RIO
ACIMA, SEM MOTOR
Poiares
Maduro, ministro, quem diria, do Desenvolvimento Regional, tendo-se seguramente
em apreço o formidável desempenho governativo em favor destas terras beirãs – é
percorrer, modernas, as novas vias rápidas para Viseu e Serra da Estrela;
aterrar, aberta à aviação civil, em Monte Real; ver o Metro Mondego nos seus
carris; olhar, esplendorosa, a moderna estação ferroviária de Coimbra B, já
incluída na certeza da integral modernização da Linha da Beira Alta – será,
noticia-se, o provável cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP pelo círculo
eleitoral de Coimbra nas próximas legislativas.
Em "Tempo de Encontros", é imensa, diversificada e
muito rica a programação celebradora dos 725 anos da Universidade de Coimbra.
Propondo-se, adequadamente, concitar sinergias "entre o antigo e o novo,
entre o passado e o futuro", vamos comemorar, pois, todos, a festa das
Escolas, as nossas, que, de facto, como disse bem o Magnífico Reitor
(esqueçamos as comparações com o mundo do futebol), tem – potenciemos, então,
essa força – "uma capacidade de atração como não existe em Portugal".
A nova identidade visual – uma espécie de brasão a fazer-me
lembrar, não sei porquê, estéticas do Estado Novo – é lindíssima e
absolutamente inovadora; os múltiplos elementos gráficos que a compõem nada
ruidosos ou confusos; a leitura dos conjuntos gráficos muito fácil, quase diria
imediata. Enquanto as frase-chave, imensas na sua força, definitivamente
apelativas, chegam a arrasar. Por tudo isto, e felizmente, desta feita,
escrevendo sobre a Turismo Centro de Portugal, não tive de tecer críticas, antes
deixar, assim, loas. Bem-haja Pedro Machado, o meu obrigado aos criativos. E
que Deus me (nos) ajude!
Regressadas as aulas, em plena – e enorme – fila de trânsito,
formada na Miguel Torga, lembro, indispensável, o projeto de construção de uma
via que ligue esta artéria à Infanta Dona Maria, junto ao pavilhão do União. Em
alternativa à sempre congestionada Carolina Michaelis, sobretudo nas (cada vez
mais alongadas) horas de ponta.
Vem sendo marcante a atividade, a nível nacional e
internacional, na magnífica infraestrutura que é o Pavilhão Multidesportos
Mário Mexia – deixem lá cair a piroseira do Dr. –, abarcando, cito de memória,
óbvias disciplinas como o basquetebol, futsal, voleibol, ginástica, hóquei em
patins. Mas a que importará, agora, acrescentar, tudo o indicia, depois dos
congressos, uma nova modalidade, a da dança. E só singela questão se me
levanta: no Baile de Gala da Queima das Fitas, o vestido comprido e os colarinhos
à bife serão, ainda, o "equipamento" obrigatório?
Um dos grandes acionistas da Altice, a
nova dona da Portugal Telecom, é natural de Vieira do Minho, e decidiu, já,
instalar na sua freguesia – chamem-lhe bairrismo, o que quiserem – um call center.
O que me deixa preocupado quando penso, receando hipotéticas deslocalizações,
na cooperação entre a Universidade de Aveiro e a PT Inovação, também no Data
Center instalado na Covilhã. Estejamos, pois, todos, aqui pela Beira, atentos e
precavidos. Na certeza de que, no risco de tal eventualidade, não podem contar,
então, os senhores do "centro-norte", à semelhança do que acontece
com a linha do comboio para Espanha, com qualquer solidariedade vinda das
bandas lá de cima...
Vitorino Nemésio – o meu primeiro diretor, em "O Dia"
– foi justamente evocado em Coimbra, cidade onde quis ficar sepultado; o número
de turistas estrangeiros aumentou em 19,2%
– conseguíssemos nós uma pernoita que fosse – no ano passado, em relação
a 2013; porventura sem traça ou bafio, vai reabrir o Cartola; a Castelos e
Muralhas do Mondego vem fazendo inserir publicidade no suplemento Tentações, da
revista Sábado, e logo na contracapa, que, digo eu, atendido as nenhumas
referências que aquele guia costuma fazer à região, só pode ser gratuita; e reagindo,
muito bem, contra políticas de inadmissível facilitismo, o Politécnico de
Coimbra desvinculou-se do Conselho Coordenador.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.