sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A 26 de janeiro ACO escreveu ...


RIO ACIMA, SEM MOTOR
Algumas individualidades de muito prestígio e muitas de algum valimento passam a integrar (ainda) o (demasiado influente) corpo de personalidades externas cooptadas pelo Conselho Geral da Universidade de Coimbra. Assim aquém de expectativas legítimas, tudo, enfim, perante a plácida tranquilidade das Escolas…
Vento e chuva deixaram um rastro de destruição em Coimbra e região, com evidentes estragos para muitos cidadãos, também para a comunidade que, logo após a tormenta devastadora, se sentiu mais pobre nas, como tão bem disse Barbosa de Melo, “coisas bonitas que se perderam”. Já bem pouco bonito foi o aproveitamento político do líder socialista Pedro Coimbra, expresso em habitual coluna de opinião, e que, estou absolutamente seguro, não é compartilhado pela generalidade dos seus correligionários.
Um brutal choque de comboios cerca de Alfarelos (felizmente, parece impossível, sem danos de maior para os passageiros, mas com elevados prejuízos materiais), testou, com resposta muito positiva – valha-nos ao menos essa certeza já que, de todo, não entendo como pode acontecer um tal acidente – os meios de socorro da região e a capacidade de mobilização dos hospitais. Pior foi o corte, ao longo de três longos dias, da Linha do Norte, em ambos os sentidos, a evidenciar-nos, também nesse aspeto, a importância do país dispor de uma (boa) alternativa ferroviária através da Linha do Oeste. E ainda querem retirar, Deus os ajude, os carris do ramal Figueira da Foz-Pampilhosa!...
O Movimento Ideais do Centro, até me custa a acreditar, defende a dispersão de ministérios um pouco por todo o país, género Finanças no Porto, Saúde em Évora, Educação em Coimbra, Mar em Aveiro, Indústria em Leiria, Turismo em Faro, Justiça em Bragança, ideia não absolutamente peregrina que, julgo, seria disparate enorme e impossível, desde logo inviabilizador – se agora já é o que é! – de indispensável coordenação governamental. Coisa diversa seria já, neste tempo de comunicação imediata, a localização de instâncias como os Tribunais Constitucional e de Contas, Provedorias e Institutos, nos cada vez mais abandonados subúrbios, como recentemente alguém lhe chamava, da centralizadíssima Lisboa. Entretanto, aí muito bem, o MIC promoveu em Miranda do Corvo – teremos de esperar para ver no que a iniciativa de Jaime Ramos vai dar – o primeiro Encontro Nacional de Movimentos Cívicos.
Cumprindo, sempre prazenteiramente, tradição anual, lá me desloquei à “Capital Universal da Chanfana” para degustar … um belo arroz de bucho! De facto, desculpa Jaime, e ao contrário da família, não aprecio (não posso dizer não gosto, antes que minha Mãe, em favor das boas maneiras, me aplique antigo corretivo) o tão cantado “Manjar dos Deuses” – que tamanho exagero para uma simples carne de cabra, ainda por cima de preferência velha, cozida em vinho –, mas estimo, isso sim, e muito, o excelente trabalho feito, ao longo de tantos anos, em favor de Poiares. Entretanto, celebrando outra das nossas iguarias gastronómicas, Penacova declarou aberta, fazem o favor, senhoras e senhores, a época da lampreia.
A Região Centro é a única candidata portuguesa ao galardão de Região Europeia de Referência para o Envelhecimento Ativo e Saudável, projecto que visa melhorar a qualidade de vida dos idosos e garantir a sustentabilidade do sistema de saúde; a ANAI – Universidade do Tempo Livre, bem a propósito, inaugurou novas instalações na Pedro Monteiro – um dia destes, por fim, prometem, com boas protecções nos passeios sobre a Sereia –, assim ganhando em acessibilidade; Coimbra quer acolher os EUSA Games 2016 (o maior evento multidesportivo de estudantes do ensino superior da Europa) para o que necessita ter recuperado, naturalmente pela administração central, o seu estádio universitário; João de Deus Ramos, antigo embaixador especialmente dedicado às relações com o Oriente, venceu o prestigiado Prémio Universidade de Coimbra; Ricardo Morgado, empossado como presidente reeleito da AAC, garantiu, com graça, que, embora sem ter nada contra ele, será, mais experiente e preparado, melhor que o anterior no serviço à academia; e, depois de Manuel Machado, pelo PS, João Paulo Barbosa de Melo é, oficialmente, o candidato do PSD à Câmara de Coimbra.
António Cabral de Oliveira

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