sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A 2 de fevereiro ACO escreveu ...


RIO ACIMA, SEM MOTOR
Conversas e debates, edições e reedições, música, teatro, exposições e uma placa são, nomeadamente, atos festivos previstos para a comemoração dos 500 anos da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Sem questionar a programação delineada, julgamos, contudo, que a melhor forma de celebrar a efeméride seria, nem mais, a abertura da livraria à hora de almoço, também até à meia-noite, para que todos – sem estarmos sujeitos ao impensável horário 9-13 / 14-17 h – possamos bem usufruir a “maior biblioteca universitária de todo o mundo lusófono”. E já agora, quando parece não termos ambição para exigir a transformação da atual penitenciária em grande Biblioteca e Museu da Língua Portuguesa, ao menos que se alcance o concretizar da solução, sempre limitada, também adiada, de aproveitamento de espaços das Físicas e das Químicas para arquivo morto. Mesmo sabendo haver “outras prioridades”, sempre as mesmas, sempre de pendor tecnológico.
Paulo Júlio, ainda com um pouco de vergonha política na cara, decidiu, contrariando os “princípios” do seu ministro, afastar-se do governo. Pena que Relvas, já que não o antecedeu na atitude – e eram tantas as razões! – não tenha aproveitado a oportunidade para lhe seguir as íntegras pisadas. Só lhe ficava bem e os portugueses, fartos de repetidas trapalhadas, cansados das reiteradas agressões ao poder local, ficariam gratos, muito gratos…
A Câmara Municipal de Coimbra adjudicou amplo, indispensável e urgente conjunto de obras de recuperação de pavimentos em diversas artérias da cidade, ainda, e por fim – se não erro, ouço falar desses trabalhos pelo menos desde meados do passado ano –, a correção da curva da Gouveia Monteiro, avenida de acesso aos HUC construída seguramente com tanto de boa vontade quanto de inépcia técnica. E assim, melhor do que nunca, tarde se endireita o que tão torto nasceu...
Por falar em vias urbanas, a Mendes Siva é, para a Streetics, sítio da internet que avalia a qualidade de vida em diferentes ruas, a mais interessante zona para viver em Coimbra (lembrar-me eu, nomeadamente, das infindas críticas à autorização de construção de grandes superfícies); e a Associação Académica de Coimbra – mau grado tanto potencial, tanta juventude ainda tão desaproveitada, desde logo quando olhamos o estado em que deixamos permaneça o estádio soberbamente localizado na margem esquerda do Mondego – foi, representando a Universidade, distinguida pela EUSA, em terceiro ano consecutivo, como a melhor em desporto universitário na Europa.
O Movimento Cívico que defende o Metro vai convidar deputados da Assembleia da República e do Parlamento Europeu para visitarem as obras (paradas) do Ramal da Lousã, enquanto terá deixado cair – ou, minimamente, decidido adiar – essa ideia estranha de se constituir, parece uma fixação, em partido político; a Figueira com Sabor a Mar anunciou seis festivais de peixe – que, esperamos, sejam de facto “dos mais nobres da nossa costa”, e não, também da nossa costa, de segunda escolha ou de tanques de aquacultura – designadamente do sável e da lampreia, da sardinha, mariscos e caldeiradas; e, depois de Xavier Viegas, professor universitário ligado à questão dos fogos florestais, foi agora – quem se seguirá? – a vez do presidente da CCDRC, Pedro Saraiva, por igual docente da UC, se mostrar surpreendido com as más condições do quartel dos Bombeiros Voluntários de Coimbra: com tanto espanto, dou comigo a perguntar se estes cidadãos, com percursos de vida tão notáveis e recheados de enormes responsabilidades públicas, sabem, de facto, onde vivem…
António Cabral de Oliveira

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