RIO ACIMA, SEM MOTOR
O Instituto Nacional de Aviação Civil, dando, com certeza, bom
cumprimento a orientações superiores, propôs a criação de uma linha aérea para,
indispensável, ligar Bragança, Vila Real, Viseu, Lisboa e Portimão. Coimbra
(que sentido faria, afinal, parece deduzir-se, abarcá-la em tal rota de
inserção regional?), na sequência das reiteradas políticas de proscrição a que
vem sendo votada, fica, em Cernache, recordando os voos da LAR, a ver passar os
aviões...
O Congresso dos Bombeiros Portugueses, anunciou-o Jaime Soares,
presidente da Liga, decorrerá em Coimbra, no próximo outubro. Uma boa nova já
que gostamos, muito, para além de outras vantagens, de receber na urbe tantos
cidadãos de tão grande valor humano. Podendo ainda acontecer, permita-se a
utopia, que quem de direito se volte a interessar pela instalação, aqui –
complementando, sobretudo para os mais novos, o Portugal dos Pequenitos, o
Exploratório, possivelmente também o fluviário –, do Museu Nacional do
Bombeiro.
Enquanto participava a abertura (com ou sem Metro?!) da avenida
central, para o que instruiu os serviços municipais no sentido de ser feito o
projeto de execução – mas será possível que depois de tantos anos ainda não
haja mais do que um simples desenho? –, Manuel Machado, de adiamento em
adiamento, lá teve de recuar, com a câmara toda, e resignar-se a fazer aprovar
um ajuste direto apenas para trabalhos de correção urgente de anomalias no Centro
de Congressos…
De vez em quando surgem novas na cidade que nos agradam especialmente.
Como aquela informação de que um grupo empresarial apresentou, e viu aprovado
pela autarquia, o projeto de instalação de uma unidade industrial do ramo
farmacêutico nas antigas instalações da Triunfo. Enriquecimento do setor, com
certeza, também, e sobretudo, a renovada esperança na indispensável recuperação
de um espaço urbano que, aviltante, nos continua a envergonhar.
Duarte Nuno Vieira, que nas “exigências” do ministério da
Justiça foi recentemente “despedido” da presidência do INML, foi agora
distinguido, assim premiando “valioso trabalho desenvolvido”, com a Douglas
Lucas Medal 2014, a mais alta e prestigiada distinção mundial na medicina legal
e ciências forenses. E assim, parabéns, se continua a escrever direito em
linhas tortas…
Tenho a biblioteca municipal, o seu funcionamento, na maior
consideração, mesmo quando comparada com a da universidade. Também, porventura,
por pequenos nadas relevantíssimos como aquele de disponibilizar jornais,
revistas e alguns livros, verão fora (pena ser só aos fins de semana e
feriados) no cubo do parque verde. O jardim, a leitura, um duplo prazer!
Têm sido inúmeras, e diversificadas, na procura da uma
dinamização indispensável, as ações de animação na Baixa da cidade durante os
fins de semana. Entretanto, a sua Associação para a Promoção elegeu – e, ao
prestar tributo a Armindo Gaspar, afirmo, quando a julgava já perdida, a minha
expetativa nos dias de amanhã – novos corpos sociais.
O Diário de Notícias e o Jornal de Notícias vão, sem surpresa,
fechar as suas delegações em Coimbra. Uma pena nem sequer mitigada com a
manutenção, pelo menos, de um jornalista residente. Economicismo puro, ainda
incapacidade de um certo capital perceber que uma empresa jornalística não é
propriamente uma qualquer fábrica do que quer que seja. Grande jornal das
regiões o JN? Diário de referência o DN? Já foram...
José Barros, justíssimo, dá nome a
novo lar da APPC; a Venerável Ordem Terceira celebrou o 355º aniversário da sua
fundação abordando, com propósito, o cada vez mais atual tema "Pobres,
assistidos e idosos de ontem e de hoje"; o CHUC recebeu mais uma
distinção, agora o Prémio Saúde Sustentável em Cuidados Hospitalares; a Águas
de Coimbra, comprovamo-lo diariamente, continua a ser a primeira também no
índice de satisfação; o Portugal dos Pequenitos, sempre tão relevante para
Coimbra, comemorou os 74 anos; a Mostra de Teatro Universitário, em esforço de
afirmação que dispensa outras comparações que não com a SITU ou a BUC,
regressou à cidade; as Festas da Rainha Santa já têm delineado, embora ainda em
construção, programa civil e religioso; a II Mostra de Teatro Galego, a não
perder, apresenta, na próxima semana, promovida pela Escola da Noite, algum do
melhor teatro que se faz na Galiza; e, somos mesmo assim, quando ainda ontem
maldizíamos a chuva e o frio, já hoje nos queixamos do sol e do calor!
António Cabral de Oliveira
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