RIO
ACIMA, SEM MOTOR
Na próxima terça-feira, dia 30 de junho, acaba a "Águas do
Mondego", substituída por essa coisa abstrusa designada por "Águas do
Centro Litoral". Viva o Poder Central(izador), abaixo o Poder Local
Democrático, gritará, para se ouvir em Portugal inteiro, o Terreiro do Paço.
Valha-nos, se vier a ser o caso, não a política, antes a Justiça!
Pronto. O reitor da UC voltou ao discurso miserabilista para
dizer que o plano de ação desenhado na candidatura à UNESCO da
"Universidade, Alta e Sofia", que prevê inúmeras intervenções de
reabilitação e novas construções, vai ser "seguramente" revisto
"num sentido de maior modéstia". Se nem para o património da mais
antiga universidade portuguesa – e uma das mais vetustas de toda a Europa – há
dinheiro, haverá para quê? Sejamos reivindicativos, Magnífico, e mais, muito
mais exigentes. Pelo menos no pedir.
A Fundação Inês de Castro deu a conhecer, na Quinta das
Lágrimas, a programação, de novo com grande qualidade, do 7º. Festival das
Artes, este ano uma Festa que decorre de 16 a 28 de julho. E a que a cidade, a
exemplo, marcante, do que sucedeu nas anteriores edições, vai, participando
massivamente, voltar a chamar seu. Também porque, como bem sublinhava José
Miguel Júdice, o é. De facto, e por propósito.
Na permanente delapidação de serviços que incessantemente
continua a afetar Coimbra, o Ministério da Saúde tem previsto, agora, já até 31
de julho – pimba, lá vai mais um – a desativação do laboratório de saúde
pública. Bem poderia, o MS, deixar de nos atribuir tantas medalhas de ouro, e
passar a cuidar, antes, isso sim, de garantir, ao invés de prémios avulsos, a
generalizada qualidade na prestação de cuidados...
Seguramente não para compensar a ausência, em 2014, de qualquer
distinção maior do município, a câmara, este ano, vai já, todas justíssimas, na
atribuição de três medalhas de ouro. Depois de Manuel Alegre e dos Bombeiros
Voluntários de Brasfemes, foi agora aprovada, também por unanimidade e
aclamação, a sua outorga à Universidade de Coimbra. E ficou por assinalar,
lembro-me assim de repente, por exemplo, coisa nada menor, o centenário da
instalação da GNR na cidade...
A União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas promove
hoje, para bicicletas, a 1.a Subida Mítica da Ladeira da Rainha Santa. Agora,
sejam quais forem os veículos, só falta – dando-lhe assim uso que se veja –,
que a JF de Ceira promova, talvez à semelhança da Falperra, a Rampa da A13...
O metro de Lisboa vai chegar, depois da Amadora Este, à
Reboleira, prolongamento da linha azul que tem um custo de 8,8 milhões de
euros. O do Mondego, de Coimbra, o que seja, continua, sem sair do papel, a
ser, di-lo o putativo cabeça de lista do PSD às próximas legislativas, projeto
insustentável. Palavras para quê?
Coimbra, com seis designações – coimbrão, conimbricense,
conimbrigense, colimbriense, coimbrense e conimbrense –, e Lisboa, com onze,
são as cidades portuguesas com mais denominações para os seus habitantes. Coisa
de relevâncias antigas, diria...
Como seguramente convém à luta pelos
seus ideais políticos, os vereadores social democratas abandonaram (!), não interessam
sequer as razões, a reunião do executivo camarário; parece haver já dois grupos
interessados na construção da autoestrada Coimbra-Viseu, alternativa ao IP3;
mostrando-se na cidade do seu Comando, a Brigada de Intervenção, garbosa,
desceu a Coimbra, e a população gostou de ver os meios humanos e materiais que
a integram; quando ambicionamos ser a melhor região de turismo, o Centro de
Portugal, já não é mau, ganhou o prémio ‘stand’ na BTL; começou a ter
resultados (menos uma tonelada em apenas dois meses) a campanha dos serviços
sociais da universidade contra o desperdício alimentar; ficaram bem, Manuel
Machado, as obras de recuperação e pintura (os tais não pormenores, mas ‘pormaiores’)
dos muros e muretes do Jardim dos Patos, em frente ao Botânico; com uma
programação "que convida a celebrar a cidade", vêm aí, de 1 a 5 de
julho, celebremos pois, as Festas de Coimbra; e a Sociedade de Reabilitação
Urbana de Coimbra – e as do Porto e de Viseu, também? – está, como sempre
esteve, moribunda.
António Cabral de Oliveira
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