RIO
ACIMA, SEM MOTOR
A linha do Vouga, no troço entre
Águeda e Sernada, está a sofrer trabalhos de renovação com os carris e agulhas
retirados do ramal da Lousã. Se calhar, sejamos irónicos, ainda vão retirar
material e equipamento do Metro Sul do Tejo – parece que muito pouco utilizado
– para o metropolitano rápido de superfície do Mondego, o que seja, na ligação
de Serpins a Coimbra, também no percurso urbano para os hospitais. Naquilo que
– se, entretanto, Passos Coelho não viesse trazer, outra vez, a
"novidade" da hipótese das camionetas elétricas! – quase poderíamos
chamar de uma política de transportes terrestres,
diria..."interfluvial".
No primeiro semestre do ano foram constituídas 21.094 novas
empresas, mais 11,9% do que em igual período de 2014. Lisboa (28%), Porto
(18,5%), Braga (8,2%), Setúbal (6,2%) e Aveiro (5,9%), ocupam os primeiros
lugares do ranking nacional. Contudo, de todas elas, apenas Aveiro subiu face
aos valores anteriores, enquanto, paralelamente, cresciam Leiria, com mais 0,5
pontos percentuais e agora com 4,3%, e Coimbra, que aumentou 0,2 pontos para se
fixar nos 3,5%. É pouco? Seguramente. Contudo, uma esperança.
De acordo com o município, a Feira Cultural proporcionou
"uma grande satisfação a visitantes e expositores", assim confirmando
“a boa aposta da CMC quando optou por concentrar, num mesmo certame, as
anteriores feiras do livro e do artesanato, complementando-as com mais
expressões culturais e eventos". E ainda bem que, em favor da cidade,
assim é. Pese embora a minha diversa opinião, e a de todos os tantos
expositores que ouvi, porém só eu, queixarem-se. Mas isso, de facto, não
interessa nada. O que vale são os inquéritos a que, na melhor tradição
portuguesa, a maioria terá respondido, não duvido, sempre simpática, com loas e
améns.
Porque a cabeça de lista dos deputados socialistas não é do
distrito, "Coimbra manda em Viseu", titulava o Jornal do Centro,
semanário daquela cidade. Se se lembrassem, ou soubessem, das ligações de Maria
Manuel Leitão Marques – que nasceu em Quelimane, Moçambique – a Alquerubim e à
Barra, talvez então já fosse Aveiro "a mandar" em terras de Viriato.
Deus nos ajude!
O governo confirma a preferência pela Base Aérea do Montijo como
aeroporto complementar à Portela. Assim se passando a justificar (difícil que a
coisa estava), entre outras benfeitorias, mais uma ponte na zona de Lisboa. Mas
já agora, que estão com a mão na massa, antes de se irem embora, e da
generalização das aeronaves de descolagem e aterragem vertical, importar-se-iam
de considerar, também, a hipótese de Monte Real como infraestrutura
aeroportuária, não complementar mas única, para a região Centro? Nós, os
beirões, agradeceríamos. Muito.
O video mapping "Universidade de
Coimbra, 725 Anos, uma História de Luz" é um belíssimo produto para
mostrar a ancestral UC, de uma outra forma, por igual a estrangeiros, enquanto
a mais antiga Escola portuguesa e uma das mais vetustas da Europa. Mas também
para aprofundar sentimentos nacionais de orgulho, ainda, imagine-se (não se
pode ver de dia), para ajudar a concretizar a velha aspiração...do aumento de
pernoita de turistas na cidade.
Terminou, com uma programação, a
possível, de grande qualidade – parabéns à equipa organizadora, que prepara já
o tema “Pioneiros”, do próximo ano –, o Festival das Artes, que voltou a ter,
certeza de futuro, a melhor aceitação por parte do público. E fomos muitos, de
facto, os que, a cada dia, seguimos os tambores. E fizemos bem.
A Figueira da Foz, excelente notícia
para a região, vai receber, finalmente, um laboratório avançado do polo do
Centro de Ciências do Mar e do Ambiente da Universidade de Coimbra; José
Liberato, jornalista liberal, defensor da liberdade, entrou, outro maçom, na
toponímia coimbrã; muito bom o roteiro da 'Evasões', do DN, sobre as duas faces
de Coimbra, a cidade antiga e a nova; Horácio Antunes, pela ação desenvolvida
enquanto autarca, também já é comendador; e, nas cabeças de lista para as
legislativas, porque não há duas sem três, não foi Anabela Rodrigues...foi
Margarida Mano!
A crónica vai a banhos. Para merecido
descanso, sobretudo de quem a lê. Boas férias, e até setembro.
António Cabral de Oliveira
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