sábado, 12 de setembro de 2015

A 27 de junho ACO escreveu

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Na próxima terça-feira, dia 30 de junho, acaba a "Águas do Mondego", substituída por essa coisa abstrusa designada por "Águas do Centro Litoral". Viva o Poder Central(izador), abaixo o Poder Local Democrático, gritará, para se ouvir em Portugal inteiro, o Terreiro do Paço. Valha-nos, se vier a ser o caso, não a política, antes a Justiça!

Pronto. O reitor da UC voltou ao discurso miserabilista para dizer que o plano de ação desenhado na candidatura à UNESCO da "Universidade, Alta e Sofia", que prevê inúmeras intervenções de reabilitação e novas construções, vai ser "seguramente" revisto "num sentido de maior modéstia". Se nem para o património da mais antiga universidade portuguesa – e uma das mais vetustas de toda a Europa – há dinheiro, haverá para quê? Sejamos reivindicativos, Magnífico, e mais, muito mais exigentes. Pelo menos no pedir.

A Fundação Inês de Castro deu a conhecer, na Quinta das Lágrimas, a programação, de novo com grande qualidade, do 7º. Festival das Artes, este ano uma Festa que decorre de 16 a 28 de julho. E a que a cidade, a exemplo, marcante, do que sucedeu nas anteriores edições, vai, participando massivamente, voltar a chamar seu. Também porque, como bem sublinhava José Miguel Júdice, o é. De facto, e por propósito.

Na permanente delapidação de serviços que incessantemente continua a afetar Coimbra, o Ministério da Saúde tem previsto, agora, já até 31 de julho – pimba, lá vai mais um – a desativação do laboratório de saúde pública. Bem poderia, o MS, deixar de nos atribuir tantas medalhas de ouro, e passar a cuidar, antes, isso sim, de garantir, ao invés de prémios avulsos, a generalizada qualidade na prestação de cuidados...

Seguramente não para compensar a ausência, em 2014, de qualquer distinção maior do município, a câmara, este ano, vai já, todas justíssimas, na atribuição de três medalhas de ouro. Depois de Manuel Alegre e dos Bombeiros Voluntários de Brasfemes, foi agora aprovada, também por unanimidade e aclamação, a sua outorga à Universidade de Coimbra. E ficou por assinalar, lembro-me assim de repente, por exemplo, coisa nada menor, o centenário da instalação da GNR na cidade...

A União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas promove hoje, para bicicletas, a 1.a Subida Mítica da Ladeira da Rainha Santa. Agora, sejam quais forem os veículos, só falta – dando-lhe assim uso que se veja –, que a JF de Ceira promova, talvez à semelhança da Falperra, a Rampa da A13...

O metro de Lisboa vai chegar, depois da Amadora Este, à Reboleira, prolongamento da linha azul que tem um custo de 8,8 milhões de euros. O do Mondego, de Coimbra, o que seja, continua, sem sair do papel, a ser, di-lo o putativo cabeça de lista do PSD às próximas legislativas, projeto insustentável. Palavras para quê?

Coimbra, com seis designações – coimbrão, conimbricense, conimbrigense, colimbriense, coimbrense e conimbrense –, e Lisboa, com onze, são as cidades portuguesas com mais denominações para os seus habitantes. Coisa de relevâncias antigas, diria...

Como seguramente convém à luta pelos seus ideais políticos, os vereadores social democratas abandonaram (!), não interessam sequer as razões, a reunião do executivo camarário; parece haver já dois grupos interessados na construção da autoestrada Coimbra-Viseu, alternativa ao IP3; mostrando-se na cidade do seu Comando, a Brigada de Intervenção, garbosa, desceu a Coimbra, e a população gostou de ver os meios humanos e materiais que a integram; quando ambicionamos ser a melhor região de turismo, o Centro de Portugal, já não é mau, ganhou o prémio ‘stand’ na BTL; começou a ter resultados (menos uma tonelada em apenas dois meses) a campanha dos serviços sociais da universidade contra o desperdício alimentar; ficaram bem, Manuel Machado, as obras de recuperação e pintura (os tais não pormenores, mas ‘pormaiores’) dos muros e muretes do Jardim dos Patos, em frente ao Botânico; com uma programação "que convida a celebrar a cidade", vêm aí, de 1 a 5 de julho, celebremos pois, as Festas de Coimbra; e a Sociedade de Reabilitação Urbana de Coimbra – e as do Porto e de Viseu, também? – está, como sempre esteve, moribunda.

António Cabral de Oliveira

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.