PARABÉNS GUIDA!!!

Hoje – neste dia triplamente festivo, como assinala o ZN – faz anos a minha Madrinha! Por isso, e antes de mais: PARABÉNS GUIDA!!!
A Guida é, seguramente, uma das PL com feitio mais marcadamente vincado – quando se zanga (não a testem, sem têm amor à pele!) fica MESMO zangada, e, quando está a atravessar uma das fases do seu famoso mau humor (uma característica que, longe de ser seu exclusivo, é bem típica de muita gente desta família) o melhor é manterem uma prudente distância! Mas, por outro lado, é a mais solidária das madrinhas, para além de ser uma pessoa super atenta e com quem se podem manter longas conversas!!! E quem não se lembra das suas famosas gargalhadas (com um som tão parecido com as da Ninana) quando está bem disposta?
Apesar de já não viver em Coimbra há tanto tempo, a Guida faz parte de muitas (para não dizer da maioria) das minhas recordações de infância. Desde as suas famosas teorias – deve-se tomar a refeição sempre às mesmas horas, só se pode beber um copo de água por refeição, umas palmadinhas afastam logo qualquer assomo friorento – aos “passeios com os sobrinhos” (no carro da Blé? Já não me lembro bem), às ajudas na escola (a Guida foi uma impecável explicadora de inglês, e ainda me lembro bem do papel fininho que então usávamos, e que ela detestava especialmente), às lições de basquete (embora, nesse domínio, o afilhado fosse um hopeless case!...) e nalguns trabalhos manuais (como um cestinho de ráfia, tão horrível como complicado, que ela me ajudou a fazer!). E mesmo quando – nas várias alturas em que eu e a Ninana ficávamos em casa dos Avós – nos ajudava em outros trabalhos escolares ou afins: recordo-me especialmente bem de uma “pesquisa” que eu tinha de fazer sobre vários tipos de papel, para a qual andámos a recolher amostras em todo o lado. Ou quando tive de apresentar no ASJ um trabalho sobre o xintoísmo!! Quando tínhamos alguma dúvida/problema, era, quase invariavelmente, a Guida a primeira a ser “chagada”. Mas – atenção! – nunca quando, num período de mau humor, ficava horas sentada na cama a fazer paciências (ah! outra coisa que ela me ensinou!). Mas até nessas alturas poderia haver compensações – porque, não raro, acabadas as paciências, a Guida partia para a cozinha, de onde, algum tempo depois, saía uma fornada de “fidalguinhos”!
Corajosa e decidida – mesmo quando ficou naquela horrorosa enfermaria quando aleijou o joelho (outra coisa de que me lembro relativamente bem) e, depois, teve de fazer fisioterapia – a Guida era uma educadora severíssima! Uma palmadinha nunca fez mal a ninguém, e – ainda hoje – quando ela arregala os olhos eu penso (pelo menos!) duas vezes no que vou dizer ou fazer! Mas era, também, um coração de manteiga com os seus alunos – na altura da sua incursão pela docência, em terras do “Japão” – a quem dava pontos “pelo esforço”, numa tentativa de arredondar as provas miseráveis que lhes apresentavam (mas também me lembro que os mal comportados eram mandados para a biblioteca fazer exercícios!). Outro dos empregos que a Guida teve foi nas Finanças, onde, segundo as crónicas, fez mais em seis meses do que os anquilosados funcionários locais em 6 anos!
Já nos Açores, esta bioquímica fervorosa coleccionadora de ampulhetas (e que também, durante anos, derretia as velas usadas nos bolos de anos para, com a cera, fazer uma maior) passou por um laboratório do Estado, onde tinha de coordenar análises ao leite e, por vezes, de resolver problemas com funcionários inenarráveis! É desta época a sua casa na Rua de S. João, em Angra, tão pequenina como gira, com um cesto de basquete em miniatura junto a uma das janelas. Passou depois para o complicado mundo do controlo de qualidade/alfândegas – ainda não havia ASAE – onde se revelou um portento! Ainda não percebi se a ASAE ainda a não chamou por ter receio de que a Guida seja “eficaz demais” e que nada de menos legal escape ao seu crivo implacável!
Agora no Algarve, a Guida e a sua família têm uma casa monstra, que os PL aproveitam, para dar um mergulho na piscina e outro no mar!
Mesmo não mantendo um contacto tão regular como sempre combinamos fazer, sei que a Guida está sempre disposta a “aturar” o afilhado (e espero que ela sinta o mesmo em relação a mim!). E, tal como eu, sei que todos cá em casa sentem exactamente o mesmo!
Para finalizar – sem muita originalidade, há que reconhecer – importa repetir, neste dia em que, por fim, o Verão começa a EFECTIVAMENTE dar sinais de ter chegado a Coimbra:
PARABÉNS GUIDA!!!