RIO
ACIMA, SEM MOTOR
Está
aprovada a chamada Lei da Reorganização Administrativa do Território das
Freguesias, sofisma que serve para dizer que – sempre o elo mais fraco – estão,
por agora, de entre elas, 1.165 oficialmente extintas. Depois de alcançado este
propósito político – e quanta falta vão fazer a tantos portugueses esquecidos,
sobretudo nas zonas rurais, aquelas gavinhas de proximidade –, o governo, leia-se
o ministro Relvas, pode dar continuidade ao seu desígnio maior, não me canso de
o afirmar, de, enquanto enfraquece os municípios (a passarem, neste momento
histórico, pela contingência de nomeação de gestores financeiros externos, com
direito de veto, em obscena agressão da sua autonomia e dignidade democráticas),
procurar perpetuar o adiamento da regionalização administrativa do país. Que a
Constituição – seja lá o que for que dela ainda sobra – inscreve, e o bom
senso, julgamos, parece aconselhar.
A
Direção Regional de Educação do Centro – e essa, para além de noticiadas novas
guerras do Alecrim e Manjerona, é a questão que verdadeiramente interessa –
deve fechar portas por estes dias, para se transformar em simples direção de
serviços. Com a insolência própria dos que sustentam que a crise tudo
justifica, vai-se concretizando a morte dos instrumentos da proscrita
regionalização, mesmo quando, entretanto, como me dizem ser o caso das DRE, se
conclui, internamente, no seio do executivo, pela sua indispensabilidade…
De
acordo com um estudo da Estradas de Portugal, o distrito de Coimbra (mas,
afinal, acabaram ou não?) é, na Região Centro, um dos que apresenta maior
extensão de rodovias em estado degradado. O que – basta andar por aí – não
surpreende ninguém. À semelhança, aliás, do que acontece, preocupante, e a
exigir imediata atenção da Câmara Municipal, com muitos dos pisos da cidade (um
perigo para a circulação automóvel) cada vez mais com outros e maiores buracos.
O
treinador da Académica – uma palavra, hoje, para o futebol –, não querendo
valorizar em demasia a atual classificação na Liga, diz que “nem olhamos para a
tabela”. A diferença (e, talvez mesmo, problema) é que nós, adeptos, a olhamos.
E preocupados…
Em entrevista, o comandante da PSP relevava, quando comparada com Lisboa e Porto, o paraíso que, em termos de segurança, e apesar de tudo, acrescento eu, é ainda Coimbra. Sem deslumbramentos, que frequentemente conduzem a quadros desastrosos, fruamos, e façamos por manter, pois, a nossa qualidade de vida. Entretanto, o mesmo responsável sublinhava dificuldades em termos de instalações, queixume que, afinal nos dá razão quando antecipávamos, logo à data da sua construção – não posso, assim, ser acusado de ter a mania das grandezas, antes gosto de procurar pensar mais além, eventualmente com recurso à chamada obra evolutiva –, que o edifício parecia mais adequado a esquadra local do que a comando distrital. Mas valha-nos a existência de terreno contíguo para futura (quando possível) expansão, que importa, desde já, reservar para tal fim.
Em entrevista, o comandante da PSP relevava, quando comparada com Lisboa e Porto, o paraíso que, em termos de segurança, e apesar de tudo, acrescento eu, é ainda Coimbra. Sem deslumbramentos, que frequentemente conduzem a quadros desastrosos, fruamos, e façamos por manter, pois, a nossa qualidade de vida. Entretanto, o mesmo responsável sublinhava dificuldades em termos de instalações, queixume que, afinal nos dá razão quando antecipávamos, logo à data da sua construção – não posso, assim, ser acusado de ter a mania das grandezas, antes gosto de procurar pensar mais além, eventualmente com recurso à chamada obra evolutiva –, que o edifício parecia mais adequado a esquadra local do que a comando distrital. Mas valha-nos a existência de terreno contíguo para futura (quando possível) expansão, que importa, desde já, reservar para tal fim.
Anuncia-se
(mais) uma rotunda na Estrada da Beira, no cruzamento com a Paulo Quintela,
como forma, supõe-se, de minimizar – mas apenas em parte, receio – as
dificuldades tráfego que ali se verificam. Julgando que seria melhor solução a
construção de uma terceira via, central, apenas para servir os fluxos de
trânsito que, originários do Alto de S. João, desejem cortar à esquerda, ou,
mais simples, rápido e económico, o marcar de um traço contínuo em toda a sua
extensão, obrigando a uma circulação entre as rotundas da ex-Makro e Monsenhor
Nunes Pereira, quero, contudo, acreditar na solução técnica da divisão de
trânsito da CMC. Mas também quero não voltar a ficar parado, tempos sem fim,
atrás de quem intenta, justamente, cortar para aquelas artérias e tem de
esperar por rara oportunidade nas filas vindas dos lados do Calhabé…
Porque,
na presente conjuntura, não poderemos augurar, em verdade, como era da
tradição, um Próspero Ano Novo, votos, para todos, de um Bom Ano 2013.
António Cabral de Oliveira
António Cabral de Oliveira
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