via cuja tipologia e ausência de sinistralidade relevante aconselhariam um limite de velocidade naturalmente superior aos risíveis (e quase impossíveis de cumprir) 70 km/hora previstos. As patrulhas estarão, evidentemente, a agir pela Lei. Mas estarão a fazê-lo, também, pela Grei?
Bombeiros testaram, através de um simulacro, os sistemas de segurança dos HUC. A avaliar pelas declarações finais dos responsáveis, parece tudo ter corrido de forma perfeita. O que poderá não acontecer, receamo-lo, se, para além da excelência do pessoal e da boa qualidade do equipamento já disponível, os bombeiros tivessem de combater o "incêndio" não no quinto, mas no décimo segundo piso...
A Quinta das Lágrimas apresentou a sua nova carta para os tempos quentes que se aproximam, uma cuidada e saborosa ementa, muito na linha do Chefe Albano – particularmente bons o rodovalho com molho de verdelho da Madeira e as cerejas do Fundão com gelado de canela –, bem acolitada por vinhos da (também nossa) Ideal Drinks, aqui com particular destaque para um Colinas tinto, reserva de 2008, que, confirmava-nos a sua enóloga Agostinha Marques, vai ainda evoluir em garrafa. Enfim, uma jornada gastronómica sem ostentações de maior, corretamente servida pela equipa do Arcadas, e que, apesar da ausência de Miguel Júdice, poderá querer significar empenhamento na reconquista, que Coimbra e as Beiras apreciariam, da, este ano lamentavelmente perdida, e talvez assim apenas cadente, estrela Michelin...
Embora não haja pessoas insubstituíveis, há algumas que o são mais do que outras, como acontece com Pedro Rocha Santos, fundador e sempre presidente do JAAC, que, dez anos depois, deixa agora o cargo para o seu ex-vice, José Miguel Pereira, outro nome que dá garantias de futuro qualificado a uma instituição que promove, de 30 de maio a 1 de junho, o novo festival Jazz ao Centro, este ano, em programa rico e variado, designadamente com o saxofonista Evan Parker, a garantir, seguramente, belíssimos espetáculos.
O correio normal enviado de Coimbra para Coimbra, imagine-se, vai ter de ir a Lisboa para, depois... aqui regressar! Confuso? Não, apenas – haja quem mo explique – o resultado da transferência para a capital (enquanto não vai para Madrid) de parte dos serviços até agora realizados pelo Centro de Produção e Logística do Centro, em Taveiro. Absolutamente impensável e inadmissível... a não ser no que resta deste país!
Manuel Machado apresentou, oficialmente, a sua (re)candidatura à Câmara; a Académica lá garantiu – sempre o mesmo sofrimento, que nem a habituação cauteriza –, na penúltima jornada, a permanência na Liga de futebol; a rotunda do Almegue, junto à Escola Agrícola (acho bem porquanto, mais do que uma dificuldade, é um perigo abordá-la), vai ser semaforizada; e o Estado, antes tarde do que nunca, quer classificar como de interesse nacional o conjunto – onde é que nós já ouvimos falar dele? – Universidade, Alta e Sofia...
António Cabral de Oliveira

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