RIO
ACIMA, SEM MOTOR
Esta cidade tem, de facto, pormenores curiosíssimos. Como aquele
do importante nó rodoviário de Trouxemil, no encontro do IC2 com o IP3, não ser
iluminado, enquanto, ali mesmo ao lado, contrastante, se mostra tão abundante a
luz jorrada sobre a singela saída para Souselas e, não despiciendo, está bem de
ver, para os restaurantes de leitão. Talvez seja tempo de o alumiar, digo eu,
de dar também cumprimento ao projeto da Estradas de Portugal, creio que do
tempo de José Gomes, de, como então aconteceu até Taveiro, levantar candeeiros
em direção à Estação Velha. De preferência a LED...
Com o projeto agora aprovado pelo executivo municipal, começa a
ver-se (deixem-me sonhar se fazem favor!) o princípio da regeneração dos muros
do rio e da valorização, inadiável, das suas margens, por igual, quero crer, da
dragagem do leito. Para todos, passeios do Mondego afora, ainda melhor podermos
usufruir do nosso Bazófias.
Proteger, conservar e difundir o património das coleções e museus
universitários é o grande propósito de declaração que a Universidade de Coimbra
ratificou com as suas congéneres (Virgínia, Alcalá, Central da Venezuela e
Nacional Autónoma do México) também classificadas como Património da
Humanidade. Em boa hora, sobretudo se constituir contributo efetivo para o
integral desenvolvimento, de uma vez por todas, ali no Colégio de Jesus, do
Museu da Ciência.
O governo anunciou, neste tempo pré-eleitoral, apesar do seu
projeto não estar sequer concluído, a requalificação da estrada nacional 342,
que serve Arganil, Coja e Avó. Muitíssimo bem, julgo, tal a necessidade.
Entretanto, a abertura do concurso público, essa fica para fevereiro, lá para
depois das eleições. Sempre, e com todos, o mesmo!
A Festa das Latas, divulga-se com renovado entusiasmo, vai
decorrer de 14 a 18 de outubro próximo. Assim bem cedo, logo no despontar do
novo ano letivo, para que o caloirame, designadamente, se vá habituando à ideia
de que nesta singular academia há muito mais para fazer do que...fazer pouco ou
nada em termos de estudo, de bom aproveitamento escolar!
Foi com enorme mágoa – ali dei aulas de jornalismo durante cerca
de quinze anos e integrei os corpos sociais da Cooperativa de Ensino de Coimbra
– que li a notícia, que julgava impossível, do encerramento do
tradicionalíssimo Colégio de S. Pedro. Neste triste findar de triste verão,
aquelas portas fechadas são uma lamentável e inadmissível perda para a cidade,
para a nossa memória coletiva.
O governo já confirmou a preferência pela Base Aérea do Montijo
como aeroporto complementar à Portela. Assim se passando a justificar (difícil
que a coisa estava!), entre outras benfeitorias, estou seguro, mais uma ponte
na zona de Lisboa. Mas já agora, que estão com a mão na massa, antes de se irem
embora, mesmo que regressem, e da generalização das aeronaves de descolagem e
aterragem vertical, importar-se-iam de considerar, também, a hipótese de Monte
Real como infraestrutura aeroportuária, não complementar mas única, para a
região Centro? Nós, os beirões, agradeceríamos.
Camionetas no "Ramal", e é se queremos, diz a CCDR; na
relatividade do ranking – refere-se apenas a internamentos – o Universitário de
Coimbra, que já foi primeiro, é, para a Escola Nacional de Saúde Pública, o
terceiro melhor hospital do país; surpreendente, ou talvez não, o desabrido
abandono de Carlos Cidade da reunião camarária, (de) que só Manuel Machado, não
(se) quis (a)perceber; morreram, as minhas homenagens, Ludwig Scheidl, também,
depois de tantos fados, Mário Pais; o Reitor não substitui vices, mas vão fazer
muita falta; havia tempo que não ia à Cerca de São Bernardo – e como gosto
sempre de ali tornar – ver, para todos o meu aplauso, a Escola da Noite (que
bem, Maria João Robalo), agora com "a canoa", do galego Pazó; e creiamos
que Nossa Senhora de Fátima, cuja imagem peregrina está entre nós, ajude a
cidade na resolução dos seus problemas.
António Cabral de Oliveira
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