domingo, 26 de outubro de 2014

A 18 de outubro ACO escreveu ...

RIO ACIMA, SEM MOTOR

Um dia destes fui olhar – ao que leva o sonho! – os carros elétricos, assim recuperados, na linha da universidade. Estive na Padre António Vieira, na Rua Larga, na Calçada Martim de Freitas, na Alexandre Herculano, na Praça da República. E vi passar os velhos amarelos cheios de estudantes, de turistas, de cidadãos que gostam de percorrer a antiga urbe, de viver o seu património…

A Associação Académica quer que professores e alunos tenham igual poder de decisão no órgão de governação da Universidade. Para além da extravagante influência das entidades externas, era só o que nos faltava...

Fiquei a perceber o porquê de tantas e tão inusitadas limpezas no monumento aos Combatentes da Grande Guerra, na Sá da Bandeira: é que vem cá, hoje, que bom, não para anunciar o que nos deve (o Metro Mondego), mas para inaugurar placa, o primeiro-ministro…

Relevante, inquestionavelmente, a certeza de Coimbra receber, em Santa Clara-a-Velha, em outubro de 2015, a terceira edição da Feira do Património. Um evento magnífico, em espaço admirável, que se quer associado às comemorações dos 725 anos da Universidade. Escolas que, assim, podem vir a sentir-se particularmente motivadas para, em ano eleitoral, celebrarem a efeméride também com uma importante vertente cultural através, não se peça mais, do início das obras da segunda fase do Museu da Ciência, no Colégio de Jesus.

Depois de distinta comitiva da CCDRC ter ido a Bruxelas conhecer algumas das "ferramentas" financeiras do novo quadro comunitário com vista ao fomento sustentável do emprego e do crescimento, sabe-se que vai ser instalado, na sede da Comissão, em Coimbra, para ajuda na elaboração de candidaturas a fundos europeus, um gabinete de apoio ao promotor. Uma iniciativa estupenda, desde que os haja, claro, os promotores...

Quando o turismo religioso e o património mundial são, manifestamente, trunfos da região Centro, como foi reconhecido também durante celebração recente, porque não abre à aviação civil, em favor de tamanha vantagem, e com tão parco investimento, o (indispensável) aeroporto de Monte Real/Leiria-Fátima-Coimbra?

Se a Agrária de Coimbra só preencheu pouco mais de 30% das vagas existentes, mas, mesmo assim, di-lo o seu diretor, continua a ser uma das escolas nacionais com maior taxa de colocação, algo está mal, muito mal mesmo, em termos de ensino e do futuro da agricultura. A lavoura, sabem, o tal sonho de modernidade, o novo eldorado que o governo tanto vem propalando, enquanto, significativamente, não substituiu sequer o demissionário secretário de Estado das Florestas; os orizicultores do Mondego se debatem com uma doença nas suas culturas que ameaça as colheitas; e o país continua a importar, apenas alguns exemplos, 32% de carne de porco, 55% de bovino, e 75% dos cereais que consome.

Menos dado a doces, pouco importa à minha algibeira o desejado imposto sobre o açúcar. Contudo, já o mesmo não posso dizer em relação ao sal, que muito aprecio. O que me leva a admitir uma ida até à Figueira da Foz para, entretanto, fazer provisão de uns quantos quilos do precioso cloreto de sódio. É que se ao governo (sempre com a exclusiva preocupação, bem-hajam, da nossa saúde) lhe voltar a dar, amanhã, para taxar produtos com elevado teor de sal, imagino – a olhar para o que nos vai caindo em cima – o quanto impenderá sobre o sal puro, ele próprio...


Pedro Miranda, que sucede a Leal Pedrosa depois de 37 anos de serviço excelso, é o novo vigário geral da diocese; uma nota de apreensão para o estado do piso da, antes, rotunda de Santana, agora, com certeza, do Património, tanta a antiga calçada a descoberto; aí está, com a universidade, em boa verdade, quase paralisada nas suas aulas durante uma semana, a (para quando, de novo, as latadas?) Festa das Latas; a Académica/futebol distinguiu, bem, os sócios de prata e ouro; e, organizados pela Orquestra Clássica do Centro decorrem, até sábado, sempre marcantes, os Encontros Internacionais da Guitarra.

António Cabral de Oliveira 

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